terça-feira, 31 de maio de 2016

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Lettre d'information3 - mai 2016

Le PresidentSauvegardons la biodiversité, 
pour toutes les espèces vivantes 
y compris l’homme !



Le 22 mai, nous avons célébré la nature dans toute sa richesse et sa beauté lors de la Journée Mondiale de la Biodiversité. La biodiversité mérite bien cette attention de notre part ! En effet, le bon fonctionnement de nos écosystèmes repose sur la diversité des espèces vivantes et leurs interactions entre elles. Et la biodiversité nous fournit de multiples services écologiques qui n’ont pas de prix : de l’oxygène à respirer, de l’eau potable, des aliments variés, des médicaments pour nous soigner, le stockage du carbone, etc. ! 

Malgré cela, partout sur la planète, la biodiversité est menacée par l’action de l’Homme. Une des illustrations les plus parlantes de cette érosion dramatique de la biodiversité est le déclin des insectes pollinisateurs, auxiliaires indispensables pour la production de nos fruits et légumes. Pour cette raison, Noé a lancé une campagne, intitulée#JaiLeBourdon, visant à attirer l’attention des citoyens et des pouvoirs publics sur l’urgence de préserver les pollinisateurs et leurs habitats naturels. 

Ensemble, continuons à nous mobiliser pour sauvegarder la biodiversité, c’est l’avenir de l’humanité qui en dépend !

Arnaud GRETH,
Président
  
J'ai le bourdonPour manger 5 fruits et légumes par jour, encore faut-il qu’il y en ait
70 % des plantes cultivées nécessitent une pollinisation par les animaux. A l’occasion de la Journée Mondiale de la Biodiversité, Noé a plaidé pour la sauvegarde des pollinisateurs avec la campagne #JaiLeBourdon.
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Glyphosate et neonicotinoidesGlyphosate et néonicotinoïdes, cas d’école sur les lobbys

Alors que le Sénat français a voté contre l’interdiction des néonicotinoïdes, l’UE hésite encore à interdire l’utilisation du glyphosate, pourtant reconnu cancérogène probable par le CIRC. Les lobbys mèneraient-ils la danse ?
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Addax menacéL’addax menacé d’extinction imminente dans la nature 

Seuls 3 addax ont été recensés lors du dernier comptage aérien réalisé début 2016 dans la Réserve Naturelle de Termit et Tin-Toumma au Niger. L’insécurité régionale et le développement des activités pétrolières expliquent le déclin alarmant de cette espèce protégée par Noé depuis 2005.
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pélican friséPélican frisé : Noé plaide contre la chasse en Albanie

En Albanie, la population de pélicans frisés a subi un déclin important à cause de la chasse, activité peu contrôlée avant son interdiction en 2014. Pour sauver cette espèce, Noé soutient devant le parlement albanais une proposition de loi visant à renouveler pour 5 ans l’interdiction de la chasse.
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70%
des plantes cultivées sont produites grâce aux insectes pollinisateurs
 






Leroy Merlin
Le 2 juin, Leroy Merlin organisera une journée du Développement Durable à son siège social. L’occasion pour notre partenaire de sensibiliser ses collaborateurs à diverses thématiques liées au développement durable, à travers des ateliers, des conférences et des stands. L’ambassadrice des Jardins de Noé, l’auteure Isabelle Brunet, proposera une conférence et une démonstration autour de la permaculture.
Restez connectés à la biodiversité

