sábado, 28 de setembro de 2013

Em PE, seca prolongada castiga comunidades do sertão do estado.

Em Ibimirim, o principal rio que abastece a região sumiu. Tem agricultor que perfurou poços para conseguir um pouco de água.
Nos oito primeiros meses deste ano foram registrados apenas 173 milímetros de chuva em Ibimirim, sertão de Pernambuco. Em anos com chuvas regulares, a média no período chega a 400 milímetros de acordo com o Instituto Agronômico de Pernambuco, o IPA.
A situação é ainda mais grave porque a região já sofre há dois anos com a escassez de chuvas. Antônio dos Santos tem uma propriedade de 10 hectares, mas ainda não plantou nada este ano.
Em um local onde antes passava um riacho que ajudava os agricultores da comunidade a irrigar as plantações, a estiagem deixou o cenário completamente seco. Só restou areia fofa, mas a necessidade fez com que o sertanejo fosse buscar água lá embaixo.
Morando em um terreno de meio hectare próximo ao riacho, o agricultor Pedro Patrício resolveu cavar com a ajuda de uma pá um poço hoje com 10 metros de profundidade.
A irrigação do feijão que planta ao redor da casa para alimentar a família é por meio de gotejamento para não desperdiçar água, que ele também distribui aos vizinhos que necessitam.
A criação de animais em Pernambuco também foi afetada pela seca. Na Feira de Gado de Caruaru, a oferta até aumentou em relação ao mesmo período do ano passado, mas ainda é pequena em relação a demanda. A quantidade de chuva foi insuficiente e não há pasto para alimentar os animais.
Erivânia Camelo, gerente geral da Adagro, Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco, explica a situação do rebanho do estado. Confira a entrevista no vídeo com a reportagem completa.
Assistam a matéria, clicando no endereço abaixo:


 
 
 
por João SuassunaÚltima modificação 24/09/2013 11:31

Cisternas sob suspeita: TCU suspende pregão de R$ 600 milhões.

O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga suspeita de irregularidades em licitação para a compra de 187,5 mil cisternas de plástico a um custo de quase R$ 600 milhões - uma das maiores em curso no governo federal. De acordo com a suspeita do TCU, a concorrência pode ter favorecido uma multinacional que acaba de abrir fábrica em Petrolina (PE), cidade do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.


