Custo da transposição do São Francisco quase dobrou.
Reajustes contratuais,
compensações ambientais e desapropriações foram as principais causas do aumento
do custo da obra de transposição do Rio São Francisco, que passou de uma
estimativa de R$ 4,8 bilhões em 2007 para R$ 8,2 bilhões atualmente. O ministro
da Integração Nacional, Fernando Bezerra, deu explicações hoje (22) na Comissão
de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados sobre o aumento
nos valores da obra.
22/05/2012
http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/nordeste/noticia/2012/05/22/custo-da-transposicao-do-sao-francisco-quase-dobrou-344174.php
Segundo ele, os reajustes contratuais
significaram aumento de 30% entre 2007 e 2012, fruto dos indicadores previstos
nos contratos. Os custos de compensações ambientais, que tinham estimativa de
R$ 400 milhões no início da obra, passaram para cerca de R$ 1 bilhão, de acordo
com Bezerra. E a previsão de gastos com desapropriações, que era R$ 40 milhões,
vai chegar a R$ 100 milhões. Cerca de 1,8 mil desapropriações já foram
realizadas para a obra.
Quando o Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) foi lançado, em 2007, o custo total da obra de transposição do Rio São
Francisco estava estimado em R$ 4,8 bilhões e a previsão era de que o Eixo
Leste fosse concluído até junho de 2010 e o Eixo Norte, em dezembro de 2012. No
ano passado, o custo da obra foi reestimado para 6,9 bilhões e, atualmente, o
valor passou para R$ 8,2 bilhões, com a previsão de conclusão, segundo o
ministro, para dezembro de 2014 do Eixo Leste e para segundo semestre de 2015
do Eixo Norte.
De acordo com o ministro, o primeiro edital de
saldo remanescente para a conclusão da obra será lançado em junho, e o processo
de licitação deve estar concluído até dezembro. A expectativa é que, no final
do ano, a obra esteja sendo realizada com sua capacidade máxima. Os 16 lotes
atuais serão transformados em seis frentes de trabalho, o que, segundo Bezerra,
vai dar mais agilidade à obra
O Projeto de Integração do Rio São Francisco com
Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional tem como objetivo assegurar a
oferta de água a cerca de 12 milhões de habitantes de 390 municípios do agreste
e do sertão dos estados de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do
Norte.
A obra está dividida em duas partes. O Eixo
Leste, com 220 quilômetros (km), prevê a construção de canal, estações de
bombeamento, reservatórios, túneis e aquedutos entre os municípios de Monteiro
e Floresta, ambos na Paraíba. No Eixo Norte, que tem 402 km, o trabalho será
realizado entre as cidades de São José de Piranhas (PB) e Cabrobó (PE).
Bezerra destacou a importância da
obra pra a região, especialmente neste momento em que o Nordeste enfrenta uma
das mais severas estiagens dos últimos anos. Segundo ele, cerca de 30 obras
estão sendo realizadas para a distribuição de água no Semiárido nordestino.
Segundo ele, o governo já alocou cerca de R$ 25 bilhões em obras de
infraestrutura hídrica dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“Essa é uma decisão da presidenta Dilma, de universalizar o acesso à água em
todo o país, especialmente no Semiárido nordestino”.
Fonte: Agência BrasilLeia mais:
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