quarta-feira, 25 de maio de 2016

CBHSF ABRE PLENÁRIA COM APELO PELA REVITALIZAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
 O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, abriu às 10 horas desta quarta-feira, dia 9 de dezembro, no Hotel Catussaba, em Salvador, a XXVI Plenária Extraordinária do CBHSF alertando para a necessidade da urgente implantação do programa de revitalização do rio São Francisco, “porque não podemos falar em um futuro sustentável para a nossa bacia se não encararmos de frente o problema da revitalização”.
Miranda reconheceu o cenário “muito preocupante” que coincide com a realização dessa plenária do CBHSF em Salvador. Um dos problemas é a situação atual do reservatório de Sobradinho, na Bahia, que na última semana alcançou o nível mais baixo de sua história, com apenas 1,1% de volume útil. “Mais uma vez fomos minoria na decisão de reduzir para 800 m3/s a vazão que chega a Sobradinho. Achamos que essa decisão só deveria valer lá pelos meses de fevereiro ou março do próximo ano, e não a partir do dia 15 de dezembro, como querem o governo e o setor elétrico. Deveríamos aguardar um pouco mais para ver o comportamento das chuvas”. 
Finalmente, o presidente do CBHSF lembrou os reflexos que uma vazão baixa (atualmente na ordem de 900 m3/s) já vem provocando, inclusive em relação à saúde pública. “Em Piaçabuçu, na foz do São Francisco, o alto grau de salinidade por força da entrada da água do mar já é uma ameaça para os hipertensos. A própria Chesf reconheceu que existem cerca de 400 ações judiciais decorrentes dessa atual vazão. Imagine quando a vazão descer a 800 m3/s...”, observou Miranda.
Na parte da tarde, o debate continua com a mesa-redonda Situação Hidrológica a Bacia do Rio São Francisco, que contará com a presença de especialistas da Agência Nacional de Águas (ANA), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), além de consultores e membros do próprio CBHSF.
Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco é um órgão colegiado, integrado pelo poder público, sociedade civil e empresas usuárias de água, que tem por finalidade realizar a gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos da bacia, na perspectiva de proteger os seus mananciais e contribuir para o seu desenvolvimento sustentável. A diversidade de representações e interesses torna o CBHSF uma das mais importantes experiências de gestão colegiada envolvendo Estado e sociedade no Brasil.

Assessoria de Comunicação
09.12.2015
Tel: (71) 3351-2769 e 8892-1119 (Antônio Moreno)

(71) 8216-8986 (André Santana)

Cagepa confirma em laudos que água de Boqueirão tem alto índice de contaminação

Situação é preocupante e pode se agravar com falta de chuvas; empresa monitora a água que sai da estação de tratamento e a que chega em hospitais que fazem hemodiálise.