http://www.clickpb.com.br/noticias/brasil/cisternas-sob-suspeita-tcu-suspende-pregao-de-r-600-milhoes/
Cisternas sob suspeita: TCU suspende pregão de R$ 600 milhões  Imagem ( Da Internet ) O pregão para a escolha das empresas que vão fornecer as cisternas em seis estados é conduzido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), empresa vinculada ao Ministério da Integração Nacional. No mês passado, uma medida cautelar do TCU mandou suspender o pregão e apontou o risco de "grave lesão ao Erário" se as empresas vencedoras fossem contratadas pela Codevasf.
Entre os participantes está o grupo mexicano Rotoplas, cuja razão social em território nacional é Dalka do Brasil (o nome fantasia é Acqualimp). A empresa já é a maior fornecedora do Água para Todos, programa-chave da gestão do ministro Bezerra e que pretende universalizar o acesso à água no semiárido.
Assim que começou a ganhar os principais contratos para fabricar cisternas, a Acqualimp abriu unidade em Petrolina. A medida cautelar do TCU não impediu que a empresa começasse a fornecer as primeiras cisternas ao Ministério da Integração, como parte da licitação posta sob suspeita.
A Codevasf já foi presidida por Clementino de Souza Coelho, que é irmão do ministro e chegou ao posto poucos dias após a posse de Bezerra, em janeiro de 2011. A presidente Dilma Rousseff demitiu Clementino um ano depois, por suspeita de direcionamento de políticas do órgão para a base eleitoral da família.
Um edital para o fornecimento de cisternas de plástico pela mesma Acqualimp, assinado por Clementino, direcionou a maior parte dos equipamentos para a região de Petrolina, apesar de Pernambuco ser apenas o terceiro estado em demanda por cisternas, conforme diagnóstico do próprio governo. O deputado federal Fernando Coelho Filho (PSB-PE), filho do ministro, disputou e perdeu a eleição para prefeito de Petrolina em 2012.
Para se ter uma ideia do tamanho dessa nova licitação, o número de cisternas a serem fornecidas é o triplo da quantidade já instalada pelo ministério desde 2011, ano em que Bezerra chegou ao cargo. Até agora, a Codevasf instalou 62,1 mil equipamentos, a maioria em Pernambuco. Nos três novos lotes, as outras 187,5 mil cisternas devem ser distribuídas por Alagoas, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Ceará e Goiás.
O custo individual do equipamento é de R$ 5,9 mil, o que inclui cisterna de polietileno de 16 mil litros para captar água da chuva; bomba d'água manual; e obras de instalação. O custo dos reservatórios de plástico chega a ser duas vezes o de cisternas de cimento, construídas pelas comunidades locais.
Empresa restringiu concorrência de pregão
A suspensão do pregão de quase R$ 600 milhões foi uma sugestão da Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas (Selog), do TCU. Depois de analisar documentos fornecidos por Codevasf e Acqualimp, a Selog concluiu que a empresa vinculada ao Ministério da Integração restringiu a concorrência ao fazer pregão presencial em Brasília, e não um pregão eletrônico.
O ministro responsável pelo processo, Benjamin Zymler, concordou com o entendimento e concedeu a medida cautelar suspendendo o pregão até a análise do mérito pelo TCU.
"Além de não terem sido apresentadas justificativas suficientes para comprovar a inviabilidade da realização do pregão em sua forma eletrônica, a adoção da forma presencial pode ter reduzido a disputa entre os interessados", diz o ministro no despacho. Em um dos lotes, apenas três empresas se interessaram. Nos outros dois, a empresa que deu o melhor lance acabou desclassificada.
O máximo de economia registrado no pregão, em relação ao preço inicial de R$ 597,8 milhões estabelecido pela Codevasf, foi de 4%, valor considerado baixo pelo ministro do TCU.
"A contratação pode acarretar grave lesão ao Erário", concluiu Zymler. Ele alertou a Codevasf de que o TCU poderá anular o pregão e deu prazo de 15 dias para o órgão explicar por que adotou o pregão presencial. Já as empresas vencedoras de dois lotes, Acqualimp e Consórcio Fortlev, também terão 15 dias para se manifestarem sobre a acusação de sobrepreço na execução dos serviços.
O consórcio inicialmente vitorioso em dois lotes do pregão foi desclassificado a partir de um recurso apresentado por Acqualimp e Fortlev. Decidiu, então, recorrer ao ministro contra a decisão. A Advocacia Geral da União entendeu que não cabe ao ministro analisar recurso do tipo e decidiu que a contestação nem deveria ser aceita. Bezerra seguiu a AGU e não reconheceu o recurso.
O Ministério da Integração diz ter desclassificado o primeiro consórcio vencedor porque as empresas participantes dele não tinham capacidade financeira ou atuam em áreas incompatíveis. "Em nenhum momento o ministro interferiu na concorrência conduzida pela Codevasf, que ocorreu à luz da legislação", afirma o ministério.
A instalação da fábrica da Acqualimp em Petrolina também não influenciou qualquer resultado, segundo a assessoria da pasta. "As unidades fabris foram instaladas nos principais centros comerciais, visando principalmente à facilitação da logística de transporte e distribuição das cisternas nos principais estados do semiárido."
O governo diz que trabalha tanto com cisternas de plástico quanto com de placa. "Somente com uma tecnologia não seria possível alcançar as 750 mil famílias previstas." A Codevasf sustenta ter adotado o pregão presencial em razão da transparência e das "vantagens econômicas" da modalidade. E aponta economia de R$ 22 milhões na licitação.
A Acqualimp nega irregularidades e diz que as cisternas da licitação sob suspeita serão produzidas pelas fábricas de Penedo (AL) e Montes Claros (MG). "A unidade fabril de Petrolina não está prevista para atender a esses trabalhos em questão", diz a multinacional. "A empresa já apresentou os esclarecimentos e não há que se falar em sobrepreço. O TCU já expediu documento atestando que as ordens liberadas estão livres para execução e não serão suspensas."

