Comissão é criada para acompanhar transposição
do Rio São Francisco.
Comércio e moradores de
municípios pernambucanos sofrem as consequências do abandono das obras, que só
devem ser concluídas em 2015.
Assistam a matéria AQUI
Foi criada, nesta terça (13), no Senado uma
comissão especial para acompanhar as obras de transposição do Rio São
Francisco, que podem atenuar os efeitos da seca na região. Na semana passada, o
Jornal Nacional mostrou o abandono dessas obras, que só devem ser concluídas em
2015.
A repórter Mônica Silveira mostra as
consequências do abandono para o comércio e os moradores de municípios
pernambucanos.
A pescaria é no Sertão. O casal disputa com os
animais o que resta de vida por aqui.
Na barragem Barra do Juá, em Floresta, a água, fonte de vida, desaparece um pouquinho mais a cada dia de sol. E todos os dias são de sol.
Seu Alfredo já vendeu grande parte do gado que
tinha pra manter alguns poucos animais.
“A gente tem que repartir a bóia da gente com o
animalzinho, que a gente precisa dele”, disse Alfredo Ferreira da Silva,
agricultor.
As obras da transposição do Rio São Francisco
chegaram a trazer para as cidades sertanejas nove mil operários. Gente que
encheu os caixas das padarias, dos mercadinhos.
A população local, também empregada nas
construtoras, viveu dias de prosperidade.
“Todo mundo quis reformar sua casa, todo mundo
quis comprar seu carro, sua moto”, afirmou Francisco de Assis dos Santos,
comerciante.
De olho nesse movimento, Flávia reformou um hotel
inteiro em Sertânia. Não deu tempo de lucrar. As construtoras foram embora.
“Nossa expectativa é que a obra retorne, pra que
assim a gente possa ver renda na cidade”, ressaltou Flávia Lopes, empresária.
O comércio sofre. Movimento? Só de quem vem
quitar as dívidas. Sem trabalho na construção o sertanejo precisou voltar a
lidar com a terra. E esbarrou na seca.
“Muitas pessoas têm ido procurar refúgio em Minas
Gerais, trabalhando na Vale do Rio Doce, trabalhando na construção dos estádios
para a Copa do Mundo, outros estão fazendo a construção de obras na capital, em
Recife”, afirmou Marcos Antônio Cavalcante, do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Cabrobó.
Fonte para edição no Rema:
Ruben Siqueira
Comissão Pastoral da Terra / Bahia
Articulação Popular São Francisco Vivo
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