Cartilha sobre instrumentos da Economia Verde propõe leitura crítica da Rio+20
Estudo apresenta elementos para
debate qualificado sobre principais mecanismos da economia verde, com
explicações detalhadas e exemplos de iniciativas tomadas no Brasil.
Rio+20
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Segunda-feira, 04 de Junho de 2012
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Você sabe o que é mercado de carbono? E os
Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL)? Já ouviu falar em Redução de
Emissões por Desmatamento e Degradação, Conservação, Manejo Florestal
Sustentável (REDD)? Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)? Todos estes
instrumentos e conceitos, que fazem parte da assim chamada economia verde,
estão explicados e detalhados na cartilha "O Lado B da Economia Verde -
Roteiro para uma cobertura jornalística crítica da Rio+20". Com exemplos
de como tais mecanismos têm sido aplicados na prática no Brasil e opiniões
críticas de acadêmicos e especialistas, a cartilha foi pensada para auxiliar
jornalistas envolvidos na cobertura do evento, mas pode ser útil para qualquer
um que tenha interesse em aprender e se aprofundar sobre os temas em discussão.
Clique aqui ou na
imagem abaixo para baixar a versão digital da cartilha em arquivo PDF.
Produzida em parceria da Fundação Heinrich Boell
com a Repórter Brasil, a cartilha traz uma análise sobre o novo ambientalismo
de mercado que tem permeado os debates em torno da na perspectiva de seus
críticos. Uma das principais pautas da conferência, a economia verde ainda
carece de consenso entre os negociadores dos Estados-membros das Nações Unidas
quanto à sua conceituação e definição. Grosso modo, porém, seus proponentes
apostam em um uso mais economicista dos recursos naturais – rebatizados de
capital natural, defendendo novas regras de lucratividade inerentes à
preservação ambiental, para que ela se justifique.
Modelo de desenvolvimento
A premissa de que a proteção do meio ambiente só
ocorrerá se for economicamente vantajosa, no entanto, tem sido duramente
criticada por parte da sociedade civil organizada, cientistas e acadêmicos. De
acordo com eles, esta lógica deixa de fora os aspectos científicos e biológicos
ligados à saúde do planeta, e sociais, culturais e espirituais inerentes à
sobrevivência das populações rurais e tradicionais que dependem e convivem com
a natureza e seus recursos. Acima de tudo, nega o fato de que as crises
climáticas e ambientais são decorrência direta de um modelo de desenvolvimento
intrinsecamente predador e depredador.
Abordando este debate numa perspectiva crítica, a
cartilha traça um quadro das várias forças que deverão atuar na Rio +20, focando
em seguida nos principais instrumentos já criados ou propostos para fortalecer
o ambientalismo de mercado. Basicamente, são analisados os conceitos de mercado
de carbono, Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), Redução de Emissões por
Desmatamento e Degradação, Conservação, Manejo Florestal Sustentável (REDD) e
Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Além de explicar criticamente o
funcionamento destes instrumentos, a cartilha aborda seu status no Brasil e
traz exemplos polêmicos de sua aplicação no país.
Repórter Brasil/EcoAgência
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