Aquecimento pode aumentar frequência da ‘tempestade
do século’, diz estudo.
Compartilhe:
Por
causa do aquecimento global, a “tempestade do século” corre o risco de se
tornar mais frequente, reduzindo sua ocorrência para décadas e até mesmo anos,
segundo uma simulação feita na região de Nova York por cientistas americanos,
divulgada nesta terça-feira. Matéria da AFP.
Quando
a tempestade tropical Irene varreu a costa leste dos Estados Unidos e do
Caribe, em agosto passado, deixando dezenas de mortos e causando inundações
maciças, muitos especialistas a qualificaram de “tempestade do século”, um
evento meteorológico tão violento e tão raro que só ocorre, em média, a cada
cem anos.
Mas
climatologistas do Instituto de Tecnologia de Massaschussetts (MIT, na sigla em
inglês) e da Universidade de Princeton avaliaram que o aquecimento global vai
aumentar fortemente a frequência de catástrofes naturais como esta, que poderão
ocorrer a cada três ou vinte anos, segundo seus cálculos.
Estes
cientistas combinaram quatro modelos climáticos para fazer uma simulação
informática de tempestades recentes (de 1981 a 2000) e suas projeções no futuro
(de 2081 a 2100) em um raio de 200 km no entorno de Nova York, criando um total
de 45.000 tempestades virtuais.
Aquela
que corresponde atualmente à tempestade do século provoca uma elevação do nível
das águas de dois metros, em média, em Nova York. Até 2100, um evento como
estes ocorreria a cada três ou vinte anos, segundo os resultados, publicados na
revista científica britânica Nature Climate Change.
A
cada 500 anos, em média, a região vive um episódio ainda mais intenso que
provoca uma elevação de três metros no nível das águas. Até o fim do século
XXI, esta frequência diminuiria para 25 a 240 anos, afirmaram.
Tanto
em um caso quanto no outro, o mar inundaria facilmente os diques de Manhattan,
que atualmente medem 1,5 metro, destacaram os estudiosos.
EcoDebate, 16/02/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário