segunda-feira, 29 de novembro de 2010

SOBRE A PROTEÇÃO DA CAATINGA.



Mais uma colaboração do articulista Ge Carvalho, publicada na coluna Opinião do Blog Tacaratu.com, em 25.11.2010.


"Que Deus proteja a nossa caatinga


Caatinga, termo que, em tupi-guarani, significa "Mata Branca", é um tipo de formação vegetal com características bem definidas: árvores baixas e arbustos que, em geral, perdem suas folhas na estação das secas. A caatinga apresenta três categorias em sua flora, conforme a altura de cada espécie: arbórea, com 8 a 12 metros; arbustiva, com 2 a 6 metros; e herbácea, abaixo de 2 metros.

Algumas espécies mais comuns da região são: a aroeira, a baraúna, a catingueira, a umburana, o juazeiro, a maniçoba, o umbuzeiro, etc. E as cactáceas, que são as que mais se destacam, pelas suas características: o mandacaru, o facheiro, o xique-xique, a macambira, a coroa-de-frade, etc.

A flora da caatinga que, aparentemente, é um bioma pobre em espécies e na estrutura orgânica do seu solo, na realidade é uma biodiversidade rica, com formação adequada ao clima semi-árido do sertão. A sua cor cinzenta em épocas de seca, muda, completamente, para um verde vivo e alegre, em poucos dias, após cair uma chuva.

Existe uma variedade de árvores que operam verdadeiros milagres, em períodos de seca e o sertanejo sabe, perfeitamente, o valor de cada uma delas, como recurso alternativo que utiliza para não ver o seu rebanho sucumbir, com a escassez da pastagem natural. No começo da estiagem um dos primeiros recursos que o sertanejo utiliza, para alimentar sua criação, é a palma forrageira, espécie da família cactácea cultivada na nossa região, pura e simplesmente, para ração animal. Isso porque já existe a sua utilização para a produção de alimento humano, em algumas regiões da Bahia. O seu cultivo, no sertão nordestino, normalmente é em terrenos pouco apropriados para a cultura de cereais.

As espécies nativas da nossa caatinga, de que o gado caprino, bovino e também outras criações mais se alimentam, são as seguintes:

- O imbuzeiro, ou umbuzeiro, que foi chamado por Euclides da Cunha, de "Árvore Sagrada do Sertão" possui uma raiz em forma de tubérculo, rica em um delicioso líquido que, em épocas de intensa seca, foi muito utilizada para matar a sede humana e de animais. O seu fruto é delicioso e, atualmente, muito utilizado na produção de doces, industrializados ou de fabricação caseira, bastante apreciados nos mercados.

O gado tanto se alimenta dos frutos do imbuzeiro como também de suas folhas, principalmente os caprinos, que se equilibram nas patas traseiras, para alcançar os galhos mais altos.

- O juazeiro, uma espécie natural da caatinga e do cerrado, tem um porte que pode atingir até 12 metros de altura, produz um fruto de cor amarela e com tamanho aproximado de uma cereja, muito apreciado pelo gado em geral e também pelo sertanejo. É uma árvore reputada por diversas propriedades medicinais, pela utilização da casca de sua madeira, e de suas folhas.

- Existem muitas outras espécies nativas apreciadas pelo gado cujo número não vamos especificar, por serem de pouca relevância.

- Finalmente, vamos citar algumas espécies da família dos cactos, que são as últimas alternativas para a alimentação do rebanho. Normalmente são utilizados quando se acabam as reservas de palmas forrageiras: o mandacaru, o facheiro e o xique-xique. O preparo dessa ração é muito trabalhoso, com a retirada dos espinhos, com fogo ou com facão, para não ferirem a boca dos animais ou não serem deglutidos e assim causarem danos maiores aos mesmos. Fora essas três, tem, ainda, a coroa-de-frade e a macambira cujo uso é bem mais restrito, talvez só em última instância.

Eis, aqui, um pouco de informações sobre a flora sertaneja, com algumas particularidades inerentes à sua biodiversidade. Deus é perfeito em tudo que criou e sua Bondade é infinita, uma vez que nada fica sem a sua proteção. Infelizmente quem desgasta o nosso meio-ambiente é quem dele devia cuidar:

O Homem, o Usufrutuário, o Herdeiro, o Proprietário, o que quer que seja, é que vem devastando, no caso, a nossa Caatinga, desmatando-a sem dó e sem piedade, comprometendo toda a reserva, com a retirada, indiscriminada, de madeiras para lenha doméstica, queima em olarias, carvoarias, padarias, etc, sem se preocupar com seu reflorestamento. Tudo é uma questão de cultura e, infelizmente, o nosso povo ainda não está preparado para isso. Que Deus proteja a nossa Caatinga! "

Por Gê Carvalho .

PREVISÃO DE CHUVAS PARA 2011 NO CEARÁ

Previsão sobre as chuvas para 2011 no Ceará
PREVISÃO
Funceme aposta em bom inverno para 2011 no Ceará
27/11/2010
O inverno deste ano deixou os agricultores desanimados. Houve seca verde, forte estiagem e perda de safra. (...)

A Ematerce começa a distribuição de sementes do Programa Hora de Plantar no próximo dia 3, na região do Cariri.

Iguatu. Depois de um período de estiagem, o sertanejo vive a expectativa de boas chuvas em 2011. As atenções se voltam para as experiências populares e para as previsões meteorológicas. O quadro atual é animador. As águas do Oceano Pacífico Equatorial estão mais frias do que o normal para essa época do ano, caracterizando o efeito La Niña, que é favorável ao sistema de ocorrência de chuvas no semiárido nordestino.
Diante dessa realidade, a Funceme aposta em um bom inverno. A Ematerce começa a distribuição de sementes selecionadas do Programa Hora de Plantar no próximo dia 3, na região do Cariri.

A Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) só vai divulgar prognóstico oficial da quadra invernosa de 2011 em 21 de janeiro, após reunião técnica e análise dos dados. Mas o efeito La Niña reacende a esperança de técnicos e produtores rurais. "O quadro atual é bastante animador", disse o meteorologista da Funceme, Paulo Barbiere. "Com as condições de hoje, a gente espera um inverno bem melhor do que o deste ano".

O secretário de Desenvolvimento Agrário, Antonio Amorim, mantém uma expectativa positiva. "A ocorrência do efeito La Niña é animador e isso traz esperança para todos nós. Sabemos que há outros fatores, mas queremos acreditar em um bom inverno no ano de 2011".

Neste ano, predominou o efeito El Niño, contribuindo para ocorrência de estiagem no sertão nordestino. A temperatura média para esta época do ano é de 26 graus Celsius e uma diferença de cerca de quatro graus para mais ou para menos caracteriza os fenômenos El Niño e La Niña. Segundo o meteorologista Paulo Barbieri, esses fenômenos têm duração média de três a quatro meses. "Não são eventos que se modificam de uma hora para outra", observou. "Por isso, o quadro atual é animador e deve se estender até abril".

As chamadas chuvas de pré-estação que ocorrem a partir da segunda quinzena de dezembro e em janeiro são decorrentes de frentes frias verificadas na região Sudeste e que às vezes chegam até a Bahia e influenciam a ocorrência de precipitações no semiárido nordestino. São as chuvas decorrentes do Vórtice Ciclone de altos níveis. "As previsões dessas precipitações somente podem ser feitas com três ou quatro dias de antecedência", esclarece Barbieri.

Amorim informou que a partir do próximo dia 3 de dezembro começa a distribuição de sementes selecionadas na região do Cariri, do Programa Hora de Plantar. O inverno começa pela região Sul do Ceará, mas os técnicos da Ematerce orientam que os produtores rurais só devem fazer o plantio quando o solo estiver bastante úmido. "Queremos deixar com antecedência nas mãos dos agricultores as sementes para que no tempo certo façam o cultivo".

O lançamento do programa de distribuição de sementes para a safra 2011 será em Barbalha, no próximo dia 3. A SDA deve divulgar na próxima segunda-feira a quantidade a ser distribuída de sementes de milho, feijão, mamona, girassol, algodão e maniva de mandioca. Apesar de próximo do lançamento, a Assessoria de Imprensa da SDA disse que o quantitativo a ser distribuído com os pequenos produtores ainda está sendo calculado.

Ao mesmo tempo da expectativa de um bom inverno, o Governo prepara-se, em parceria com os municípios, para ocorrência de irregularidades nas chuvas e proteção aos produtores da agricultura familiar por meio do Garantia Safra.

Ampliação de vagas.

"O Ceará foi o primeiro Estado a receber a liberação de recursos neste ano em face da seca", disse Amorim. Neste ano, foram atendidos 290 mil pequenos produtores rurais, com a liberação de R$ 176 milhões em quatro parcelas. Para 2011, o esforço do Governo é ampliar para 300 mil vagas.

Há, entretanto, um empecilho técnico decorrente da quantidade de registro de propriedades rurais pelo IBGE. "Existem mais áreas porque muitas não têm registro ou são de posseiros e estamos preparando uma nota técnica para esclarecer o Ministério do Desenvolvimento Agrário", disse ele. Até agora, já foram feitas 280 mil inscrições no Garantia Safra.

As experiências populares que ainda resistem em algumas áreas do sertão do Ceará sobre a ocorrência ou não de boas chuvas começam em 13 de dezembro próximo, com a colocação de pedras de sal na madrugada do dia em que os católicos celebram Santa Luzia.

Fique por dentro
La Niña e El Niño

O fenômeno La Niña, corresponde ao resfriamento anômalo das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial Central e Oriental formando uma "piscina de águas frias" nesse oceano. Contribui para as chuvas. O El Niño é alteração significativa de curta duração (12 a 18 meses) na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico. Contribui para a seca.

MAIS INFORMAÇÕES

Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) - Av. Bezerra de Menezes, Fortaleza, Estado do Ceará
(85) 3101. 8137

HONÓRIO BARBOSA
REPÓRTER

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=891610

MANEJO DA CAATINGA.

Manejo da Caatinga é alternativa para produzir lenha e carvão

A lenha e carvão são os principais produtos oriundos da Caatinga, mas a obtenção dessas fontes energéticas está longe de ser sustentável. O desmatamento origina em torno de 80% desses produtos florestais no Nordeste.

Ter lenha e carvão sem impactar a vegetação é possível com o manejo florestal, tema do livro “Uso sustentável e conservação dos recursos florestais da Caatinga”, que o Serviço Florestal Brasileiro lançou nesta terça-feira (23), em Recife (PE).

A publicação de 367 páginas traz artigos de 28 pesquisadores que mostram a potencialidade de aplicação do manejo para a produção energética, os resultados do uso dessas técnicas sobre a biodiversidade e a possibilidade de conciliar o uso econômico do bioma com a sua conservação.

Existem técnicas sustentáveis de exploração desse recurso florestal que são viáveis tecnicamente, fáceis de serem aplicadas no campo e que já estão normatizadas pelos órgãos ambientais competentes , afirma a engenheira florestal da Unidade Regional Nordeste do Serviço Florestal, Maria Auxiliadora Gariglio, uma das organizadoras do livro.