Serviços | Em 20/05/16 às 20h30, atualizado em 20/05/16 às 21h16 | Por Hermes de Luna e Amanda Gabriel
Jornal Correio da Paraíba
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Boqueirão tem apenas 9,6% da capacidade
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O Portal Correio teve acesso, com exclusividade, a um documento oficial da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA) que confirma ao Comitê da Bacia Hidrográfica da Paraíba (CBP-PB) a presença de cianobactérias e cianotoxinas nas águas do Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), responsável pelo abastecimento em Campina Grande. O relatório fala que entre março e abril deste ano a concentração dos organismos havia superado 10 mil células por mililitro. Segundo o professor e especialista em recursos hídricos Janiro Costa, da Universidade federal de Campina Grande (UFCG), há risco iminente de interrupção total na distribuição da água, devido ao alto potencial de proliferação dessas cianotoxinas.
Leia mais Notícias no Portal Correio “Campina está em risco iminente de ficar completamente sem água. A proliferação dessas toxinas é muito rápida e esse processo é acelerado à medida que o nível no açude vai diminuindo. De uma hora para outra a concentração desses organismos pode ultrapassar o limite estabelecido pela legislação e, se isso acontecer, a Cagepa será obrigada a parar a distribuição da água do Boqueirão na cidade”, alerta oprofessor. 
“É importante ressaltar, porém, que a Cagepa já está consciente da situação. Pode ser que a suspensão total no abastecimento não venha a ocorrer, mas existe o risco sim. Se não houvesse a Cagepa não teria alertado sobre a necessidade de monitoramento semanal desses organismos e da qualidade da água”, pondera Janiro Costa. 
Em documento encaminhado ao presidente da CBP-PB, Ulysmar Curvelo Cavalcanti, no dia 28 de abril, cujo Portal Correio teve acesso, a Cagepa recomenda monitoramento semanal do manancial, conforme exige o Ministério da Saúde. 
No relatório, a Cagepa diz que terceiriza o monitoramento dessas análises com o Laboratório de Ecologia Aquática, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), onde são feitas as determinações acerca da biodiversidade e quantificação da comunidade de cianobactérias.
“Deve-se realizar análises das concentrações de microcistina e saxitoxina no ponto de capacitação de água do manancial e na saída do tratamento da água com frequencia semanal. A ocorrência de organismos dos gêneros de Cylindropermopsis e Dolichospermum nas águas é um indicativo de contaminação potencial por cilindrospermopsina e anatoxina, respectivamente, deste modo, recomenda-se também a análise destas variantes de cianotoxinas", diz parte do parecer da CAGEPA. 
Risco de contaminação. Ainda segundo especialista em recursos hídricos Janiro Costa, o sistema de tratamento de água atual em Campina Grande não é capaz de reter as cianobactérias e cianotoxinas. Alguns desses organismos podem provocar doenças gastrointestinais, neurológicas ou na pele, podendo levar também à morte. 
O professor da UFCG lembra que em 1996 cerca de 60 pessoas morreram após sessões de hemodiálise em Caruaru, no estado de Pernambuco. Investigações apontaram que os pacientes podem ser sido intoxicados pela água utilizada no processo de hemodiálise. 
No relatório enviado ao Comitê da Bacia Hidrográfica da Paraíba, a Cagepa sustenta que amostras são feitas mensalmente nos hospitais e clínicas que realizam o procedimento em Campina Grande e que, até o presente momento, elas apresentaram valores dentro dos padrões de potabilidade.
Soluções. De acordo com o professor Janiro Costa, só há duas formas de conter a proliferação de cianotoxinas no Açude de Boqueirão. “A primeira seria ampliar a estação de tratamento, com utilização de métodos mais avançados que fossem capazes de reter os organismos. Mas essa tecnologia exigiria um investimento financeiro muito alto”, analisa. 
“A outra forma seria a chegada de água no reservatório, pois quanto menor o volume, maior o potencial de contaminação na água. Com chuvas não podemos contar mais este ano, pois o que chover não será suficiente. Uma alternativa seria acelerar a Transposição do Rio São Francisco, cuja conclusão só está prevista para janeiro do próximo ano. Até lá, Campina pode entrar em colapso”, alerta o especialista. 
Nessa quinta-feira (19), o Portal Correio divulgou que a hipótese de conclusão das obras ainda este ano foi levantada pelo ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho. O anúncio foi feito após reunião com senadores e deputados federais da Paraíba.

A Cagepa foi procurada pelo Portal Correio para comentar o assunto, dar mais detalhes sobre o documento e explicar sobre alternativas para o abastecimento de água em Campina Grande, mas até a publicação desta matéria os questionamentos não foram respondidos.

Açude Epitácio Pessoa. O açude Epitácio Pessoa tem uma capacidade total de mais de 441,6 milhões de metros cúbicos. Seu volume atual é de apenas 39,4 milhões, o que representa apenas 9,6% de sua capacidade total de armazenamento. A Cagepa garante que há água para o abastecimento até janeiro do ano que vem.
Sobre o assunto

Remoção de microrganismos emergentes e microcontaminantes orgânicos no tratamento de água para consumo humano, PROSAB, 2009

Sustentabilidade hídrica e qualidade das águas: avaliação das estratégias de convivência com o Semiárido, Margarida Regueira da Costa, 2009


Contribuição ao estudo hidrológico do Semiárido nordestino, João Suassuna, 1999

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Falta d'água em cidades tem a ver com devastação desenfreada da Amazônia

Hen learns to count to seven (BWNToday)

Chuvas que recarregam reservatórios da região Sudeste são oriundas da Amazônia. Árvores são ‘toque final’ da máquina biológica que produz chuvas.
Veja a matéria, clicando no endereço abaixo:

