A
hipocrisia encobre a falcatrua: enquanto se tenta punir o pobre produtor de alimentos,
as florestas em mãos dos indígenas são vendidas para espertalhões europeus, sob
o manto do “crédito de carbono” e, sobre essa venda do chão pátrio, nenhum
ambientalista ainda abriu a boca. O cidadão urbano é um coitado rico,
torpedeado por cifras erradas, por ideologias equivocadas, por mentiras sobre
seu irmão pobre, o rurícola, produtor de alimentos,os quais chegam às mesas citadinas,
com preço aviltado, deixando atrás de si um rastro de miséria no campo que não
é mostrada corretamente.
O Brasil
fez no dia 25 de abril uma opção correta pela produção sustentável de alimento
barato e de qualidade, ao aprovar o Código Florestal. De certa maneira garantiu
segurança jurídica para que cada um dos produtores rurais invista na produção
de grãos, carnes, matéria-prima para biocombustível e na silvicultura.
Foi ótimo?
Não, mas
foi menos ruim. Foi um gesto de brasilidade, quando se pretende “assumir a
realidade em que pisamos”. Agora, finalmente, o Governo vai se preocupar com a
egularização Ambiental, para recomposição de áreas de preservação e reserva
legal, com apoio dos Estados - tudo em um ano. Finalmente, ao invés de punições
inúteis e nocivas à produção, os produtores vão poder normalizar sua atividade.
É a Lei sendo usada para construir o futuro.
Os falsos
ambientalistas sempre se posicionaram contra os ruralistas, levando os meios de
comunicação a cair na armadilha, confundindo a opinião pública, enquanto o
Governo posava de omisso, como se o povo não precisasse de alimentos e
vestuário, combustível, etc. - tudo extraído do chão. O produtor rural é um
vitorioso; não lhe interessa esgotar suas terras. Desde 1991, a produção de grãos
cresceu 173%, enquanto a área plantada aumentou apenas 52%: uma vitória,
baixando os preços dos alimentos.
Nenhum
país conseguiu essa façanha. A base - Mostra a História que uma
civilização invade outra e trata de produzir alimentos, vestuários, etc. para si
mesma. É claro que não precisa liquidar a civilização nativa, mas nem por isso vai
fugir do pressuposto da invasão que era buscar novas alternativas de produção para
os seus.
Moralmente,
os indígenas podem, sim, permanecer em
“suas terras”, no novo modelo fundiário, tendo o suficiente para produzir sua
alimentação e vestuário.
Não
teriam direito, porém, a glebas maiores que os "invasores". Se os brancos
invasores produzem para si e para outros, então os nativos também deveriam ter
o mesmo direito, como cidadãos de um novo mundo. Afinal, tornaram-se cidadãos,
de fato, da nova civilização
(invasora).
Isso é prática religiosa, é cristianismo, é igualitarismo. Afinal, os
“invasores” têm que produzir para as cidades. Enquanto isso, certas organizações
querem que os indígenas sejam mantidos
como "zoológico humano", sem direito a progresso. Um crime! Claro que
todo índio gostaria de ter geladeira, fogão, televisão, remédios modernos, etc.
Os
espertalhões faturam, nos bastidores, mantendo as terras intocadas. Por
exemplo: grande parte das terras indígenas da Amazônia foram “compradas” por
europeus, no tocante às futuras explorações do Crédito de Carbono. Ou seja, os
brasileiros jamais poderão explorar essa imensa riqueza que está nas terras das
tribos, pois elas ingenuamente já trocaram essa oportunidade por quinquilharias
europeias. O que fez o Governo brasileiro, por enquanto? Nada.
O que fez
a mídia brasileira? Nada. O que fizeram as ONGs? Nada. A negociata é recente;
tão recente que ainda consegue ficar na surdina. As ONGs lutam para manter a
floresta intacta, mas defendem aqueles que compraram o direito ao Crédito de
Carbono. Seria bom que essa comédia chegasse a um bom final. u
O
massacre rural - Hoje, a civilização brasileira” tem apenas 15% de seu total no
campo e esses 15% têm que produzir também para alimentar e vestir os 85%
restantes. A tendência é reduzir a
população rural para 5%. Então, é preciso terras e tecnologias, cada vez mais
em cada geração, para atender a humanidade. Então, o correto uso da terra é o
que constrói e modifica civilizações.
Quando
não há mais terras, os países ricos irão invadir os países pobres que mantêm
terras sem uso. Muitos países estão invadindo a África; imensas glebas
brasileiras já foram “vendidas” para empresas internacionais; etc.
