domingo, 27 de junho de 2021

SITUAÇÃO VOLUMÉTRICA DOS RESERVATÓRIOS QUE ABASTECEM O GRANDE RECIFE – 25/06/2021

Imagem do Google 

Fonte APAC: https://www.apac.pe.gov.br/rios-e-reservatorios 

Situação em 25/06/2021  

AÇUDE

MUNICÍPIO

CAP. MAX. (1000 m³)

DATA ATUAL

VOLUME

(hm3)

% ATUAL

BITA

CABO DE SANTO AGOSTINHO

2.780

23/06/2021

2.523

90

DUAS UNAS

JABOATÃO DOS GUARARAPES

15.709

23/06/2021

15.140

96

GURJAU

CABO DE SANTO AGOSTINHO

1.063

23/06/2021

1.077

101

PIRAPAMA

CABO DE SANTO AGOSTINHO

58.436

23/06/2021

58.776

100

SICUPEMA

CABO DE SANTO AGOSTINHO

3.200

23/06/2021

3.284

102

UTINGA

IPOJUCA

9.408

23/06/2021

6.607

70

TAPACURÁ (Contenção e acumulação)

SÃO LOURENÇO DA MATA

104.871

22/06/2021

42.306

40

CARPINA (Contenção)

LAGOA DO CARRO

255.369

22/06/2021

33.354

12

JUCAZINHO (Contenção)

SURUBIM

204.821

22/06/2021

55.618

27

VARZEA DO UNA (Contenção)

SÃO LOURENÇO DA MATA

11.568

23/06/2021

5.927

51

GOITÁ (Contenção)

SÃO LOURENÇO DA MATA

52.536

23/06/2021

13.151

25

BOTAFOGO

IGARASSU

27.690

23/06/2021

10.895

39

Fonte:

Agência Pernambucana de Água e Clima – APAC

http://www.apac.pe.gov.br/

 

Situação em 18/06/2021  

AÇUDE

MUNICÍPIO

CAP. MAX. (1000 m³)

DATA ATUAL

VOLUME

(hm3)

% ATUAL

BITA

CABO DE SANTO AGOSTINHO

2.780

18/06/2021

2.568

92

DUAS UNAS

JABOATÃO DOS GUARARAPES

15.709

17/06/2021

15.254

97

GURJAU

CABO DE SANTO AGOSTINHO

1.063

17/06/2021

1.077

101

PIRAPAMA

CABO DE SANTO AGOSTINHO

58.436

17/06/2021

58.572

100

SICUPEMA

CABO DE SANTO AGOSTINHO

3.200

18/06/2021

3.264

102

UTINGA

IPOJUCA

9.408

18/06/2021

6.465

68

TAPACURÁ (Contenção e acumulação)

SÃO LOURENÇO DA MATA

104.871

17/06/2021

42.306

40

CARPINA (Contenção)

LAGOA DO CARRO

255.369

18/06/2021

33.414

12

JUCAZINHO (Contenção)

SURUBIM

204.821

18/06/2021

55.834

27

VARZEA DO UNA (Contenção)

SÃO LOURENÇO DA MATA

11.568

18/06/2021

5.919

51

GOITÁ (Contenção)

SÃO LOURENÇO DA MATA

52.536

17/06/2021

12.899

24

BOTAFOGO

IGARASSU

27.690

18/06/2021

10.846

39

Fonte:

Agência Pernambucana de Água e Clima – APAC

http://www.apac.pe.gov.br/

OBS – (% ATUAL): Percentuais volumétricos superiores a 100% significam dizer que a represa está vertendo (sangrando).

 

COMENTÁRIOS

João Suassuna – Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco

Pelos números apresentados em vermelho dá para se ter uma ideia do porquê do atual racionamento de água existente no Grande Recife. A região, com mais de 3,5 milhões de habitantes, demanda, atualmente, cerca de 15 m³/s de água tratada, contando com uma malha de distribuição desse precioso líquido, sob a responsabilidade da Compesa, que só tem capacidade de fornecer 12 m³/s. Isso, por uma razão muito simples de entender: O sistema básico de abastecimento d’água da cidade do Recife é muito antigo. Foi concebido e construído no início do século XX, por Saturnino de Brito, para solucionar os problemas de abastecimento da região, que totalizava, à época, mil hectares, e o atendimento de uma população de cerca de 86 mil habitantes. No início do século XX, ela se prestou, de forma satisfatória, para o atendimento desse contingente populacional e, sobretudo, pela importância que teve no combate das epidemias reinantes a época, o que colocou o Recife na posição de um centro urbano moderno. Decorridos mais de 100 anos, o Grande Recife conta, atualmente, com um contingente populacional expressivo e uma malha de distribuição de água que não atende, em hipótese alguma, as necessidades básicas da atual população. O resultado de tudo isso não podia ter sido outro: o bairro de Casa Forte, onde moro, está com um racionamento de 5 dias sem água nas torneiras. Um vexame cujas perspectivas de solução são mínimas, pelo menos a curto e médio prazo.  