 
por João SuassunaÚltima modificação 24/09/2013 17:29

Ministério da Integração Nacional
Assessoria de Comunicação Social

Integração Nacional autoriza estudos de viabilidade técnica para o Eixo Oeste da Transposição do Rio São Francisco
 
Com 450 quilômetros de extensão o empreendimento beneficiará 600 mil pessoas
 
Brasília-DF, 24/9/2013 – O primeiro passo para se viabilizar a construção do Eixo Oeste do Projeto de Integração do Rio São Francisco foi dado nesta terça-feira (24), em Brasília, em um ato que reuniu o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, o governador do Piauí, Wilson Martins, e parlamentares do estado. O empreendimento terá 450 quilômetros de extensão e levará água a 600 mil habitantes de mais de vinte municípios piauienses.
 
“Este ano nós já autorizamos os estudos de viabilidade técnica do Eixo Sul, que beneficiará municípios da Bahia, e do Canal de Xingó, para levar as águas do São Francisco a cidades de Sergipe. Agora, honrando a promessa que fizemos ao governo e à bancada do Piauí, contrataremos os estudos para avaliar a viabilidade técnica, socioeconômica e ambiental do Eixo Oeste, que terá 450 quilômetros de canal e demandará um volume expressivo de recursos”, disse o ministro da Integração Nacional.
 
Bezerra Coelho destacou que esta é uma etapa imprescindível para que o empreendimento seja, no próximo ano, candidato a receber investimentos do PAC 3. “O governo federal disponibilizou no orçamento do PAC deste ano recursos para elaboração de projetos, pois em diversas consultas a governos de estado ou a prefeituras percebemos que muitos tinham pleitos, mas não possuíam projetos”, explicou, ao acrescentar que a contratação dos estudos para o Eixo Oeste está sob a responsabilidade da Codevasf [Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba].
 
O governador Wilson Martins ressaltou que a integração do sertão do Piauí ao projeto de Transposição do Rio São Francisco vai dar ao estado segurança hídrica. “É um anseio antigo de todos os piauienses. Fico ainda mais feliz por saber que este primeiro passo é, na verdade, um salto enorme, pois ao fim dos estudos de viabilidade já teremos um anteprojeto de engenharia. Agradeço à presidenta Dilma Rousseff pela decisão política de transformar nosso sonho em realidade, e ao ministro Fernando Bezerra Coelho e toda sua equipe pelo entusiasmo com que sempre tratou o pleito”, pontuou Martins.
 
O edital para contratação dos estudos de viabilidade técnica do empreendimento deverá ser publicado no Diário Oficial da União no prazo de aproximadamente 10 dias. 
 
Empreendimentos - O Projeto de Integração do Rio São Francisco vai atender mais de 12 milhões de pessoas e já é considerado a maior obra de infraestrutura hídrica construída no Brasil, estando inclusive entre as maiores do mundo.

O governo federal, em parceria com os governos estaduais, financia outras centenas de empreendimentos que estão gerando soluções definitivas para a falta d'água na região do semiárido. A cada R$ 1 investido na Integração do Rio São Francisco, outros R$ 2 são aplicados em obras estruturantes para garantir a segurança hídrica no Nordeste.
 
Foto: Adalberto Marques/MI

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Transposição do São Francisco e soluções para a seca.

Clube de Engenharia aborda obras de transposição do rio que pretende levar água às regiões de seca.


http://www.portalclubedeengenharia.org.br/info/transposicao-do-sao-francisco-e-solucoes-para-a-seca#!