Baixa participação – As vantagens do manejo, só 6% da matéria-prima para a produção de lenha e carvão vem dessa fonte, um valor ainda baixo para uma região que tem uma alta participação da biomassa – em torno de 30% – na matriz energética.

Segundo o diretor-geral do Serviço Florestal, Antônio Carlos Hummel, a grande presença dos produtos florestais como fonte de energia na região torna fundamental a existência de políticas públicas concretas para o uso dos recursos do bioma.

“O livro dá indicativos reais das possibilidades do manejo, mas é preciso medidas fortes de comando e controle para impedir a competição da lenha manejada com aquela que não é e que é muito forte na região”, afirma Hummel.

De acordo com Maria Auxiliadora Gariglio, o manejo das florestas da Caatinga, se adotado em escala regional poderia contribuir inclusive “para as questões do desmatamento evitado (REDD), para a conservação da biodiversidade de um bioma raro e exclusivamente brasileiro e para a manutenção do homem no campo”.

A adoção de técnicas de uso racional da vegetação é mais urgente principalmente nas cercanias de grandes centros industriais, como a Chapada do Araripe que tem o maior pólo gesseiro da América Latina e os diversos pólos cerâmicos como Açu e Seridó (RN), Russas (CE), Cariri Paraibano (PB). “A divulgação e a prática do manejo deveria ser intensificada nesses lugares, já que essas regiões estão mais pressionadas pelo consumo”, diz Maria Auxiliadora.

Biodiversidade – A pesquisadora tem a expectativa de que a difusão de informações sobre o manejo com base científica dê mais subsídios para que a técnica seja ampliada e dirima as dúvidas sobre a viabilidade e a influência ambiental da sua aplicação.

“Os resultados desses estudos mostram que o manejo como um sistema fechado tem um impacto praticamente nulo na biodiversidade e na conservação dos solos e que o impacto observado imediatamente após o corte é minimizado ao longo dos anos”, completa.

O estudo dos grupos de fauna mostra inclusive que a biodiversidade encontrada na área do plano de manejo é bastante parecida com aquela de algumas Unidades de Conservação situadas em regiões próximas.

Os organizadores da publicação, que inclui outros três pesquisadores, esperam que os caminhos apontados no livro para pesquisa, extensão e políticas públicas sejam trilhados pelos diferentes atores ligados ao manejo.


“Só assim os recursos florestais poderão continuar contribuindo, em todo o seu potencial, com o desenvolvimento econômico e social da região Nordeste”, diz a obra. (Fonte: MMA)

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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SEMINÁRIO DE CIDADANIA E MEIO AMBIENTE.


No dia 09 de dezembro próximo, será realizado, na cidade de Floresta-PE, o PRIMEIRO SEMINÁRIO DE CIDADANIA E MEIO AMBIENTE, tendo como público alvo, em especial, alunos das 1ª à 8ª Séries do Ensino Fundamental.
O Evento é uma realização da ONG Ecologia e Meio Ambiente - EMA, dirigida pelo Dr. Alipio Carvalho Filho, e pelo Educandário Pequeno Aprendiz – EPA, dirigido pela Professora Elbiane Leal Novaes de Carvalho Lima.
O Seminário será realizado no Auditório da Câmara de Vereadores de Floresta e obedecerá à seguinte

PROGRAMAÇÃO

Dia 9/12/2010
7h30 – Recepção
8h00 – Credenciamento
8h30 – Composição da mesa
8h40 – Abertura Oficial pela Diretora Geral do EPA, Professora Elbiane Leal Novaes de Carvalho Lima.
8h50 – Momento cultural: Performance dramatizada: O pólen, as flores e as abelhas. Alunos da educação infantil.
Ciclo de Palestras – Coordenador Dr. Alípio Carvalho Filho, Presidente da EMA.
9h00h – 1ª Palestra: Biomas Brasileiros. Dr. Élcio Alves de Barros, Engenheiro Agrônomo do Instituto Agronômico de Pernambuco, Coordenador do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga de Pernambuco – CERBCAAPE.
9h50 – Intervalo para o cafezinho.
10h20 – Momento cultural: Apresentação Teatral sobre o meio ambiente. Alunos do 2º e 3º ano do Ensino Fundamental.
10h30 - 2ª Palestra: Agroecologia. Dra. Maria Emília Barros e Silva, Supervisora do Setor de Agroecologia do Instituto Agronômico de Pernambuco.
11h20 – 3ª Palestra: Cidadania e Justiça. Dr. Alípio Carvalho Filho, Juiz de Direito aposentado, Presidente da ONG Ecologia e Meio Ambiente – EMA.
12h10–Momento cultural: Herdeiros do Futuro. Dramatização cantada. Alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental.
12h20 – Premiação do Concurso de Poesias e Frases sobre o Meio Ambiente. Coordenação: Professora Ana Elizabete Novaes.
13h00 – Encerramento.
13h15 - Almoço Festivo.
O Evento está sendo patrocinado pela Loja HABIB’S – Rosa e Silva, administrada pelo Bel. Leonardo Carvalho que, além de bom advogado, tem-se revelado um ótimo administrador.
A referida Loja HABIB’S doou a EMA 200 (duzentas) camisas com mensagem referente ao SEMINÁRIO, confirmando seu engajamento numa verdadeira política de desenvolvimento sustentável.
Vale ressaltar, ainda, que a Patrocinadora estará implantando, dentro em breve, nas suas instalações comerciais, o sistema de coleta seletiva de lixo, colaborando, sobremaneira para uma política de defesa e conservação do meio ambiente.
O Evento cultural recebeu, também, o Apoio da Associação dos Magistrados Brasileiros – AMB, que forneceu um magnífico instrumento de conscientização cívica – a Cartilha de Cidadania e Justiça, uma revista tipo quadrinhos, de agradável leitura para os estudantes alvo do Evento. Agradecemos penhoradamente o Apoio da AMB.
Registramos nosso agradecimento ao Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara de Vereadores de Floresta, Vereador ALBERTO CARLOS DE SOUZA, que tem demonstrado sensibilidade para a realização de eventos relacionados à cultura e à educação no Município de Floresta.
Esperamos o comparecimento dos alunos do Educandário Pequeno Aprendiz – EPA bem como de outros convidados.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Milagres da Natureza.



Mais uma colaboração do poeta e prosador tacaratuense, GE CARVALHO, destacando as belezas e os fenômenos que nos são oferecidos pela Mãe Natureza:

"Quero dedicar essa matéria a todos os meus conterrâneos, verdadeiros super-homens que sobrevivem da constante lida com a terra, quer seja na roça, com as plantações próprias e adequadas ao nosso clima; quer seja no campo, com a criação de bodes, carneiros, ou mesmo de vacas de leite, etc., numa constante luta para sobreviver às intempéries do seu dia-a-dia.
Expresso a minha homenagem, em forma de versos, na tentativa de retratar a experiência, vivida quando criança e adolescente, na Laminha onde nasci e cresci.


O que venho comentar
Do tão sofrido sertão
É difícil acreditar
Mas tenho convicção
Que da terra ressequida
Sem qualquer sinal de vida
Renasce a vegetação.

A vegetação da terra
É própria da região
Na baixada ou na serra
Tem a mesma formação
Aqui, ali, um umbuzeiro
Mais na frente, um juazeiro
Alimentam a criação.

É no auge da estiagem
Que a vida endurece
Quando não há mais pastagem
Toda a criação padece
Mas, naquela vastidão
Sob o calor do verão
Sempre um milagre acontece.

E o milagre tão sonhado
Um certo dia aparece
Quando o céu fica nublado
E o sol se desvanece
Logo a chuva está caindo
E o sertanejo sorrindo
Ao Pai do Céu agradece.

Poucos dias decorridos
A mudança não demora
Do chão não mais ressequido
Flores brotam a toda hora
Lírios brancos, açucenas
Vários tipos de verbenas
Enriquecem toda a flora.

E aquela serra distante
Até onde a vista ia
Sob um calor causticante
Como miragem tremia
Transformou sua roupagem
Em uma linda paisagem
De cor verde que inebria.

É o milagre da vida
Que oferece a Natureza
Numa terra tão sofrida
Desprovida de beleza
É grande a transformação
E o homem do sertão
Desfruta dessa riqueza.

Quando chega o fim do dia
Ao retornar do roçado
Não cabe em si, de alegria
Nem sente o corpo cansado
Após trivial refeição
De joelhos, em oração
Agradece a Deus, seu legado.

Gê Carvalho".

BIODIVERSIDADE NA FLORESTA AMAZÔNICA



Sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"Biodiversidade na Floresta Amazônica é mais antiga do que se estimava

Amazonia Through Time: Andean Uplift, Climate Change, Landscape Evolution, and Biodiversity

Effects of Rapid Global Warming at the Paleocene-Eocene Boundary on Neotropical Vegetation

Origem épica da Amazônia
A biodiversidade extraordinária encontrada na Floresta Amazônica é mais antiga do que se estimava. Dois artigos publicados na edição desta sexta-feira (12/11) da revista Science ampliam o conhecimento a respeito da dramática evolução do ecossistema mais rico em biodiversidade no planeta

O artigo de revisão de Carina Hoorn, da Universidade de Amsterdã, e colegas destaca recentes descobertas que reconhecem a lenta elevação da cordilheira dos Andes como a principal força propulsora da extraordinária biodiversidade da região. O artigo tem a participação de pesquisadores brasileiros das universidades federais do Acre (UFAC) e de Uberlândia (UFU) e da Petrobras.

Extraindo informações de uma ampla gama de disciplinas, entre as quais filogenia molecular, ecologia, geologia estrutural e paleontologia, os autores oferecem uma visão geral dos antigos habitantes e dos clássicos processos geológicos da Floresta Amazônica ocorridos durante a era Cenozoica, que abrangeu os últimos 65,5 milhões de anos.

Eles explicam como a elevação dos Andes desencadeou um complexo processo geológico que gradualmente deu origem ao hotspot de biodiversidade que hoje constitui a maior floresta tropical do planeta.

No segundo artigo, Carlos Jaramillo, do Instituto Smithsonian de Pesquisa Tropical no Panamá, e colegas expõem os efeitos de um dos eventos de aquecimento global mais repentinos dos últimos 65 milhões de anos – o Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno (MTPE) – nas florestas tropicais da Colômbia e da Venezuela.

Os resultados demonstram que as florestas tropicais prosperaram nas condições de altas temperaturas e elevadas concentrações de dióxido de carbono que dominavam a região há 55 milhões de anos.

Os pesquisadores apresentam dados de pólen, esporos e outras matérias orgânicas fossilizadas de três locais tropicais que revelam um claro aumento na diversidade das plantas (na sua maioria, entre espécies de plantas frutíferas) durante o MTPE. Suas conclusões contrastam com o antigo pressuposto de que o estresse térmico afeta negativamente os ecossistemas tropicais.

