domingo, 18 de novembro de 2012


Redução da oferta de energia no Nordeste altera Curva de Aversão a Risco


Segunda revisão da CAR reflete retirada de térmicas da Bertin e atraso em instalações para conexão de eólicas ao SIN.

http://www.opovo.com.br/app/economia/2012/08/29/noticiaseconomia,2909406/reducao-da-oferta-de-energia-no-nordeste-altera-curva-de-aversao-a-risco.shtml

A retirada das usinas termelétricas do cluster Aratu I do planejamento eletroenergético e o atraso na conclusão das instalações de transmissão que serão compartilhadas por parques eólicos impactaram a oferta de energia elétrica na região Nordeste e reduziram a disponibilidade de exportação para os demais subsistemas. Essa redução, proposta em estudo do ONS, foi incluída pela Agência Nacional de Energia Elétrica na segunda revisão da Curva de Aversão a Risco das regiões Sudeste\Centro-Oeste e Nordeste para o período que vai de setembro 2012 a dezembro de 2013.

A alteração na CAR vai reduzir em 50% a disponibilidade de exportação de energia termelétrica do Nordeste para o Norte, o que será compensado com o aumento de intercâmbio do Sudeste/Centro-Oeste para aquela região. A Curva de Aversão a Risco é um mecanismo que estabelece para cada período bianual o nível mínimo dos reservatórios das hidrelétricas necessário para garantir a segurança de operação do Sistema Interligado.
A mudança evita que o ponto de armazenamento no Nordeste se aproxime imediatamente do nível mínimo já no início da vigência dos novos valores da CAR, o que provocaria aumento significativo do despacho de usinas termelétricas, com impactos sobre a tarifa paga pelo consumidor do Sistema Interligado. A CAR de setembro para SE/CO tem índice de 33% de armazenamento e de 37%, no Nordeste. O armazenamento mínimo para janeiro de 2013 deve ser de 37% e 43%, respectivamente, no Sudeste/Centro-Oeste e no Nordeste.

As usinas do agrupamento de Aratu retiradas do planejamento são MC2 Feira de Santana, MC2 Dias Dávila I e II, MC2 Catu, MC2 Camaçari e MC2 Senhor do Bonfim, todas do grupo Bertin. Os empreendimentos tiveram o cronograma de implantação comprometido e deverão ter suas autorizações revogadas pela Aneel. No caso das usinas eólicas, o problema foi o atraso na implantação pela Chesf de Instalações de Transmissão de Uso Compartilhado por Centrais Geradoras %u2013 conhecidas como ICGs.

por João Suassuna— Última modificação 30/08/2012 15:18

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