  • Foto: EBC
 
A transposição do rio São Francisco mostrou-se, em diversos momentos de debate nacional, como um projeto polêmico. Nomeado pelo governo brasileiro como "Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional", é coordenado pelo Ministério da Integração Nacional. A obra prevê a construção de mais de 600 km de canais divididos em dois eixos (norte e leste). O desvio das águas do rio se estenderá pelos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Sobre esse assunto, a Divisão Técnica de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS) do Clube de Engenharia promoveu a palestra “A transposição do São Francisco e a seca nordestina”, ministrada pelo chefe da DRHS, Jorge Paes Rios. O evento aconteceu na última terça-feira, 18/06, na sede da entidade.
O palestrante exibiu imagens da seca que assola parte do Nordeste brasileiro, demonstrando sua permanência ao longo de anos. Ele exibiu também imagens de quadros de Portinari, que retratou as secas em diversas obras, e o mapa das secas, que compreende, inclusive, parte do Sudeste – uma parte de Minas Gerais. Segundo Jorge, o Clube de Engenharia tem debatido o assunto há anos, principalmente sob a perspectiva técnica. “Discutimos o tema em 2005 e elaboramos um grande relatório sobre o assunto. Uma comissão fez a coleta e a consolidação das informações que foram posteriormente analisadas. Alguns dos aspectos gerais, como o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) foram estudados e, depois, o Conselho da entidade aprovou uma resolução”, explicou Jorge Rios.
A polêmica em torno do projeto na época da decisão sobre a transposição deu-se pela destinação do uso da água. Parte dos críticos alega que a água será retirada de regiões onde a demanda para uso humano é maior que a demanda na região de destino. No entanto, o RIMA aponta o uso da água para o agronegócio como positivo devido à possibilidade de geração de emprego e renda na região. Segundo o palestrante, houve críticas também ao projeto de revitalização das áreas em transposição. “Falava-se que só poderia ser feita a transposição após a conclusão do projeto de revitalização, mas isso não é verdade, já que a revitalização é um processo constante”, afirmou Rios.
Os motivos para a realização da transposição também foram abordados na palestra. “Os motivos principais são o que prevê o artigo 20 da Constituição, que diz que o rio é bem da União, pois banha mais de um estado, portanto, deve servir para promover o desenvolvimento e evitar as secas periódicas. Além disso, ele é um rio perene e sua bacia representa 70% da água potável do Nordeste, mostrando seu potencial de abastecimento da região”, disse.
Jorge Rios fez duras críticas às paralisações e aos atrasos na obra, segundo ele, esses percalços acabam aumentando muito o custo final da obra. Após mostrar o mapa da transposição e outros dados técnicos, o debate foi aberto aos presentes. O subchefe da Divisão Técnica de Recursos Minerais (DRM), Thomaz de Aquino Arantes, evidenciou que a preocupação do Clube com o tema vem de longa data. “Poucos sabem, mas há na biblioteca do Clube um livro chamado A Exploração Econômica do Rio São Francisco. A publicação data de 1860, ou seja, esta não é uma pauta recente na entidade, discutimos isso há pelo menos 150 anos”, ressaltou.
 
COMENTÁRIOS
Prezado PROF. Jorge,


Estou muito longe de ser eco-xiita. Nasci e me criei nas margens do São Francisco, atuo com monitoramento de recursos hídricos há mais de dez anos em toda a Bahia, inclusive na Bacia do São Francisco, no mínimo, o que possa te dizer, com conhecimento, é que o Rio tem seu leito diminuído em vários pontos.
Minha equipe fará monitoramento da dragagem de 13 passos críticos, começando na próxima semana, tem trechos que até voadeira não passa, e isto não é dado secundário!! É fato.
Minha região sobrevive do Rio e há vinte anos atrás perdi amigos por conta de disputa por água, o sr. sabe que isto ocorre nas margens do São Francisco? Os afluentes principais, do trecho mais árido por onde ele passa, sofrem com desmatamentos e são considerados a nova fronteira da agricultura baiana, orientei duas monografias de Gestores Ambientais da área, que citam os impactos do desmatamento e mecanização agrícola. O volume de água nas veredas diminui a cada ano.
Sugiro que não se contente com o material que leu, dê um passeio pelo Rio Grande (um maiores afluentes do Oeste Baiano), veja se ainda há mata ciliar; conheça o Rio Salitre, que passa boa parte do tempo sem água; ou tente navegar entre Barra e Pilão Arcado pelo São Francisco. Depois que VERIFICAR as reais condições do rio, vamos ver se continuará com seu discurso.


