Ministra do Meio Ambiente defende preferência
para hidrelétricas na ampliação da matriz energética do país.
A ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira, voltou a defender ontem (8) as usinas hidrelétricas como
forma mais segura e barata de ampliação da matriz energética no país. Segundo
ela, a outra opção possível, a obtenção de energia a partir de usinas
nucleares, além de mais cara, é menos limpa ambientalmente.
“Nenhum país que tem potencial hidrelétrico
renuncia [a esse potencial], porque é uma energia mais barata e segura. Outra
opção é a nucelar, mas eu prefiro dez hidrelétricas a uma nucelar. Não estou
nem falando do custo ambiental, mas é uma energia mais cara e os estudos estão
aí [para comprovar]”, disse.
Como exemplo, a ministra garantiu que a
construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, não
inviabiliza outros aproveitamentos dos recursos hídricos na região.
“Ao contrário, um estudo divulgado há pouco
comprova que o Rio Madeira [em Rondônia, onde estão sendo construídas as usinas
Santo Antônio e Jirau] tem a maior diversificação de peixes no Brasil, e o
barramento não impede isso”, disse.
Izabella Teixeira participou ontem (8) de debate
sobre os rumos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20, realizada em junho passado, no segundo dia de trabalhos
da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, que ocorre em Brasília.
Ao fim do debate, ao responder a críticas de um
participante sobre a política energética do país, ela lembrou que as
contribuições da sociedade civil e de movimentos ambientais são consideradas
pelo governo. “Ninguém é dono da verdade, só o povo, com sua democracia”,
disse.
Reportagem de Thais Leitão e Carolina Gonçalves,
da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 09/11/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário