Água: maior preocupação mundial.
Release Pós-evento - XII
Seminário Nacional de Gestão de Resíduos e Recursos Hídricos no Brasil.
No cenário pós Rio + 20, o Seminário Nacional
de Gestão de Resíduos e Recursos Hídricos no Brasil dedicou atenção especial ao
uso racional da água. A importância da união entre governo, iniciativa privada
e população foi destacada durante a 12ª edição do evento, realizada na manhã de
hoje, 5 de julho, em Brasília
O auditório do Interlegis ficou lotado na manhã
desta quinta-feira, 5 de julho, durante o XII Seminário Nacional de Gestão de
Resíduos e Recursos Hídricos no Brasil. Na ocasião, foram debatidos os
principais pontos traçados na Rio + 20 - com forte ênfase às manifestações da
Cúpula dos Povos -, bem como, políticas públicas atuais e boas práticas de
viabilidade econômica e auto-suficiências. Foram apresentadas também exemplos
de boas práticas de inclusão social e viabilidade econômica por meio do manejo
gerenciado de resíduos e gestão integrada do uso múltiplo sustentável dos
recursos hídricos.
Mediou as atividades do dia, a presidente do
Instituto Brasileiro de Ação Responsável, Clementina Moreira Alves, que abriu o
evento ressaltando sua satisfação em atuar a frente do Programa Ação
Responsável, que promove o tema há 12 anos. "Quando cheguei a Brasília, em
2000, acreditava que seria apenas por um ano. Mas, os trabalhos foram crescendo
e se tornou necessária a sua continuidade. Hoje, 12 anos depois, vejo que ainda
somos contemporâneos na promoção de debates no tema com a união de todos os
segmentos sociais nesse processo. Essa mesa é um modelo disso", destacou
Clementina.
Presente no evento, o secretário de Recursos
Hídricos e Ambiente Urbano, do Ministério de Meio Ambiente, Pedro Wilson,
representante atuante na Rio + 20, citou a gestão da água como principal
desafio do país para os próximos anos, com destaque para Plano Nacional de
Recursos Hídricos. "Infelizmente o problema do meio ambiente vem do
próprio ser humano", lamentou. Ao falar da Lei do Resíduos Sólidos,
alertou: "em agosto acaba o prazo de regulamentação dos municípios para
essa questão de resíduos". "Só vamos conseguir caminhar para uma
mudança no desenvolvimento sustentával no Brasil, quando entendermos que a
economia verde não é pintar as empresas de verde, mas agir de forma
sustentável". Finalizou sua explanação falando sobre o cenário pós Rio +
20. "Hoje vivemos a luta do desenvolvimento sustentável. Traçamos ODS, ou
seja, os objetivos do desenvolvimento sustentável".
Segundo o diretor de Água e Esgotos da Secretaria
Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Johnny Ferreira dos
Santos, o saneamento básico no Brasil ainda é muito carente, no tocante às
redes de esgotos e qualidade e quantidade da água disponíveis a determinados
segmentos da população. "A região Norte é a maior produtora de água do
mundo e onde não há água de qualidade disponível para a sua população",
exemplificou. Para ele, o governo vem intensificando suas ações desde 2003, com
a criação do Ministério das Cidades, seguido da Lei de Diretrizes Nacionais
para o Saneamento Básico (2007), da Lei de Resíduos Sólidos (2010) e agora com
a implantação do Plano Nacional de Recursos Hídricos. "Temos uma
legislação muito boa, bastante atual, que abrange o controle social e que, se
implementada de maneira adequada, garantirá um futuro promissor", apostou.
O deputado federal, Alfredo Sirkis (PV/RJ)
iniciou sua apresentação admitindo que, nos últimos anos, o Brasil obteve
avanços em recursos hídricos e gestão de resíduos, mas destacou que ainda há
retrocessos. O parlamentar, que possui ampla trajetória como gestor ambiental,
criticou, na ocasião, o código florestal, sobretudo, no tratamento dos recursos
hídricos. Acerca de um texto aprovado recentemente na Câmara dos Deputados, com
foco na irrigação, destacou a prioridade da água para o consumo humano:
"essa prioridade deve ser consagrada". Para o deputado, é
extremamente importante que esse debate seja travado à luz do aquecimento
global. "Já sofremos, hoje, muitas consequências do aquecimento global,
20% a mais que o resto do mundo. Temos no Nordeste, a escassez da água, no
Sudeste e Sul, as inundações e na própria Amazônia, um grande desequilíbrio
ambiental ", completou.