O chão foi o destino de 20% das árvores da Floresta Amazônica original. Que isso vem acontecendo há anos, todos sabem. O que você provavelmente não sabe é que esse crime ambiental tem a ver com a falta d'água na maior cidade da América Latina. É que a Amazônia bombeia para a atmosfera a umidade que vai se transformar em chuva nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Quanto maior o desmatamento, menos umidade e, portanto, menos chuva. E sem chuva, os reservatórios ficam vazios e as torneiras, secas.
É guerra contra a cobiça. No coração da Amazônia, o exército formado pelo Ibama, pela Funai e pela Polícia Federal atinge mais um alvo. Garimpeiros presos, madeireiros multados, equipamentos destruídos. E a prova do crime apreendida. Esse é o front de um conflito que já dura pelo menos quatro décadas no Brasil. Desde que as primeiras estradas rasgaram a floresta para permitir a colonização. Caminhos que acabaram facilitando também o acesso de exploradores gananciosos e sem escrúpulos. Um crime ambiental que ainda está longe do fim.
Uma árvore que leva mais de 100 anos para crescer. E que em menos de um minuto, já pode estar derrubada. E o pior é que a madeira nem é aproveitada. Nesse tipo de desmatamento, o objetivo é simplesmente derrubar tudo, tocar fogo e transformar a área em pastagem para a criação de gado. Um crime ambiental que geralmente só é notado pelos fiscais tarde demais, quando a floresta já virou carvão.
Clareiras somam área maior que França e Alemanha juntas
“Isso aqui é roubo de terras da União. Grileiros furtam a terra da União, praticam o desmate multiponto, vários pontos embaixo da floresta, dificultando o satélite de enxergá-lo.”, explica Luciano de Menezes Evaristo, diretor de proteção ambiental do Ibama.
O que os olhos poderosos dos satélites não veem, a floresta, lamentavelmente, sente: 20% das árvores da Amazônia original já foram para o chão. Restaram imensas clareiras que somam uma área maior que a França e a Alemanha juntas.
O Fantástico acompanhou, com exclusividade, a maior operação contra grileiros na Amazônia neste ano. Em uma conversa gravada pela Polícia Federal com autorização da Justiça, um dos presos admite que o interesse dos criminosos é apenas nas terras.
“Como a floresta lá é muito bruta, os troncos são muito grossos, então o custo é muito grande. São árvores antigas, árvores velhas”, ele diz.
Consequências da devastação estão próximas de todos
Derrubadas e garimpos deixam uma cicatriz gigantesca na mata que pode parecer um problema exclusivo de árvores e bichos, distante da maioria das pessoas. Mas a ciência e as novas tecnologias comprovam que as consequências da devastação estão muito mais próximas de todos nós.
Nascentes que já não vertem mais água. Represas com menos de 10% de sua capacidade original de armazenagem. Uma delas, por exemplo, perto de Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, deveria ter em um ponto uma profundidade de pelo menos cinco metros. Está agonizando. Mas o que a falta de água nesta região do país tem a ver com a Amazônia que fica a mais de 2 mil quilômetros de distância? Tudo, absolutamente tudo, segundo cientistas que estudam as funções da floresta e as variações climáticas na América do Sul.
“Essas chuvas que ocorrem principalmente durante o verão, a umidade é oriunda da Amazônia. E essa chuva que fica vários dias é que recarrega os principais reservatórios da Região Sudeste.” explica Gilvan Sampaio, climatologista do Inpe.
Fantástico tem acesso exclusivo a relatório sobre futuro climático
O Fantástico teve acesso exclusivo ao relatório sobre o futuro climático da Amazônia que só vai ser divulgado oficialmente na Conferência Sobre o Clima em Lima, no Peru, no fim deste ano. O trabalho desenvolvido em parceria por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e do Inpa, que investiga a Amazônia, reúne mais de 200 estudos e traça um minucioso roteiro das chuvas no continente sul-americano.
