terça-feira, 12 de junho de 2012

A vitória dos pequenos produtores rurais.

A hipocrisia encobre a falcatrua: enquanto se tenta punir o pobre produtor de alimentos, as florestas em mãos dos indígenas são vendidas para espertalhões europeus, sob o manto do “crédito de carbono” e, sobre essa venda do chão pátrio, nenhum ambientalista ainda abriu a boca. O cidadão urbano é um coitado rico, torpedeado por cifras erradas, por ideologias equivocadas, por mentiras sobre seu irmão pobre, o rurícola, produtor de alimentos,os quais chegam às mesas citadinas, com preço aviltado, deixando atrás de si um rastro de miséria no campo que não é mostrada corretamente.

O Brasil fez no dia 25 de abril uma opção correta pela produção sustentável de alimento barato e de qualidade, ao aprovar o Código Florestal. De certa maneira garantiu segurança jurídica para que cada um dos produtores rurais invista na produção de grãos, carnes, matéria-prima para biocombustível e na silvicultura.

Foi ótimo?  

Não, mas foi menos ruim. Foi um gesto de brasilidade, quando se pretende “assumir a realidade em que pisamos”. Agora, finalmente, o Governo vai se preocupar com a egularização Ambiental, para recomposição de áreas de preservação e reserva legal, com apoio dos Estados - tudo em um ano. Finalmente, ao invés de punições inúteis e nocivas à produção, os produtores vão poder normalizar sua atividade. É a Lei sendo usada para construir o futuro.

Os falsos ambientalistas sempre se posicionaram contra os ruralistas, levando os meios de comunicação a cair na armadilha, confundindo a opinião pública, enquanto o Governo posava de omisso, como se o povo não precisasse de alimentos e vestuário, combustível, etc. - tudo extraído do chão. O produtor rural é um vitorioso; não lhe interessa esgotar suas terras. Desde 1991, a produção de grãos cresceu 173%, enquanto a área plantada aumentou apenas 52%: uma vitória, baixando os preços dos alimentos.

Nenhum país conseguiu essa façanha.  A base - Mostra a História que uma civilização invade outra e trata de produzir alimentos, vestuários, etc. para si mesma. É claro que não precisa liquidar a civilização nativa, mas nem por isso vai fugir do pressuposto da invasão que era buscar novas alternativas de produção para os seus.

Moralmente, os indígenas podem,  sim, permanecer em “suas terras”, no novo modelo fundiário, tendo o suficiente para produzir sua alimentação e vestuário.

Não teriam direito, porém, a glebas maiores que os "invasores". Se os brancos invasores produzem para si e para outros, então os nativos também deveriam ter o mesmo direito, como cidadãos de um novo mundo. Afinal, tornaram-se cidadãos, de fato, da nova civilização

(invasora). Isso é prática religiosa, é cristianismo, é igualitarismo. Afinal, os “invasores” têm que produzir para as cidades. Enquanto isso, certas organizações querem que os indígenas  sejam mantidos como "zoológico humano", sem direito a progresso. Um crime! Claro que todo índio gostaria de ter geladeira, fogão, televisão, remédios modernos, etc.

Os espertalhões faturam, nos bastidores, mantendo as terras intocadas. Por exemplo: grande parte das terras indígenas da Amazônia foram “compradas” por europeus, no tocante às futuras explorações do Crédito de Carbono. Ou seja, os brasileiros jamais poderão explorar essa imensa riqueza que está nas terras das tribos, pois elas ingenuamente já trocaram essa oportunidade por quinquilharias europeias. O que fez o Governo brasileiro, por enquanto? Nada.

O que fez a mídia brasileira? Nada. O que fizeram as ONGs? Nada. A negociata é recente; tão recente que ainda consegue ficar na surdina. As ONGs lutam para manter a floresta intacta, mas defendem aqueles que compraram o direito ao Crédito de Carbono. Seria bom que essa comédia chegasse a um bom final. u

O massacre rural - Hoje, a civilização brasileira” tem apenas 15% de seu total no campo e esses 15% têm que produzir também para alimentar e vestir os 85% restantes. A tendência é reduzir a população rural para 5%. Então, é preciso terras e tecnologias, cada vez mais em cada geração, para atender a humanidade. Então, o correto uso da terra é o que constrói e   modifica civilizações.

Quando não há mais terras, os países ricos irão invadir os países pobres que mantêm terras sem uso. Muitos países estão invadindo a África; imensas glebas brasileiras já foram “vendidas” para empresas internacionais; etc.

Eis algumas cifras impressionantes, mas totalmente desconhecidas dos brasileiros que são convocados para torpedear os ruralistas.