O deputado federal Adrian (PMDB/RJ) citou o Plano
Nacional de Resíduos Sólidos como marco legal que estimulará ações
governamentais e empresariais. Na ocasião, destacou a reciclagem como inclusão
de catadores e o retorno dos produtos à indústria, após o consumo, como
elementos extremamente positivos da legislação. Em suma, salientou a
importância da participação da sociedade para o sucesso da política. "O
Plano Nacional de Resíduos Sólidos só dará certo com a participação de todos:
governo, iniciativa privada e população, efetivamente", ponderou.
Presidente da subcomissão permanente para
acompanhamento da regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos da
Comissão Permanente de Urbanismo, o parlamentar destacou ainda, dentre os
projetos de lei no tema, o o PL 2497/2007, que estimula o mercado de produtos
reciclados por meio da inseção de impostos. "Não é possível um produto
reciclado concorrer com um produto virgem. Estamos trabalhando para que o
produto reciclado seja isento de imposto", afirmou. "Meu sonho é que
o lixo vire um luxo. Ou seja, você pode fazer tudo com o lixo. Só vamos passar
de um país de disperdício, no dia em que estiverem de mãos dadas todos os
segmentos sociais: governo e iniciativa privada".
A Idealizadora e fundadora da Aliança RECOs -
Redes de Cooperação Comunitária Sem Fronteiras do Projeto Bolsa Brasileira de
Commodities Ambientais e Movimento Mulheres pela P@Z -, Amyra El Khalili, falou
sobre o tema pelo viés do sistema financeiro e ressaltou, no evento, o público
privado dentro da questão ambiental. "O tema é árido e difícil",
enfatizou. Na oportunidade, chamou a atenção para as críticas constantes da
cúpula dos povos acerca da má gestão da água. "A água é um bem comum, não
substituível como o petróleo, por exemplo. Trata-se, portanto, de uma luta
necessária", salientou. Amyra defendeu, ainda, que tratar a água com
consciência é questao de soberania nacional e internacional.
Como de prache, criticou veementemente o mercado
de crédito de carbono. "Qual é a garantia real desse mercado?",
questionou, destacando as fraudes na comercialização. "As matrizes
ambientais não são mercadorias, nem commodities. Mas, a inteção do sistema
financeiro é sempre pegar o caminho mais rápido", explicou. Amyra defendeu
que o sistema financeiro deva se adequar às leis ambientais e não o contrário,
como acontece.
Um exemplo de sucesso, na questão de boa gestão
de resíduos, esteve presente no seminário. Trata-se da fundadora e diretora
comercial da Associação de Mulheres Rurais de Uberaba e Região, AMUR - Mara
Costa. "Nosso objetivo é promover o resgate da mulher rural, de forma que
ela se fixe no seu habitat, produzindo e fazendo a diferença na sua comunidade",
contou.
A associação promove um resgate cultural de
técnicas artesananis, além da promover a geração de renda e insercão no mercado
de trabalho, a fim de estimular a independência da mulher rural e incentivar a
sensibilização e mobilização ambiental. "Trabalhamos para que tudo seja
feito de uma forma ecologicamente correta. Que bom seria, se todas as cidades
tivessem uma representativdade de mulheres rurais, tirando-as da ociosidade e
gerando renda e melhorias para toda a comunidade".
XII Seminário Nacional de Gestão de Resíduos e Recursos Hídricos no Brasil
Data:5 de julho, quinta-feira, das 9 às 14h
Local:Auditório do Interlegis/Senado Federal, em
Brasília, Via N2
Patrocínio:Petrobras e Governo Federal
Inscrições:seminarios@acaoresponsavel.org.br
Contato:(61)3368-6044
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