___________________________________________________________________

JORGE RIOSPREZADA EDISIENE,
Pelo visto vc. NÃO ASSISTIU A MINHA AULA / PALESTRA .... A disputa por AGUA só tende a aumentar no Mundo todo é claro ...

Ja trabalhei em quase TODO O SERTÃO NORDESTINO e conheço MUITO BEM as agruras das SECAS ... os rios do Nordeste Setentrional são TODOS INTERMITENTES e as secas são históricas e os habitantes precisam de AGUA ....

Como mostrei os AFLUENTES podem sofrer mais e quem MAIS DESMATOU foram os Estados de Montante [ Minas e Bahia ] para fabricar carvão e aço ...o que é REALMENTE UM ABSURDO .... E depois egoisticamente e / ou POLITICAMENTE fizeram campanha para a AGUA NÃO ATINGIR AOS MAIS NECESSITADOS .... PARA ALGUNS NÃO INTERESSA QUE AGUA CHEGUE pois existe a famosa POLÍTICA DA SECA PARA SE OBTER VOTOS....

O PROJETO atual prevê a REVITALIZAÇÃO DA BACIA
baixe no meu BLOGSPOT [http://prof-rios.blogspot.com.br/o DOWNLOAD GRÁTIS do meu livro REVITALIZAÇÃO DE RIOS ] ....

REPITO; A VAZÃO MEDIA DO RIO SÃO FRANCISCO É 6 VEZES SUPERIOR ao do rio PARAÍBA DO SUL que abastece o RIO DE JANEIRO ... não existe esta figura de rio agonizante ISTO É PAPO DE DESINFORMADO , DE ECO-XIITA, DE POLÍTICO QUE SE ELEGE COM A INDÚSTRIA DA SECA, E DE JORNALISTA .... QUEM AGONIZA É O GADO E OS POBRES DO INTERIOR NA ÉPOCA DA SECA ... até a GLOBO mostrou isto .... VEJA E LEIA A MINHA PALESTRA NO CLUBE DE ENGENHARIA ....
http://www.portalclubedeengenharia.org.br/info/transposicao-do-sao-francisco-e-solucoes-para-a-seca

SAUDAÇÕES FLUVIAIS ;
PROF. JORGE RIOS =
http://prof-rios.blogspot.com.br/
_____________________________________________________________________________
José do Patrocínio Tomaz Albuquerque - Hidrogeólogo e Consultor
Prezada Cláudia Abreu
 