Os artigos Amazonia Through Time: Andean Uplift, Climate Change, Landscape Evolution, and Biodiversity (doi: 10.1126/science.1194585), de Carina Hoorn e outros, e Effects of Rapid Global Warming at the Paleocene-Eocene Boundary on Neotropical Vegetation (10.1126/science.1193833), de Carlos Jaramillo e outros, podem ser lidos por assinantes da SciencE."

Fonte: Agência FAPESP

domingo, 21 de novembro de 2010

AVALIAÇÃO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE.

Foto:territorioanimal.wordpress.com
Aos interessados,
Dentro em breve, "O ICMBio, através da Coordenação de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade (COABIO) e os Centros de Pesquisa e Conservação, está responsável pelo planejamento e implantação do processo de elaboração e revisão das listas de fauna nacionais, sendo prevista até 2014 a avaliação do estado de conservação de todas as espécies dos grupos com ocorrência no Brasil.
O CEMAVE está responsável pela avaliação do Grupo Aves e já iniciou o processo, aproveitando os encaminhamentos realizados no congresso de Palmas – TO, em 2008. Para atender tal desafio, avaliando o maior número de espécies em menor tempo e mantendo a qualidade da informação científica, optou-se por realizar as avaliações por biomas. O primeiro bioma a ser avaliado será a Caatinga, escolhido pela sua menor diversidade relativa, alto número de espécies típicas ou endêmicas do Bioma. Consideramos que essa será uma valiosa oportunidade para uma construção conjunta de aprendizado, entre ICMBio, CEMAVE e pesquisadores, na implementação de um processo de avaliação que pretende ser amplo, contínuo, participativo e criterioso.
Estamos inovando o processo, e para isso, utilizaremos fóruns de discussão, tanto para a coleta de informações quanto para a discussão de critérios e categorias. Cada espécie possui uma ficha que contém uma síntese de informações já compiladas e o mapa com pontos de registros de ocorrência. Desta maneira, você pode comentar, acrescentar ou propor retificações através de mensagens postadas, enviar publicações e referências, visualizar mensagens de outras pessoas, criando assim, um ambiente de discussão em torno das informações existentes na ficha da espécie.
Desse modo gostaríamos de convidá-los a participar do processo, contribuindo com informações e complementando as fichas disponíveis em http://www.cemave.net/listavermelha/
Essa etapa é somente de compilação de informações. As espécies apenas serão avaliadas com relação aos critérios e categorias da IUCN na próxima etapa, que consistirá em uma Oficina com a participação de especialistas.Para mais informações sobre as espécies a serem avaliadas consulte: http://www.cemave.net/listavermelha/Atenciosamente.
Equipe Avaliação do Estado de Conservação das Aves, CEMAVE/ICMBIo."

DIREITO AMBIENTAL

Comunicamos aos Visitantes do Blogdaema que, dentro em breve, estaremos postando uma Sessão Especial sobre Direito Ambiental, abrangendo Legislação, Doutrina e Jurisprudência.

A Diretoria da EMA.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

GEOPARK ARARIPE

Foto: Geopark Araripe

Terça-feira, 16 de novembro de 2010

Comissão da Unesco avalia Geopark Araripe

Uma comissão da Unesco iniciou, ontem, uma visita ao Geopark Araripe com a finalidade de fazer uma avaliação do projeto, que servirá para a renovação da chancela internacional. O primeiro local visitado foi a Floresta Petrificada do Cariri, localizada no Sítio Olho D´água Comprido, há 7km de Missão Velha, na margem da CE-293, que liga este Município a Brejo Santo. A floresta faz parte de 12 sítios fossilíferos da região com as mesmas ocorrências e características.

A Floresta Petrificada é constituída por camadas de rochas avermelhadas (arenitos da formação Missão Velha) com cerca de oito metros de espessura, onde podem ser encontrados pedaços de troncos petrificados de aproximadamente 145 milhões de anos. Segundo o paleontólogo Álamo Feitosa, "estes fósseis mostram que, naquela época (período jurássico), existiam naquela região colinas cobertas por florestas recortadas por rios que transportavam os troncos caídos para locais arenosos, sendo fossilizados ao longo do tempo".

O prefeito de Missão Velha, Washington Fechine, que acompanhou a comissão, prometeu todo empenho na preservação dos geossítios de Missão Velha. Além da Floresta Petrificada, o Município possui também com a cachoeira, uma formação rochosa que é considerada pelos geólogos tão importante quanto a Floresta.

Ontem à tarde, os integrantes da Comissão estiveram, também, no Sítio Pinheiro, em Barbalha, onde está localizado outro geossítio, dentro da formação da Chapada do Araripe.

Hoje, os representantes da Unesco, acompanhados de geólogos técnicos do Geopark Araripe, visitarão os geossítios dos Municípios de Nova Olinda e Santana do Cariri. Por enquanto, eles não deram nenhuma informação sobre a avaliação feita até agora. O geólogo francês Guy Martini, que acompanha a expedição, informou que o resultado será fundamentado nos relatórios que serão apresentados de hoje para amanhã.

Expectativa

Entre os integrantes do Geopark Araripe o clima é de otimismo. O reitor da Universidade Regional do Cariri (Urca), Plácido Cidade Nuvens, antecipou que a avaliação será positiva em razão do trabalho realizado para o fortalecimento do projeto. "A reinauguração do Museu de Paleontologia, a construção de uma sede própria, financiada por meio do Ministério da Integração Nacional (MIN), e a estrada de acesso à Capital da Paleontologia, Santana do Cariri, onde se localiza o Museu, estão entre as grandes conquistas esse ano", explica o reitor.

Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste
Postado por José Sales às 10:05 0 comentários

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

MILAGRES DA NATUREZA

Foto: Ibama

Interessante artigo de autoria do sertanejo, tacaratuense, GERALDO CARVALHO, enaltecendo o milagre que se opera na Caatinga logo após as primeiras chuvas ou trovoadas. Vale a pena ler.


"MILAGRES DA NATUREZA

Quero dedicar essa matéria a todos os meus conterrâneos, verdadeiros super-homens que sobrevivem da constante lida com a terra, quer seja na roça, com as plantações próprias e adequadas ao nosso clima; quer seja no campo, com a criação de bodes, carneiros, ou mesmo de vacas de leite, etc., numa constante luta para sobreviver às intempéries do seu dia-a-dia.

Expresso a minha homenagem, em forma de versos, na tentativa de retratar a experiência, vivida quando criança e adolescente, na Laminha onde nasci e cresci.


O que venho comentar

Do tão sofrido sertão

É difícil acreditar

Mas tenho convicção

Que da terra ressequida

Sem qualquer sinal de vida

Renasce a vegetação.



A vegetação da terra

É própria da região

Na baixada ou na serra

Tem a mesma formação

Aqui, ali, um umbuzeiro

Mais na frente, um juazeiro

Alimentam a criação.



É no auge da estiagem

Que a vida endurece

Quando não há mais pastagem

Toda a criação padece

Mas, naquela vastidão

Sob o calor do verão

Sempre um milagre acontece.



E o milagre tão sonhado

Um certo dia aparece

Quando o céu fica nublado

E o sol se desvanece

Logo a chuva está caindo

E o sertanejo sorrindo

Ao Pai do Céu agradece.




Poucos dias decorridos

A mudança não demora

Do chão não mais ressequido

Flores brotam a toda hora

Lírios brancos, açucenas

Vários tipos de verbenas

Enriquecem toda a flora.



E aquela serra distante

Até onde a vista ia

Sob um calor causticante

Como miragem tremia

Transformou sua roupagem

Em uma linda paisagem

De cor verde que inebria.



É o milagre da vida

Que oferece a Natureza

Numa terra tão sofrida

Desprovida de beleza

É grande a transformação

E o homem do sertão

Desfruta dessa riqueza.



Quando chega o fim do dia

Ao retornar do roçado

Não cabe em si, de alegria

Nem sente o corpo cansado

Após trivial refeição

De joelhos, em oração

Agradece a Deus, seu legado."


Autor: Gê Carvalho.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CRIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM PERNAMBUCO.



No dia 08 do corrente mês, no intervalo das 09 às 11h, foi realizada, no Auditório da SECTMA, a I Reunião do GT para criação de Unidades de Conservação da Caatinga no Estado de Pernambuco.

Não obstante a Portaria 129/2010 da SECTMA tenha instituído um Grupo de Trabalho para "subsidiar o processo de seleção e criação de Unidades de Conservação na região de caatinga do Estado de Pernambuco", a Câmara Técnica restringiu-se a analisar a viabilidade do criação da UC de Serra Talhada.

Das discussões resultaram os seguintes questionamentos: a) qual o objetivo da proteção da área? b) proteção da fauna existente?; c) criação de uma APA no entorno?; d) UC para refúgio de vida silvestre? e) UC de uso sustentável ou proteção integral? f) quem administrará a UC a ser criada?; g) quais as intenções do IPA para a área?; h) incluir ou não a população residente?; i) sobre os Açudes (incluir ou não)?; j) qual a situação fundiária (delimitação da propriedade/proprietários? k) quais as pressões existentes no interior da área e no entorno?.

Em consequência foi adotado o seguinte encaminhamento: marcar reunião para discussão da categoria de manejo e limites; elaboração do mapa e memorial descritivo da área a ser integrada na UC; finalização da proposta; realização de consulta pública em Serra Talhada (PE; apresentação doi Projeto para votação no CONSEMA; e encaminhamento ao Governador para elaboração de Decreto

Os próximos passos a seram adotados: reunião da equipe técnica da CPRH com o Sr. Ivan (IPA); reunião final na próxima sexta-feira (12.11) no auditório da SECTMA para esclarecimentos das dúvidas existentes e encaminhamentos.

Na reunião do dia 12 de novembro próximo será tratada apenas a criação da UC de Serra Talhada, ficando as demais sugestões do CERBCAA/PE para o próximo exercício.

A Dra. Giannina Cisneiros, que coordenou a Reunião, solicitou ao Comitê enviar oficialmente ao Dr. Hélvio Polito, o Relatório Técnico elaborado pela Câmara Técnica do CERBCAA/PE.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

SOB RISCO DE COLAPSO.

Foto: Prainha do Rio do Peixe

De "O ESTADÃO.COM.BR/TÓPICOS".