quinta-feira, 17 de junho de 2021

 

GOVERNO DA PARAÍBA VAI INVESTIR US$ 80 MILHÕES DE DÓLARES NA ADUTORA DO CARIRI

Joao Suassuna <joao.suassuna@fundaj.gov.br>

Para:Fundaj Todos,pesquisa-todos@fundaj.gov.br

Cc:Morvan de Mello Moreira,Carolina Beltrão de Medeiros,Marcelo Cauas Asfora,Luciana Tavora

Cco:alipiocfilho@yahoo.com.br

ter., 15 de jun. às 12:23

Meus Prezados,

Essa proposta de construção da grande adutora do Cariri paraibano irá cobrir um santo e descobrir outro. A barragem de Poções, em Monteiro, principal fonte de fornecimento hídrico à referida adutora, faz parte do circuito das águas da Transposição do Rio São Francisco na Paraíba, que abastece Boqueirão de Cabaceiras que, por sua vez, abastece Campina Grande e 18 municípios de seu entorno. Mas só que há um detalhe: as águas da Transposição não estão chegando ao seu destino final, em Boqueirão, estando essa represa, atualmente, em fase de depreciação volumétrica. Esse fato, que tenho acompanhado e divulgado semanalmente nas redes sociais, decorre do seguinte: a situação de instabilidade hídrica no abastecimento de Campina Grande já dura décadas. A falta de gestão hídrica do Eixo Leste na Paraíba, é uma constante. Ainda existe o agravante da falta de segurança hídrica do Projeto Acauã/Araçagi, o qual também recebe as águas defluídas de Boqueirão de Cabaceiras. A represa de Poções, localizada em Monteiro, tem capacidade de cerca de 30 milhões de m³, estando, atualmente com percentual de acumulação em torno de 92,75%. Segundo o trajeto dos volumes da Transposição na Paraíba, as águas defluídas do açude de Poções alimentam a represa de Camalaú, com capacidade de 48 milhões de m³, estando, atualmente, com percentual volumétrico estável, de cerca de 64,98%. De Camalaú as águas descem em direção à represa de Boqueirão de Cabaceiras. Portanto, os volumes do São Francisco não estão progredindo para Camalaú, estando sendo retidos em Poções, conforme relatado por mim semanalmente. É possível que o projeto da grande adutora do Cariri esteja forçando as autoridades paraibanas, ao acúmulo das águas do São Francisco na represa de Poções, por tratar-se da principal fonte hídrica ao atendimento dos municípios paraibanos localizados nas regiões do Cariri e do Curimataú. Só que, ao acumular esses volumes em Poções, e não deixá-los fluir para Camalaú, as autoridades estão cobrindo um santo e descobrindo outro, tendo em vista a total falta de gestão hídrica, tanto para o abastecimento dos campinenses, como para o atendimento das demandas hídricas existentes no projeto Acauã/Araçagi. Com esse pequeno relato, continua muito clara aquela denúncia que tenho feito sobre o projeto da Transposição, de haver um forte propósito, de parte de brasileiros, de achar que a “água” é um bem natural infinito e que, portanto, pode ser utilizada a bel-prazer e de forma ilimitada. É importante que se corrija essa equivocada distribuição hídrica na Paraíba, sob pena de haver riscos de faltar água, para todos os que residem naquelas regiões do estado de comprovada escassez hídrica.    

Circulei a informação nas redes sociais e a encaminhei para edição no Observa Fundaj

Transposição do Rio São Francisco: Governo da Paraíba vai investir US$ 80 milhões de dólares na adutora do Cariri

O governador da Paraíba, João Azevêdo, anunciou que o Governo do Estado já conseguiu o recurso para construir a nova adutora do Cariri, que atingirá quase todas as cidade da região. O investimento será feito através do empréstimo com o Banco Mundial e custará US$ 80 milhões de dólares. A adutora terá uma extensão de 358 quilômetros.