Eis
algumas cifras impressionantes, mas totalmente desconhecidas dos brasileiros que
são convocados para torpedear os ruralistas.
Área ativa - Hoje, a área ocupada em produção é de 329.941.393 hectares, por nada menos que 5.175.489 estabelecimentos 44 O Berro - nº 155 rurais, dos quais 4.368.079 são
"familiares",
com
grande parte das famílias mergulhada no primitivismo e miséria. Estima-se que
95% das propriedades familiares sejam párias, inferiores a qualquer família urbana.
Um crime! A soma de todas as atividades agropecuárias ocupa apenas 38,7% do
território nacional. Cerca de 61% está “preservado” com florestas nativas, uma
condição que não se vê em nenhum outro lugar do planeta! Os mais de 5,0 milhões
de estabelecimentos rurais do Brasil vivem uma existência de fazer dó e, mesmo
assim, produzem para os 85% urbanos. Os urbanos têm uma vida facilitada: médicos, segurança, esportes,
lazer, aposentadorias ricas, etc. tão somente porque são mais fáceis de serem
aliciados para as eleições. Qualquer rurícula, se pudesse, mudaria para a
megalópole, onde a vida é bem mais fácil e futurosa para qualquer família. Se
não mudam é porque não conseguem escapar das algemas rurais. O campo est ará
reservado, cada vez mais, para cidadãos abnegados e muito, muito trabalhadores.
São os legítimos escravos do trabalho rural.
Então, ao
invés de “dar terra a quem não vai produzir”, a reforma fundiária futurosa seria
aquela que garante “mais terra” para as micro, minis e pequenas propriedades
familiares que vivem uma existência terrível e, mesmo assim, produzem.
Imagine a
felicidade desses rurícolas se ganhassem uma gleba a mais! Seria a chance de
escapar da escravidão.
Área inativa
O Governo mantém, a título
de "conservação" - 72.099.864 ha.
O Governo mantém, para os
índios - 125.545.870 ha.
O Governo já doou para os
quilombolas - 80.600.000 de ha.
O Governo doou para
"assentamentos" - 77.400.000 de ha.
Total -
355.645.734 hectares que estão livres de produção. Um pecado! Já é mais que a
área total em produção.
Na área em produção há 5,1
milhões de estabelecimentos produtivos.
Quantos há
na área inativa? Quem se atreve a responder essa pergunta? Nem o Incra, Funai,
Ministérios, etc. têm a resposta.
Quem será
acusado?
Se os
indígenas e quilombolas podem e querem produzir para atender esse mercado, nada
demais. Se, contudo,
Fonte:
Censo Agropecuário – 2006. – Atualização em 2010, com dados do IBGE, INCRA,
FUNAI.
Exploração
da terra no Brasil – Atualização (2010) do último Recenseamento (2006) - Áreas
sem exigência de produção
Discriminação
Áreas de
conservação Áreas de supostos indígenas Áreas de supostos agricultores (assentados do INCRA)
Áreas de supostos
quilombolas
Total
Área ocupada ou uso 72.099.864
ha, ou 8,47%
125.545.870 ha, ou 14,74%
77.400.000 ha, ou 9,1%
80.600.000 ha, ou 9,5%
355.645.734 há
Os rurícolas produzem alimentos
para todos.querem
viver no “paraíso”, sem qualquer compromisso com os demais 85% de consumidores
“invasores”, então haverá conflito em qualquer momento. Afinal, todos querem um
pedaço do "paraíso".
Não se
pode dar o "paraíso" para índios, quilombolas, etc. e massacrar, ao
mesmo tempo, justamente os que labutam a terra, sol a sol, por décadas e
séculos.
Isso é um crime moral.
Comida no
prato - Então, o importante seria discutir a felicidade humana, sintetizada por
"colocar comida (e vestuários,
etc.) no prato do cidadão, seja ele quem for".
Não
caberia a nenhum governo estabelecer "classes" ou castas de pessoas que
"não precisam produzir". Isso é gerar futuros conflitos. O Brasil,
nos últimos anos, principalmente com o PT, vem
consolidando o oposto da “democracia”, vem consolidando classes, guetos, castas,
etc.
Não há
dúvida de que a sociedade marcha para uma revolta diante das injustiças sociais
contra os que trabalham arduamente para manter os que vivem no bem-bom e a
divisão da sociedade em castas e classes somente acelera o processo.