Vi o vídeo da palestra do Prof. Jorge Rios. Algumas partes não tinham som, como, aliás, alguns assistentes declararam. Mas, deu para conhecer a posição do professor, já manifestada anteriormente, e reiterada na sua mensagem atual, favorável à Transposição do São Francisco, da qual discordo. Mas, vou comentar o teor desta mensagem do Prof. Rios por você encaminhada.
Partindo da parte que diz respeito às disponibilidades do rio para cessão de água para fins de qualquer transposição, estas não podem e não devem ser relacionadas mais à sua vazão média de longo período (seis vezes superior à do rio Paraíba do Sul, segundo ele) mas, sim, à vazão regularizada no trecho entre os reservatórios de  Sobradinho e Xingó, passando pelas de Itaparica, Moxotó e Complexo de Paulo Afonso.
Em relação ao problema da outorga para a Transposição, a disponibilidade alocável é dada, até a barragem de Xingó, pela vazão regularizada no trecho entre as nascentes e este reservatório, ou seja, os 1.815 m³/s (vai num crescendo desdeTrês Maria, atingindo esse valor em Sobradinho).  O professor teria razão (disponibilidade em toda a bacia, dada pela vazão média de longo período) se ela não tivesse sofrido intervenção humana. Com a intervenção a disponibilidade corresponde à vazão regularizada no trecho controlado pelas barragens. Qualquer retirada para consumo neste trecho e a montante de Sobradinho afeta esta vazão. E ela, neste trecho, está toda comprometida com os usos múltiplos que se faz dela, principalmente a geração de energia (Até o apagão, destinava-se, em média, para geração de energia 2.060 m³/s com garantia de 90 ou 95% e deu no que deu). Não há saldos neste trecho. Tanto que eles estão sacrificando a geração de energia hidrelétrica e a substituindo pelas térmicas a gás ou carvão e pensam em nuclear. A outorga, por isso, nunca deveria ser concedida, a não ser, exclusivamente, para o abastecimento humano, em obediência ao que determina a Lei 9.433/1997. E esta não é a principal finalidade da vazão outorgada. Tampouco faltava água para abastecimento humano nas bacias receptoras. É só ver o confronto disponibilidades versus demandas de abastecimento humano, urbano e rural, e do gado, constantes do Projeto ÁRIDAS (1994), ou do Ofício 373 MI (Ministério da Integração) dirigido aos Estados receptores, em 2005. Agora, após Xingó, a vazão média liberada de 1.815 m³/s recebe o acréscimo da vazão de base suprida pelos sistemas aquíferos situados a jusante (principalmente o sistema Alagoas-Sergipe), bem como a contribuição do escoamento superficial direto proveniente das chuvas que na bacia, entre Xingó e o Atlântico. Dá algo como 2.000 m³/s. Nesse trecho é que se poderia, em princípio, mantida a vazão ecológica (1.300 m³/s) fazer uso do saldo, inclusive para projetos de Transposição futuros, visando o abastecimento urbano das metrópoles litorâneas e, até, irrigação de solos dos tabuleiros costeiros, o que deveria ser muito bem avaliado e discutido com os atores envolvidos.
Sabemos que a maior parte da vazão transposta  vai suprir demandas de irrigação (nos dois Eixos) e o complexo de Pecém, no litoral cearense (Eixo Norte). Para este empreendimento, as vazões regularizadas pelos reservatórios dos rios cearenses (bacias metropolitanas, litorâneas, do Acaraú, do Curu e, principalmente, do Jaguaribe, com vários reservatórios com capacidade de regularização 100% garantida, destacando-se os de Castanhão, Orós, Banabuiú, entre outros) são mais que suficientes. O que nunca será atendido com a segurança requerida é a demanda dos perímetros de irrigação, praticada em um modelo altamente consumista de recursos hídricos por seus métodos, períodos e cultivos inadequados (ás vezes exóticos) às condições climáticas da região e que, se implantados (cerca de 40.000 hectares) em nada reduzirá os efeitos das secas que atingem o Semiárido nordestino  (98 milhões de hectares). Estes efeitos se manifestam no colapso do abastecimento urbano ( o que ocorre quando suprido por reservatórios sem capacidade de regularização plurianual, havendo, em todas as bacias receptoras, açudes com tal capacidade, mas não destinados a esta demanda prioritária, segundo a Lei 9.433/1997), na continuidade produção agrícola de subsistência e do pasto natural, vulneráveis à qualquer irregularidade pluvial, mesmo as menores, denominadas de “veranicos”. Estas irregularidades é que deveriam ser corrigidas pelo uso adequado dos quase 70.000 açudes sem poder de regularização (efeito sinérgico pelo uso, reduzindo, ao máximo, as perdas por evaporação). minimizando, mitigando ou, em certas área e casos/ anulando os efeitos das estiagens, prolongadas ou não. Ist0 sem falar das águas subterrâneas contidas em bacias/sistemas aquíferos sedimentares, inclusive os aluviais.
Portanto, é preciso pensar diferente pois o nosso Semiárido é distinto de todas as demais regiões hidroclimáticas, áridas, semiáridas, semiúmidas e úmidas do Brasil e do Mundo. Mais: em nosso Semiárido, há semiáridos e semiáridos. Em alguns deles somente há condições de plantio de cultivares xerófitos.