“Está mudando o clima. A gente vê isso acontecendo na Amazônia. Tem muitos trabalhos mostrando que a extensão da estação seca está se prolongando”, diz Antônio Nobre, pesquisador do Inpa.
De acordo com esse relatório, nos últimos 400 milhões de anos, a umidade que evapora dos oceanos é empurrada naturalmente pelos ventos para dentro dos continentes. Uma parte desse vapor vira chuva e cai, principalmente, sobre as grandes florestas na altura do Equador. O excesso de umidade segue empurrado pelos ventos, atravessa os continentes e acaba indo para o mar. Um ciclo que ao redor da Terra só tem uma exceção: a Amazônia.
Diferencial da Amazônia
O que torna a Amazônia diferente de todas as grandes florestas equatoriais do planeta é a Cordilheira dos Andes. Um imenso paredão, de 7 mil metros, que impede que as nuvens se percam no Pacífico. Elas esbarram na Cordilheira e desviam para o Sul.
“Esses ventos viram aqui e se contrapõem à tendência natural dessa região aqui de ser deserto. É uma região que produz 70% do PIB da América do Sul - região industrial, agrícola, onde está a maior parte da população da América do Sul”, explica Antônio Nobre, pesquisador do Inpa.
Mas de onde vem tanta água? Como funciona a fantástica máquina biológica que faz chover? Segundo os cientistas, o toque final cabe às árvores.
Fincadas a até 20 ou 30 metros de profundidade, as raízes sugam a água da terra. Os troncos funcionam como tubos. E, pela transpiração, as folhas se encarregam de espalhar a umidade na atmosfera.
Diariamente, cada árvore amazônica bombeia em média 500 litros de água.
A Amazônia inteira é responsável por levar 20 bilhões de toneladas de água por dia do solo até a atmosfera, 3 bilhões de toneladas a mais do que a vazão diária do Amazonas, o maior rio do mundo.
“Se você tivesse uma chaleira gigante ligada na tomada, você precisaria de eletricidade da Usina de Itaipu, que é a maior do mundo em potência, funcionando por 145 anos para evaporar um dia de água na Amazônia. Quantas Itaipus precisaria para fazer o mesmo trabalho que as árvores estão fazendo silenciosamente lá? 50 mil usinas Itaipu”, explica Antônio Nobre.
“Rio voadores” cruzam o Brasil
Esse imenso fluxo de água pelos ares é chamado de "rios voadores". O Fantástico chamou a atenção para a importância desses rios já em 2007. Imagens feitas de um avião do projeto "rios voadores" revelam nuvens densas, carregadas de água, cruzando todo o Brasil.
Testes feitos em laboratório comprovaram: mais da metade da água das chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil e também na Bolívia, no Paraguai, na Argentina, no Uruguai e até no extremo sul do Chile vem da Amazônia.
Para os cientistas, uma prova irrefutável do papel dos Andes e da Floresta Amazônica no ecossistema do cone-sul é a inexistência de um deserto nessa região. Basta olhar o globo para constatar que na mesma latitude em volta do planeta tudo é deserto. Menos na América do Sul.
Os pesquisadores não têm dúvida: sem a Amazônia, os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul fatalmente seriam desertos também.
“Para quem está no Brasil, seja Porto Alegre ou Manaus ou São Paulo tem que saber que a água que consome em sua residência, uma parte dela vem da Amazônia e que por isso temos que preservar”, alerta Gilvan Sampaio.
Devastação bloqueia “rios voadores” em São Paulo
As imagens dos satélites que acompanham a movimentação das nuvens de chuva comprovam que a grande seca que assola as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, em parte, está relacionada aos desmatamentos. No estado de São Paulo, por exemplo, a devastação da Mata Atlântica permite a formação de uma massa de ar quente na atmosfera. Tão densa que chega a bloquear os “rios voadores”, já enfraquecidos por conta do desmatamento na Amazônia. Represados no céu, eles acabam desaguando no Acre e em Rondônia, onde, este ano, foram registradas as maiores enchentes da história.

