Delta será excluída de transposição do São Francisco.
Impedida de fechar novos negócios
com a União, a Delta Construções perderá o maior dos contratos que ainda mantém
com órgãos públicos. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra
Coelho, antecipou ao Estado a decisão de romper o contrato de obras de um dos
lotes da transposição do Rio São Francisco, em Mauriti (CE), pelo qual a Delta
ainda tinha mais de R$ 100 milhões de obras a executar.
05/07/2012
http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/nordeste/noticia/2012/07/05/delta-sera-excluida-de-transposicao-do-sao-francisco-352769.php
As obras no lote 6 da transposição estão paradas.
Segundo adiantou o ministro, o que falta ser construído passará por nova
licitação, provavelmente em setembro. Só com uma nova empreiteira no negócio as
obras seriam retomadas, prevê Bezerra Coelho.
"Eles pararam a obra sem ter causa
justificável para parar, estamos caminhando mesmo para rescindir o
contrato", disse o ministro por telefone, do Japão. Bezerra Coelho
descartou a possibilidade de continuar a obra com as demais empreiteiras que
integram o Consórcio Nordestino - EIT e Getel. "Para não incorrer em novos
atrasos na transposição, o melhor é relicitar."
A decisão de romper o contrato será formalizada
até o fim do mês quando o ministério concluir a auditoria no contrato de R$ 265
4 milhões, assinado em 2008. O termo ganhou um aditivo no ano passado, antes de
as investigações da Polícia Federal envolvendo a Delta se tornarem públicas.
Trata-se do maior dos contratos que a empreiteira suspeita de integrar os
negócios do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tem com a
União.
A empreiteira mantém pouco mais de cem contratos
com órgãos do governo federal. Na maioria deles, a Delta presta serviços ao
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), vinculado ao
Ministério dos Transportes. Mas o maior contrato prevê a construção de 39 dos
cerca de 600 quilômetros de canais de concreto da transposição do São
Francisco.
CAPACIDADE - Procurada nessa quarta, a Delta alegou que "teria plena capacidade de entregar a obra contratada". Em nota, a empreiteira disse que a rescisão do contrato não vai impor demissões extras na empresa. Mais de 300 já teriam sido demitidos no canteiro da Delta na transposição. A empresa alega ter paralisado as obras do lote 6 a pedido do Ministério da Integração. A pasta nega a versão da Delta e informa que vinha cobrando a retomada imediata das obras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
Fonte: Agência Estado
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