Atenciosamente,
Patrocínio





 

por João SuassunaÚltima modificação 25/09/2013 17:21


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Cisternas do 'Água para Todos' estão guardadas

Primeira meta do programa, que não foi alcançada, era instalar 1.745 cisternas, em CG mais de mil estão guardadas desde julho.


http://www.jornaldaparaiba.com.br/noticia/113191_cisternas-do-agua-para-todos-estao-guardadas
Givaldo Cavalcanti Magnus Menezes
null
Ação federal levou, até o momento, apenas 741 aparelhos para dois municípios
Mais de mil cisternas de polietileno estão guardadas desde o mês de julho, em uma área reservada no Parque de Exposições de Campina Grande. Estes equipamentos são do Programa 'Água para Todos', do governo federal, que tem como meta a instalação de 4 mil cisternas nas cidades de  São José de Lagoa de Roça, Areial, Cacimba de Dentro, Araruna, Dona Inês, Lagoa, Quixaba, Belém do Brejo Cruz e Igaracy.
No entanto, a ação federal levou, até o momento, apenas 741 aparelhos para dois municípios, tendo sido instalados 120 equipamentos em São Sebastião de Lagoa de Roça e 621 em Igaracy. As cisternas repassadas pelo Departamento Nacional de Obras Contra Seca (Dnocs) devem servir para melhorar o armazenamento de água para mais de 20 mil paraibanos que vivem na zona rural do Estado.
A primeira meta do programa, que não foi alcançada, era instalar 1.745 cisternas entre as nove cidades, até o final do mês de agosto. Já a segunda meta era a distribuição dos 2.255 aparelhos restantes, que segundo o Dnocs, sofreu atraso devido a problemas de locomoção da empresa responsável pelo transporte das cisternas. Segundo Cícero Miguel, engenheiro do Dnocs, a logística adotada não foi adequada para que a distribuição acontecesse no tempo certo.
Para superar o déficit da primeira meta estabelecida de cisternas na Paraíba e acompanhar o cronograma de instalação dos aparelhos da segunda meta ainda serão instalados 68 em Areial, 648 em Cacimba de Dentro, 635 em Araruna, 180 em Dona Inês, 847 em Lagoa, 138 em Quixaba, e 143 em Belém do Brejo Cruz. Para que o total de aparelhos anunciados pelo programa seja atingido, a unidade do Fome Zero de cada município deverá abrir novos cadastros para que mais moradores da zona rural possam ser beneficiados com esses reservatórios.
“A meta era distribuir e instalar 800 cisternas por mês. Como começamos esse processo no final de julho, já deveria ter dado tempo de cumprir a primeira meta. Estamos ajustando o que deu errado na distribuição para ter mais celeridade nesse processo. Ao todo, temos um prazo final até o mês de dezembro e acredito que será possível resolver todas essas questões para atender ao programa que levará mais possibilidade de convivência com a estiagem para essas famílias”, disse Miguel.
Os reservatórios que estão sendo instalados na zona rural captam a água da chuva e permitem o armazenamento de até 16 mil litros do mineral, garantindo condições para uma família de quatro a cinco pessoas se manter por até nove meses de estiagem. Ao todo, segundo informações da assessoria do Ministério da Integração Nacional, foram destinados R$ 14 milhões para que essas cisternas de polietileno fossem instaladas. Das duas cidades que receberam os equipamentos até agora, apenas São Sebastião de Lagoa de Roça teve todos os aparelhos instalados. No município de Igaracy ainda faltam ser colocadas 506 cisternas.

Sobre o assunto:

Cisternas beneficiarão 4 mil famílias
http://www.remabrasil.org/Members/suassuna/campanhas/cisternas-beneficiarao-4-mil-familias/view

 
por João SuassunaÚltima modificação 19/09/2013 10:23

Aventura Selvagem em Cabaceiras - Paraíba

Rodrigo Castro, fundador da Associação Caatinga, da Asa Branca e da Aliança da Caatinga

Bioma Caatinga

Vale do Catimbau - Pernambuco

Tom da Caatinga

A Caatinga Nordestina

Rio São Francisco - Momento Brasil

O mundo da Caatinga