 Área ativa - Hoje, a  área  ocupada em  produção é de 329.941.393 hectares, por nada  menos que 5.175.489 estabelecimentos 44 O Berro - nº 155 rurais, dos quais 4.368.079 são "familiares",

com grande parte das famílias mergulhada no primitivismo e miséria. Estima-se que 95% das propriedades familiares sejam párias, inferiores a qualquer família urbana. Um crime! A soma de todas as atividades agropecuárias ocupa apenas 38,7% do território nacional. Cerca de 61% está “preservado” com florestas nativas, uma condição que não se vê em nenhum outro lugar do planeta! Os mais de 5,0 milhões de estabelecimentos rurais do Brasil vivem uma existência de fazer dó e, mesmo assim, produzem para os 85% urbanos. Os urbanos têm uma vida  facilitada: médicos, segurança, esportes, lazer, aposentadorias ricas, etc. tão somente porque são mais fáceis de serem aliciados para as eleições. Qualquer rurícula, se pudesse, mudaria para a megalópole, onde a vida é bem mais fácil e futurosa para qualquer família. Se não mudam é porque não conseguem escapar das algemas rurais. O campo est ará reservado, cada vez mais, para cidadãos abnegados e muito, muito trabalhadores. São os legítimos escravos do trabalho rural.

Então, ao invés de “dar terra a quem não vai produzir”, a reforma fundiária futurosa seria aquela que garante “mais terra” para as micro, minis e pequenas propriedades familiares que vivem uma existência terrível e, mesmo assim, produzem.

Imagine a felicidade desses rurícolas se ganhassem uma gleba a mais! Seria a chance de escapar da escravidão.

 Área inativa

O Governo mantém, a título de "conservação" - 72.099.864 ha.
O Governo mantém, para os índios - 125.545.870 ha.
O Governo já doou para os quilombolas - 80.600.000 de ha.
O Governo doou para "assentamentos" - 77.400.000 de ha.
Total - 355.645.734 hectares que estão livres de produção. Um pecado! Já é mais que a área total em produção.

Na área em produção há 5,1 milhões de estabelecimentos produtivos.

Quantos há na área inativa? Quem se atreve a responder essa pergunta? Nem o Incra, Funai, Ministérios, etc. têm a resposta.

 Os números afirmam: o Governo já entregou maior quantidade de terras para pessoas que não vão produzir para a sociedade. Claro que essa é a semente de futuras discórdias, mortes, etc.

Quem será acusado?

Se os indígenas e quilombolas podem e querem produzir para atender esse mercado, nada demais. Se, contudo,

Fonte: Censo Agropecuário – 2006. – Atualização em 2010, com dados do IBGE, INCRA, FUNAI.

Exploração da terra no Brasil – Atualização (2010) do último Recenseamento (2006) - Áreas sem exigência de produção

Discriminação

Áreas de conservação Áreas de supostos indígenas Áreas de supostos agricultores  (assentados do INCRA)

Áreas de supostos quilombolas

Total

Área ocupada ou uso 72.099.864 ha, ou 8,47%
125.545.870 ha, ou 14,74%
77.400.000 ha, ou 9,1%
80.600.000 ha, ou 9,5%
355.645.734 há

Os rurícolas produzem alimentos para todos.querem viver no “paraíso”, sem qualquer compromisso com os demais 85% de consumidores “invasores”, então haverá conflito em qualquer momento. Afinal, todos querem um pedaço do "paraíso".

Não se pode dar o "paraíso" para índios, quilombolas, etc. e massacrar, ao mesmo tempo, justamente os que labutam a terra, sol a sol, por décadas e séculos.

Isso é um crime moral.

 Comida no prato - Então, o importante seria discutir a felicidade humana, sintetizada por   "colocar comida (e vestuários, etc.) no prato do cidadão, seja ele quem for".

Não caberia a nenhum governo estabelecer "classes" ou castas de pessoas que "não precisam produzir". Isso é gerar futuros conflitos. O Brasil, nos últimos anos, principalmente com o PT, vem consolidando o oposto da “democracia”, vem consolidando classes, guetos, castas, etc.

Não há dúvida de que a sociedade marcha para uma revolta diante das injustiças sociais contra os que trabalham arduamente para manter os que vivem no bem-bom e a divisão da sociedade em castas e classes somente acelera o processo.

Grande Escravocrata é o que tira da produção as terras que poderiam ser bem utilizadas pelos atuais  produtores rurais. Não permite aos atuais rurícolas bem produzirem, trabalhando.

Prefere  mantê-los na escravidão eterna. Por isso, não existe "produtor de leite" que consegue pintar sua casa rural a cada 3 anos! E não existe sertanejo nordestino ou amazônico, em cuja casa já não morreu alguma pessoa por falta de atendimento governamental. Isso é escravidão.

E nem 2% dos rurícolas conseguem diplomarfilhos em faculdades. Isso é escravidão para um povo que alimenta o país. Isso tudo, sem falar na alienação cultural, na falta de infraestrutura, na falta de médicos, recursos sanitários, etc. - ou seja, tudo que há disponível para os urbanos.

O cidadão rural não é um cidadão integral e isso é uma afronta ao Artigo Nº 1 da Constituição que diz que “todos são iguais”.

Os sertanejos nordestinos lutam contra as secas há séculos e bilhões de dólares já foram derramados para a “indústria da politicagem”, sempre prometendo resolver o problema. Até um “canal de transposição” foi inventado, torrando R$ 8 bilhões (até o momento), sem chance de levar água para os cidadãos.

 Enquanto isso, a água está estocada em grandes reservatórios, mas os Governos (diga-se: grande parte dos políticos nordestinos) não querem que a água chegue ao sertanejo. Quem teria coragem de acusar? É mais fácil ganhar simpatias, distribuindo Bolsas, Cestas, etc. e ir deixando o problema para outros.

Violência gratuita - Enfim, dissertar sobre "posse da terra", sem levar em conta o desfrute para a sociedade é pregar, claramente, violência moderna ou futura. O ser humano é passível de evolução, como tudo o mais. Quando acha algo melhor, ele se adapta. Isso é evolução.

Os proprietários familiares querem mais terra, para produzir mais. Isso é evolução positiva. Uma civilização que derruba árvores numa região, mas planta em outra, não é tão destruidora como parece! O ser humano é um ente vitorioso: ele destrói; ele mesmo reconstrói.

Os beneficiados pelo Governo, com terras que não irão produzir, constituem uma evolução negativa, sujeita a "invasões" futuras, etc. Isso é evolução negativa.

O campo pode ser muito rico.

46 O Berro - nº 155

Que todos sejam iguais perante a Constituição; que todos trabalhem; que todos produzam; que todos vivam dos frutos da terra - essa é a esperança da democracia. Não há raça, cor, casta ou classe,

diante da Moral e da Religiosidade – Todos deveriam ser apenas seres humanos, com direito a optar por uma vida melhor, produzindo para si e para os demais.

Se alguém não quer trabalhar na terra em que mora, então que se mude e se realize na  idade. Que fiquem na terra, principalmente os que querem nela trabalhar, pois o contingente de 85% de urbanos logo será de 90%, depois 95%, etc. O uso social da terra é importante e não a quantidade de pessoas sobre ela.

A discussão, então, sobre posse e uso da terra - defendendo guetos, classes e castas de pessoas que não irão produzir para a sociedade - é muito desastrosa para o país que pretende ser nação, um dia. E nação pressupõe, inicialmente, produção para garantir “mens sana in corpore sano”.

 A posse da terra e a produção de alimentos, porém, é uma grande máscara para ideólogos que não vivem na terra, mas vivem do apoio dos sertanejos.

 Aqueles que vivem na terra, produzindo de sol a sol, vendo essas melancólicas aberrações governamentais – privilegiando quem não irá produzir nada – perdem qualquer resto de esperança em uma vida melhor. Já os urbanos têm como lutar por uma vida mais digna e melhor.

Ora, que se privilegie, antes, quem já está produzindo, quase em regime de escravidão.

Defender a não-produção é defender a escravização eterna das micros, minis e pequenas propriedades rurais que gostariam de ter mais terra para sair desse diabólico regime escravocrata.

Descodificando - O Código Florestal, ao ser descodificado, mostra a in-A pecuária é a grande produtora de proteínas.
Fonte: Censo Agropecuário – 2006. – Atualização em 2010, com dados do IBGE, INCRA, FUNAI.

Exploração da terra no Brasil – Atualização (2010) do último

Recenseamento (2006) - Utilização das áreas ativas

Discriminação

Áreas de Pecuária

Áreas de Cultivos de lavouras temporárias

(feijão, milho, soja, trigo, arroz, algodão)

Áreas de Cultivo de cereais

Áreas de Lavouras de ciclo longo (café, cítricos, frutas,

etc.)

Áreas de Florestas plantadas

Área de Criação de aves

Área média dos estabelecimentos com alguma assistência

técnica

Área média de estabelecimentos sem assistência técnica

Área ocupada ou uso

98,9 milhões de ha, ou 11,56%

59,4 milhões de ha, ou 6,9%

39,6 milhões de ha, ou 4,65%

18,8 milhões de ha, ou 2,2%

5,6 milhões de ha, ou 0,7%

29,1 milhões de ha, ou 3,4%

22% do total, área média de 228 ha.

43% do total, área média de 64 ha.

O Berro - nº 155 4 7

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