Grande
Escravocrata é o que tira da produção as terras que poderiam ser bem utilizadas
pelos atuais produtores rurais. Não permite aos atuais rurícolas bem produzirem,
trabalhando.
Prefere mantê-los na escravidão eterna. Por isso, não
existe "produtor de leite" que consegue pintar
sua casa rural a cada 3 anos! E não existe sertanejo nordestino ou amazônico,
em cuja casa já não morreu alguma pessoa por falta de atendimento governamental.
Isso é escravidão.
E nem 2%
dos rurícolas conseguem diplomarfilhos em faculdades. Isso é escravidão para um
povo que alimenta o país. Isso tudo, sem falar na alienação cultural, na falta
de infraestrutura, na falta de médicos, recursos sanitários, etc. - ou seja,
tudo que há disponível para os urbanos.
O cidadão
rural não é um cidadão integral e isso é uma afronta ao Artigo Nº 1 da
Constituição que diz que “todos são iguais”.
Os
sertanejos nordestinos lutam contra as secas há séculos e bilhões de dólares já
foram derramados para a “indústria da politicagem”, sempre prometendo resolver
o problema. Até um “canal de transposição” foi inventado, torrando R$ 8 bilhões
(até o momento), sem chance de levar água para os cidadãos.
Violência gratuita - Enfim, dissertar sobre "posse da
terra", sem levar em conta o desfrute para a sociedade é pregar,
claramente, violência moderna ou futura. O ser humano é passível de evolução, como
tudo o mais. Quando acha algo melhor, ele se adapta. Isso é evolução.
Os
proprietários familiares querem mais terra, para produzir mais. Isso é evolução
positiva. Uma civilização que derruba árvores numa região, mas planta em outra,
não é tão destruidora como parece! O ser humano é um ente vitorioso: ele
destrói; ele mesmo reconstrói.
Os
beneficiados pelo Governo, com terras que não irão produzir, constituem uma
evolução negativa, sujeita a "invasões" futuras, etc. Isso é evolução
negativa.
O campo pode ser muito
rico.
46
O Berro - nº 155
Que todos
sejam iguais perante a Constituição; que todos trabalhem; que todos produzam;
que todos vivam dos frutos da terra - essa é a esperança da democracia. Não há
raça, cor, casta ou classe,
diante da
Moral e da Religiosidade – Todos deveriam ser apenas seres humanos, com direito
a optar por uma vida melhor, produzindo para si e para os demais.
Se alguém
não quer trabalhar na terra em que mora, então que se mude e se realize na idade. Que fiquem na terra, principalmente os
que querem nela trabalhar, pois o contingente de 85% de urbanos logo será de
90%, depois 95%, etc. O uso social da terra é importante e não a quantidade de
pessoas sobre ela.
A
discussão, então, sobre posse e uso da terra - defendendo guetos, classes e
castas de pessoas que não irão produzir para a sociedade - é muito desastrosa para
o país que pretende ser nação, um dia. E nação pressupõe, inicialmente, produção
para garantir “mens sana in corpore sano”.
Ora, que se privilegie,
antes, quem já está produzindo, quase em regime de escravidão.
Defender
a não-produção é defender a escravização eterna das micros, minis e pequenas
propriedades rurais que gostariam de ter mais terra para sair desse diabólico
regime escravocrata.
Descodificando - O Código
Florestal, ao ser descodificado, mostra a in-A pecuária é a grande produtora de proteínas.
Fonte: Censo Agropecuário –
2006. – Atualização em 2010, com dados do IBGE, INCRA, FUNAI.
Exploração da terra no
Brasil – Atualização (2010) do último
Recenseamento (2006) -
Utilização das áreas ativas
Discriminação
Áreas de Pecuária
Áreas de Cultivos de
lavouras temporárias
(feijão, milho, soja,
trigo, arroz, algodão)
Áreas de Cultivo de cereais
Áreas de Lavouras de ciclo
longo (café, cítricos, frutas,
etc.)
Áreas de Florestas
plantadas
Área de Criação de aves
Área média dos
estabelecimentos com alguma assistência
técnica
Área média de
estabelecimentos sem assistência técnica
Área ocupada ou uso
98,9 milhões de ha, ou
11,56%
59,4 milhões de ha, ou 6,9%
39,6 milhões de ha, ou
4,65%
18,8 milhões de ha, ou 2,2%
5,6 milhões de ha, ou 0,7%
29,1 milhões de ha, ou 3,4%
22% do total, área média de
228 ha.
43% do total, área média de
64 ha.
O Berro - nº 155 4 7
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