No mundo, 70% das espécies comerciais estão com estoques baixos; no Brasil, índice chega a 80% no Sudeste
27 de outubro de 2010 0h 00

Karina Ninni ESPECIAL PARA O ESTADO - O Estado de S.Paulo

A redução drástica da população de algumas espécies de peixes e crustáceos e o desaparecimento de outras foram tema de debate na Conferência da Biodiversidade, em Nagoya, Japão, que acaba na sexta-feira. Especialistas repisaram o alerta: por milênios o ser humano encarou o mar como fonte inesgotável de alimento, mas isso não vale mais, não no planeta de 6,6 bilhões de habitantes. O grande vilão do fenômeno é a pesca desordenada, que no Brasil já ameaça mais de 80% dos estoques do Sul e Sudeste e 50% no Norte e Nordeste.
O relatório Global Ocean Protection, recém-lançado em Nagoya, é claro. "Alguns estoques estão próximos do colapso e não deveriam mais ser pescados. E todos deveriam ser alvo de planos de uso sustentável de longo prazo", afirma Caitlyn Toropova, uma das autoras do estudo.
Relatório divulgado este mês pela ONG World Wildlife Foundation indica que 70% das espécies comerciais do mundo, como o bacalhau do Atlântico Norte e o atum do Mediterrâneo, estão com estoques baixos.
No Brasil, o Censo da Vida Marinha divulgado este mês pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) indica que, das 1.209 espécies de peixes catalogadas na costa e nos estuários, 32 são sobre-exploradas. O caso dos crustáceos é ainda pior: a sobrepesca afeta 10 de 27 espécies.
A situação é agravada pela falta de políticas de ordenamento da atividade pesqueira. O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA)calcula em 350 mil o número de pescadores profissionais do País, que respondem por 70% da captura de espécies marinhas na costa. De acordo com o MPA, existem 60 mil embarcações artesanais e cerca de 10 mil industriais nos 3,5 milhões de quilômetros de quadrados de mar sob jurisdição brasileira.
Pelos números oficiais, foram tiradas dos mares brasileiros 585.671,5 toneladas de pescado em 2009. Mas o sistema de licenciamento, a permissão para a pesca de uma determinada espécie, foi criado nos anos 70 e 80, quando os estoques eram outros.
"É comum, na ausência de um recurso para o qual tem permissão de pesca, que o pescador se volte para outro. A verdade é que não se sabe quem está pescando o quê e com qual licença", diz o professor Jose Angel Alvarez Perez, integrante do Grupo de Estudos Pesqueiros da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Santa Catarina.
Segundo Perez, existem espécies em que há sobrepesca há décadas, para as quais não se deveria mais conceder licenças de captura, como a corvina. "E há outras, como os linguados, para as quais não há nenhuma instrução normativa para a captura."
"Na Europa, diferentes países dividem os recursos e isso favoreceu a normatização e a geração de informações. Os primeiros relatos de sobrepesca na Europa datam do século 19", afirma Antonio Olinto Ávila da Silva, pesquisador do Instituto de Pesca (IP) de São Paulo.
No entender de Perez, da Univali, o problema não é tanto de falta de informação, mas de adoção de políticas efetivas. "Em 2004 o MMA lançou uma lista das espécies ameaçadas de extinção e pela sobrepesca. A ideia era que, a partir da lista, o sistema de licenciamento para embarcações pesqueiras fosse revisto."
A presidente da Associação Litorânea Extrativista do Estado de São Paulo Isaura Martins dos Santos, de 54 anos, confirma a informação sobre o déficit de monitoramento. "A gente pesca tudo quanto é tipo de peixe, carapeva, parati, peixe-espada, corvina. Não fazemos uma pescaria específica, isso só de camarão, mas o que acontece é que a escassez é para tudo. O que diminuiu foi a quantidade, não o tamanho", argumenta Isaura, que, além de pescar há 24 anos, é casada com um pescador.
Um dos problemas apontados por especialistas é a falta de entrosamento entre as instituições responsáveis pelo licenciamento e pela fiscalização da pesca. "Imaginávamos que a criação do Ministério da Pesca fosse melhorar o problema da governança, mas isso não aconteceu, porque o MPA e o MMA não trabalham integrados. O MPA existe para fomentar a produtividade e tem mais força política do que o MMA", diz Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de oceanos do Greenpeace.
Passivo. "A nova Lei de Pesca foi sancionada no ano passado, mas há três anos estamos criando um novo sistema de permissões. Só que o passivo é muito grande", diz Cleberson Carneiro Zavaski, secretário-executivo do MPA. "No passado foi incentivado um crescimento desordenado que potencializou a sobrepesca de algumas espécies."
Para Ávila, do IP, é preciso diferenciar sobrepesca de colapso. Segundo ele, se bem administrada a sobrepesca é uma ferramenta importante para o manejo dos estoques. "Quando você pesca mais do que deveria, significa que o estoque que ficou na água vai ter mais condições de se reproduzir: mais espaço, mais alimento etc. Só quando há sobrepesca por anos seguidos é que os estoques começam a cair."
"A pesca tem uma importância muito mais social do que econômica e as políticas públicas deveriam levar isso em conta. No Estado que mais pesca no País, Santa Catarina, a participação da pesca no PIB é risível", diz Ávila. "O processo de gestão pesqueira tem de ser participativo. Não adianta criar uma boa lei se não houver um trabalho intenso com uma população pouco alfabetizada, para a qual a pesca artesanal é a principal fonte de renda." / COLABOROU REJANE LIMA
TUBARÃO
Barbatanas, carne, óleo de fígado, cartilagens e peles: tudo se aproveita do tubarão. Por isso ele é cobiçado. O preço do quilo da barbatana do tubarão-martelo-recortado chega a US$ 100.