MP e Receita Federal entram na luta contra o desmatamento
Na luta contra o desmatamento, o Ibama, a Funai e a Polícia Federal acabam de GANHAR  mais um aliado: o Ministério Público, que passou a juntar dados da Receita Federal para poder enquadrar as quadrilhas também por lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, falcatruas que podem levar a mais de 10 anos de cadeia.
Pelas contas da Procuradoria da República no Pará, só a quadrilha presa na última operação desviou dos cofres públicos R$ 67 milhões em impostos. Um crime que mistura ganância e ignorância.
Fantástico: Quando você mete a motoserra em uma árvore que levou 100 anos para chegar daquele tamanho, não dá dó?  Homem: Não tem como a gente ter dó das coisas. Ninguém tem dó da gente também, né? Tem que desmatar para viver, né?
“Eu não sei se tá errado, não. Pra mim, está certo porque eu estou trabalhando. Enquanto os vagabundos ficam soltos na cidade, a gente tem que trabalhar escondido. Aí é difícil”, diz uma mulher.
Reflorestar áreas desmatadas antes que seja tarde
Um comportamento que bate de frente com os interesses de quem depende da Amazônia para produzir alimentos de forma legal.
“É do interesse do próprio agricultor ou produtor de gado ou de quem está querendo produzir energia que a floresta seja mantida. Porque ela é o que garante que tenha água necessária para essas atividades econômicas poderem existir”, diz o engenheiro florestal Tasso Azevedo.
Os gráficos do Inpe revelam que os desmatamentos na Amazônia já caíram aos níveis mais baixos das últimas duas décadas, mas ainda que tivessem sido completamente zerados, os cientistas não estariam tranquilos. Eles alertam que é preciso também reflorestar as áreas desmatadas antes que seja tarde.
“Existe um fato simples: se você tira floresta, você tira fonte de umidade, muda o clima. E nós tiramos floresta. Isso foi o que a gente fez nos últimos 40 anos. O clima é um juiz que sabe contar árvores, que não esquece e não perdoa”, afirma Antônio Nomes.

Sobre o assunto:
O que o desmatamento tem a ver com sua torneira

Proteger as florestas é produzir água
Aquífero na Amazônia pode ser o maior do mundo, dizem geólogos
Reserva Alter do Chão tem volume de 86 mil km³ de água potável. Quantidade permitiria abastecer população mundial por 100 vezes.
Glauco Araújo Do G1, em São Paulo
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apresentou um estudo, na sexta-feira (16), que aponta o Aquífero Alter do Chão como o de maior volume de água potável do mundo. A reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá e tem volume de 86 mil km³ de água doce, o que seria suficiente para abastecer a população mundial em cerca de 100 vezes, ainda de acordo com a pesquisa. Um novo levantamento, de campo, deve ser feito na região para avaliar a possibilidade de o aquífero ser ainda maior do que o calculado inicialmente pelos geólogos.
Em termos comparativos, a reserva Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água potável que o Aquífero Guarani - com 45 mil km³ de volume -, até então considerado o maior do país e que passa pela Argentina, Paraguai e Uruguai. "Os estudos que temos são preliminares, mas há indicativos suficientes para dizer que se trata do maior aquífero do mundo, já que está sob a maior bacia hidrográfica do mundo, que é a do Amazonas/Solimões. O que nos resta agora é convencer toda a cadeia científica do que estamos falando", disse Milton Matta, geólogo da UFPA.
O Aquífero Alter do Chão deve ter o nome mudado por ser homônimo de um dos principais pontos turísticos do Pará, o que costuma provocar enganos sobre a localização da reserva de água. "Estamos propondo que passe a se chamar Aquífero Grande Amazônia e assim teria uma visibilidade comercial mais interessante", disse Matta, que coordenou a pesquisa e agora busca investimento para concluir a segunda etapa do estudo no Banco Mundial e outros patrocinadores científicos. 
De gota em gota
O geólogo informou que a segunda etapa de pesquisa será a visita aos poços já existentes na região do aquífero. "Pretendemos avaliar o potencial de vazão. Dessa maneira teremos como mensurar a capacidade de abastecimento da reserva e calcular a melhor forma de exploração da água, de maneira que o meio ambiente não seja comprometido", disse
Para Marco Antonio Oliveira, superintendente do Serviço Geológico do Brasil, em Manaus, a revelação de que o Aquífero Alter do Chão é o maior do mundo comprova que esse tipo de reserva segue a proporção de tamanho da Bacia Hidrográfica que fica acima dela. "Cerca de 40% do abastecimento de água de Manaus é originário do Aquífero Alter do Chão. As demais cidades do Amazonas têm 100% do abastecimento tirado da reserva subterrânea. São Paulo, por exemplo, tem seu abastecimento em torno de 30% vindo do Aquífero Guarani."
Oliveira disse que a reserva, na área que corresponde a Manaus, já está muito contaminada. "É onde o aquífero aflora e também onde a coleta de esgoto é insuficiente. Ainda é alto o volume de emissão de esgoto 'in natura' nos igarapés da região."
Recuperação da reserva
Oliveira faz um alerta para a exploração comercial da água no Aquífero Alter do Chão. "A água dessa reserva é potável, o que demanda menos tratamento químico. Por outro lado, a médio e longo prazo, a exploração mais interessante é da água dos rios, pois a recuperação da reserva é mais rápida. A vazão do Rio Amazonas é de 200 mil m³/segundo. É muita água. Já nas reservas subterrâneas, a recarga é muito mais lenta.
Ele destaca a qualidade da água que pode ser explorada no Alter do Chão. "A região amazônica é menos habitada e por isso menos poluente. No Guarani, há um problema sério de flúor, metais pesados e inseticidas usados na agricultura. A formação rochosa é diferente e filtra menos a água da superfície. No Alter do Chão as rochas são mais arenosas, o que permite uma filtragem da recarga de água na reserva subterrânea", disse Oliveira.

Sobre o assunto:
O imenso reservatório de água no subterrâneo da Amazônia

COMENTÁRIOS
José do Patrocínio Tomaz Albuquerque - Hidrogeólogo e Consultor
Prezado amigo João Suassuna.
Quanto ao trabalho do Amazonas, a minha posição é a seguinte: água subterrânea é mais que armazenamento. É, sobretudo, escoamento. Se usar o armazenamento de forma a inviabilizar o escoamento, acabou-se a água subterrânea para a demanda ambiental, aí incluída a manutenção da vida de biomas vegetais e animais e o próprio regime de escoamento de rios perenes e/ou intermitentes. E serão fatais para o uso continuado em demandas socioeconômicas, na medida em que este escoamento de base, componente importante do escoamento fluvial, tende a reduzir-se ou, mesmo, anular-se com o rebaixamento dos níveis de águas subterrâneas contidas em aquíferos, livres ou sob pressão (confinados ou semi-confinados), cujas cargas hidráulicas viabilizam o escoamento vertical ascendente, alimentando aquíferos livres (também chamados de freáticos) ou direto ao mar. 
Mas, sobre o comentário que fiz anteriormente sobre o artigo publicado na Revista FAPESP por Francisco de Assis Matos de Abreu et al, acho que professores da UFPA, ele foi o seguinte (fiz algumas complementações, para torna-lo mais compreensível):
Você sabe que discordo profundamente desta forma de avaliar aquíferos que participam ou integram o que denomino de sistemas aquíferos e que não estão isolados do ciclo hidrológico. Já fiz comentários sobre esta avaliação de reservas em outra ocasião, neste mesmo espaço, se não me falha a memória. Repito que o armazenamento (reserva) é importante na medida em que ele assegura a ocorrência de fluxo de base de cursos d'água, tornando-os perenes ou intermitentes. A exploração de reservas de aquíferos, ditas permanentes (como o são a grande parcela das mesmas) e mesmo de sua parte renovável (é esta a que participa do ciclo hidrológico e que sai aos rios ou escoa direto aos oceanos, subterraneamente, representando a parcela menor) pode inviabilizar o seu fluxo de base, alterando seu regime hídrico, responsável pela manutenção das condições ambientais naturais, isto é, suprimento hídrico de biomas, ribeirinhos ou não. Mas, no noticiário aqui veiculado, há uma parte que revela a absoluta ignorância dos autores do trabalho do que seja ciclo hidrológico. Transcrevo a frase que traduz esse desconhecimento: “A reserva subterrânea representa mais de 80% do total da água da Amazônia. A água dos rios amazônicos, por exemplo, representa somente 8% do sistema hidrológico do bioma e as águas atmosféricas têm, mais ou menos, esse mesmo percentual de participação”, disse Abreu durante o evento." Ora, qual a participação das águas dos rios nas águas atmosféricas? O mesmo percentual de 8%? E as águas atmosféricas, ao se precipitarem, não evapotranspiram, não evaporam e nem há retenção foliar (intercepção) e de raízes do sistema florístico? Sim, deve acontecer tudo isso, e, no caso corresponderia aos 92% do ciclo hidrológico amazônico. Os 8% (se é que é somente isso) representam, apenas, a parte que se converte em escoamento fluvial, com suas parcelas de escoamento direto e de base, já mencionada. E se somente podemos manejar as águas do ciclo em uma fração (e não todo ele, já que as consequências para a vida em geral seriam catastróficas), como ir atrás de reservas de água subterrânea? Aliás, se estas estão à salvo, em sua maior parte do ano (15 metros de profundidade) da evaporação e da evapotranspiração,  inviabilizando a sua contribuição ao ambiente atmosférico (o que seria benéfico para o fluxo de ar saturado que, segundo meteorologistas, respondem pelas chuvas que são transferidas pela frente amazônica às regiões Sudeste e Nordeste, como aumentar, pela exploração, esta profundidade, sem que haja mais reflexos negativos? As águas atmosféricas, na equação do balanço, são responsáveis por 100% de toda a repartição das águas do ciclo hidrológico. E as águas subterrâneas, são, apenas, uma porcentagem do escoamento fluvial proveniente da parcela do armazenamento dito renovável ou sazonal. Qualquer que seja o volume estocado, a contribuição ao escoamento fluvial e ao marinho será sempre o mesmo, dependendo das condições de recarga e de circulação, uma consequência das relações de cargas hidráulicas entre os componentes do ciclo hidrológico, mais especificamente entre as magnitudes das cargas hidráulica dos rios, aquíferos e dos oceanos. Portanto, são estas avaliações desprovidas de fundamentos científicos e técnicos que considero, inclusive, uma falácia das mais levianas que se possa cometer!

Abraços,
Patrocínio

Hugo Penteado - Ambientalista
Aí vamos fazer o que fizeram os EUA depois do aterrorizante "dust bowl" dos anos 40 quando eles devastaram a vegetação natural de quatro estados gigantes.  Comeram toda a água do aquífero Ogallala. Nasa constatou esse que não há mais água nele e ficou aterrorizado com essa descoberta.  Ou seja, destruímos os catalisadores de água que são a vegetação natural, acabamos com a água de superfície, para sugarmos a das entranhas da Terra.  Como seres parasitários que somos para atender o desenvolvimento econômico do consumicídio, desafiamos leis básicas da física, além de ignorarmos a finitude do planeta e da água disponível. Mantemos um crescimento inabalável num planeta finito, só para provar que somos das duas uma: ou loucos ou economistas (parafraseando a famosa frase de Kenneth Boulding). CBHSF abre plenária com apelo pela revitalização do rio São Francisco O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, abriu às 10 horas desta quarta-feira,
CC
Danilo Rocha Jornal Correio Alexandro Mota Folha de São Paulo joilsonpaz.pe@dabr.com.br e 49 mais...
CCO
alipiocfilho@yahoo.com.br

Dez 9 em 1:47 PM 

Aventura Selvagem em Cabaceiras - Paraíba

Rodrigo Castro, fundador da Associação Caatinga, da Asa Branca e da Aliança da Caatinga

Bioma Caatinga

Vale do Catimbau - Pernambuco

Tom da Caatinga

A Caatinga Nordestina

Rio São Francisco - Momento Brasil

O mundo da Caatinga