Problemas na documentação impedem embarque de urânio
O comboio de 12
caminhões-contêineres que saiu de Caetité (a 757 km de Salvador) com 178
toneladas de urânio com destino ao Porto de Salvador foi levado ao pátio do 1ª
BPM, em Feira de Santana (a 108 km de Salvador), na quinta-feira, 12, à noite,
devido a problemas na documentação da carga para a entrada na França, para onde
seria transportada.
Alean Rodrigues l Sucursal Feira de Santana
Luiz Tito/Agência A TARDE
A
carga de urânio que estava no 1º BPM, em Feira de Santana, já voltou a Caetité
Segundo Edil Melo Brito, da
empresa Indústrias Nucleares do Brasil (INB) – estatal ligada ao Ministério da
Ciência e Tecnologia (MCT) –, o Ministério do Meio Ambiente da França não
liberou a entrada da carga porque o pedido de autorização chegou fora do prazo.
“Eles exigem que o pedido seja feito com 15 dias
de antecedência, mas o transportador só deu entrada no dia 5 e não nos avisou.
Tomamos conhecimento ontem (quinta-feira) e recorremos ao plano de transporte
que determina que, em uma situação de emergência, a carga seja colocada em uma
instalação militar, porque tem espaço e segurança suficiente”, explicou Edil
Brito.
Como não houve resposta sobre a autorização, o
comboio voltou a Caetité no final da tarde de sexta, 13. A equipe de proteção
radiológica da INB e a Polícia Rodoviária Federal acompanham e monitoram o
transporte da carga, até que a situação seja resolvida. “Lá, há condições
técnicas para guardar o material. Mas estamos com um prejuízo de cerca de R$
800 mil com esse problema”, revelou.
Quanto à possibilidade de a carga de urânio
oferecer riscos à população, Edil Brito foi enfático. “Estamos seguros do ponto
de vista técnico e ambiental. Esse é um material natural que não sofreu
intervenção químico-física, e, além disso, existe o amparo técnico do
armazenamento e das embalagens”, garantiu.
Por medida de segurança, as gestantes que
trabalham no 1º BPM foram liberadas do serviço, até que a carga seja removida.
O local foi isolado e técnicos da empresa permaneceram de prontidão para
monitorar os caminhões.
O material tem como destino final a localidade de
Blind River, no Canadá, onde será enriquecido.
Justo o que eu procurava sobre proteção radiológica. Muito obrigada
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