BACALHAU
O maior estoque do mundo de Bacalhau do Atlântico Norte (Gadus morhua) está no Mar de Barents, ao norte da Noruega e da Rússia. Ele está na lista de espécies vulneráveis da IUCN

ATUM AZUL
Usado nos sushis, o bluefin" está tão ameaçado que tem cotas de captura na Europa. Em junho, a temporada de pesca foi abreviada, porque a cota foi superada. Os estoques caíram 80% em 40 anos

CORVINA
Espécie mais pescada no Sudeste depois da sardinha, está sobre-explorada há três décadas. É capturada com outras espécies por pescadores que têm licença para "peixes diversos"

LAGOSTA
Em 1995, o Brasil pescou 10.338 toneladas de lagosta, o maior volume dos últimos 15 anos. Depois, a produção caiu. Hoje está na casa das 7 mil toneladas. O Nordeste é o maior produtor do País

CAMARÃO-ROSA
Está na lista de espécies sobre-exploradas do MMA. O volume pescado oscila bastante historicamente. Em 2006, foi registrada a maior captura dos últimos anos:12.382toneladas.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

CRIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM PERNAMBUCO 2.



CRIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM PERNAMBUCO.

A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco - SECTMA - está realizando, em conjunto com o Comitê de Estudos da Reserva da Biosfera da Caatinga de Pernambuco – CERBCAAPE, estudos e gestões para criação de Unidades de Conservação de áreas da Caatinga ¬- o bioma genuinamente brasileiro.

Com o objetivo de oferecer subsídios para consecução da meta perseguida pela SECTMA, o Comitê de Estudos da Reserva da Biosfera da Caatinga de Pernambuco – CERBCAAPE –, através de sua Câmara Técnica, realizou, no dia 14 de outubro último, no Auditório do CPRH, uma reunião específica para analisar a situação atual das propostas de criação das UCs de Serra Talhada, localizada no município do mesmo nome, e de Pedra do Cachorro, esta envolvendo áreas dos municípios de Brejo da Madre de Deus, São Caetano e Tacaimbó.

Na oportunidade, foi feita uma análise de áreas prioritárias vocacionadas para conservação no Estado de Pernambuco, resultando nas seguintes indicações:

a) Fazenda Saco, Serra Talhada, 1.500 ha, Proteção Integral;
b) Pedra do Cachorro, S. Caetano, 500-1.000 ha, Uso Sustentável;
c) Serra da Canoa, Floresta, 6000-8000 ha, Proteção Integral;
d) Brejo da Princesa, Triunfo, 500-1000 ha, Proteção Integral;
e) Negreiros, Serrita/Parnamirim, 10000-15000 ha, Uso Sustentável;
f) Não nominada, Mirandiba, não indicada, Proteção Integral;
g) Serra do Recreio, Lagoa Grande, 2000-4000 ha, Proteção Integral.

Na mesma reunião, aventou-se a possibilidade de realização de Oficina Técnica para discutir e propor uma Lista das áreas prioritárias para criação de UCs a ser encaminhada ao Conselho Estadual de Meio Ambiente – CONSEMA.

Sugeriu-se a participação da SECTMA, CERBCAAPE, MMA, ITEP, FUNDAJ, IBAMA, UFPE, UFRPE, UNICAP, UPE, ASA-PE, AMUPE, UNIVASF/CRAD, CRESF, CODEVASF, IPA, e outros órgãos ou entidades interessadas.
Esperamos a conclusão dos estudos referidos e a indicação definitiva de áreas para criação de UCS, mantendo Pernambuco na vanguarda da proteção ambiental.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

CONVITE

Repassamos Convite que nos foi endereçado pelo companheiro internauta Alelxandre Malta.

"É com grande alegria e entusiasmo, que viemos convidar-lhe para participar do II Encontro Nacional de Grupos de Agroecologia (ENGA), a se realizar de 11 a 16 de Novembro em Aldeia Velha, distrito do município de Silva Jardim-RJ.
O ENGA pretende fomentar intercâmbios entre grupos e comunidades, onde as reflexões e discussões sobre temas como: Segurança Alimentar e Saúde, Cultura popular e Tradicional, Sustentabilidade na Agricultura, Economia Solidária e Integração Social, contribuam para a realidade da comunidade local e das experiências agroecológicas da região onde o evento será realizado.
Além disso, o II ENGA, tem o objetivo de criar um espaço em que os membros de Grupos de Agroecologia possam se reunir, discutindo questões inerentes aos grupos e apontando perspectivas de atuações futuras. Portanto, o II ENGA, terá também caráter deliberativo que planeje ações contínuas para o desdobramento da rede dos GAs, bem como definição dos grupos que assumirão a organização do próximo ENGA.
Durante os 05 dias de convivência serão realizados espaços de troca de saberes com instalações pedagógicas, visitas e mutirões nas experiências da região, uma feira agroecológica e cultural nas ruas de Aldeia Velha, além de espaços para reflexões e discussões focadas em temas relacionados ao envolvimento sustentável, cooperativismo e associativismo rural, educação diferenciada, extensão rural, economia solidária e inclusão social, sementes, plantas medicinais, sistemas agroflorestais, agricultura urbana, fontes renováveis de energia, bioconstruções, gênero, soberania alimentar e saúde integral.
A programação do encontro será composta por atividades integradoras conduzidas por metodologias participativas como: rodas de discussões e círculos temáticos, mutirões, feira cultural agroecológica, trocas de experiências e espaços de socialização que sejam direcionados para fortalecimento da rede dos GAs, fomento da transição agroecológica local e construção de propostas para reivindicar e garantir acesso das comunidades e agricultores às políticas públicas e tecnologias alternativas. "

Aventura Selvagem em Cabaceiras - Paraíba

Rodrigo Castro, fundador da Associação Caatinga, da Asa Branca e da Aliança da Caatinga

Bioma Caatinga

Vale do Catimbau - Pernambuco

Tom da Caatinga

A Caatinga Nordestina

Rio São Francisco - Momento Brasil

O mundo da Caatinga