Assista ao vídeo da fala do governador da Paraíba, João Azevedo, no endereço abaixo

https://blogdovavadaluz.com/destaque/governo-da-paraiba-vai-investir-us-80-milhoes-de-dolares-na-adutora-do-cariri-veja-video

10/06/2021

Governador da Paraíba, João Azevedo. Imagem do Google

COMENTÁRIOS

João Suassuna – Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco

Essa proposta de construção da grande adutora do Cariri paraibano irá cobrir um santo e descobrir outro. A barragem de Poções, em Monteiro, principal fonte de fornecimento hídrico à referida adutora, faz parte do circuito das águas da Transposição do Rio São Francisco na Paraíba, que abastece Boqueirão de Cabaceiras que, por sua vez, abastece Campina Grande e 18 municípios de seu entorno. Mas só que há um detalhe: as águas da Transposição não estão chegando ao seu destino final, em Boqueirão, estando essa represa, atualmente, em fase de depreciação volumétrica. Esse fato, que tenho acompanhado e divulgado semanalmente nas redes sociais, decorre do seguinte: a situação de instabilidade hídrica no abastecimento de Campina Grande já dura décadas. A falta de gestão hídrica do Eixo Leste na Paraíba, é uma constante. Ainda existe o agravante da falta de segurança hídrica do Projeto Acauã/Araçagi, o qual também recebe as águas defluídas de Boqueirão de Cabaceiras. A represa de Poções, localizada em Monteiro, tem capacidade de cerca de 30 milhões de m³, estando, atualmente com percentual de acumulação em torno de 92,75%. Segundo o trajeto dos volumes da Transposição na Paraíba, as águas defluídas do açude de Poções alimentam a represa de Camalaú, com capacidade de 48 milhões de m³, estando, atualmente, com percentual volumétrico estável, de cerca de 64,98%. De Camalaú as águas descem em direção à represa de Boqueirão de Cabaceiras. Portanto, os volumes do São Francisco não estão progredindo para Camalaú, estando sendo retidos em Poções, conforme relatado por mim semanalmente. É possível que o projeto da grande adutora do Cariri esteja forçando as autoridades paraibanas, ao acúmulo das águas do São Francisco na represa de Poções, por tratar-se da principal fonte hídrica ao atendimento dos municípios paraibanos localizados nas regiões do Cariri e do Curimataú. Só que, ao acumular esses volumes em Poções, e não deixá-los fluir para Camalaú, as autoridades estão cobrindo um santo e descobrindo outro, tendo em vista a total falta de gestão hídrica, tanto para o abastecimento dos campinenses, como para o atendimento das demandas hídricas existentes no projeto Acauã/Araçagi. Com esse pequeno relato, continua muito clara aquela denúncia que tenho feito sobre o projeto da Transposição, de haver um forte propósito, de parte de brasileiros, de achar que a “água” é um bem natural infinito e que, portanto, pode ser utilizada a bel-prazer e de forma ilimitada. É importante que se corrija essa equivocada distribuição hídrica na Paraíba, sob pena de haver riscos de faltar água, para todos os que residem naquelas regiões do estado de comprovada escassez hídrica.    

Postado há 7 hours ago por João Suassuna

 

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1. 

João Abner15 de junho de 2021 08:53

Projeto corretíssimo, em perfeita consonância com o princípio da prioridade da entrega da água da Transposição do Rio São Francisco para o abastecimento humano de água das regiões mais necessitadas. Faltando apenas, e principalmente, integrar o novo sistema ao abastecimento de Campina Grande que hoje é bombeado do açude Boqueirão a uma distância de 50 km e um desnível desfavorável próximo de 200 m que se soma ao desnível favorável de 100 m entre poções e Campina Grande, compensando o bombeamento proposto de 100 km a mais. Vale ressaltar a excelente qualidade da água da Transposição que é potável, ao contrário da água do açude Boqueirão.

Responder

 

 

João Suassuna trata das questões da Convivência com o Semiárido no Canal “Alexandre Santos Convida

Assista a entrevista, no endereço abaixo

https://youtu.be/Nddisop-8uw

11/06/2021

 

Postado há 18 hours ago por João Suassuna


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