Na Bahia, seca começa a afetar cidades com mais de 100 mil habitantes.
A estiagem que atinge o Semiárido
e norte baianos nos últimos meses já começou a afetar as cidades com mais de
100 mil habitantes no estado. A Coordenação Estadual de Defesa Civil da Bahia
informou, nessa quarta-feira, que Vitória da Conquista, terceiro maior
município baiano, já sofre com racionamento de água.
25/05/2012
http://www.old.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20120524094717
“Tivemos chuvas em algumas regiões, mas não foi
suficiente para dar volume nas aguadas [cavidades feitas para armazenamento de
água para homens e animais], nem para mudar os níveis das barragens. E grandes
cidades do interior, como Vitória da Conquista, dependem desses níveis para o
abastecimento”, explicou Luciana Silva Santos, Secretaria de Desenvolvimento
Social e Combate à Pobreza na Bahia.
Segundo Luciana, até agora, os agricultores eram os maiores impactados “principalmente com a perda do rebanho, não só de pequenos produtores de caprinos e ovinos. Não tem água, nem ração, porque não tem capim e nem as palmas que estavam sendo usadas como alternativa para ração”. No estado, 242 municípios estão em estado de emergência. Mais seis já são considerados em estado de risco pelo estado, mas ainda não tiveram a situação reconhecida pelo governo federal.
Segundo Luciana, até agora, os agricultores eram os maiores impactados “principalmente com a perda do rebanho, não só de pequenos produtores de caprinos e ovinos. Não tem água, nem ração, porque não tem capim e nem as palmas que estavam sendo usadas como alternativa para ração”. No estado, 242 municípios estão em estado de emergência. Mais seis já são considerados em estado de risco pelo estado, mas ainda não tiveram a situação reconhecida pelo governo federal.
Luciana Santos explicou que algumas medidas estão
sendo adotadas, como a venda de milho, pela Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab), a preços “de balcão” para alimentar os animais e que garantem algum
grau de umidade para pequenos rebanhos. Além disso, estão sendo usados recursos
federais para enviar carros-pipa e alimentos para áreas rurais.
“Selecionamentos dos primeiros 200 municípios que
decretaram emergência no início de maio. Já foi liberada a distribuição de 2
mil toneladas de feijão e mil toneladas de arroz. Claro que não dá para atender
aos 2 milhões de pessoas afetadas. Estamos priorizando as famílias com crianças
de até 2 anos ou que tenham mulheres grávidas ou que estejam amamentando”, disse.
Enquanto falta água no interior, a chuva vem
maltratando a população da região metropolitana de Salvador desde a última
sexta-feira. De acordo com a assessoria da Defesa Civil da capital
soteropolitana, 540 áreas estão em risco. Estima-se que 100 mil pessoas morem nesses
locais.
“A expectativa é que chova menos a partir de
agora. Mas, a Defesa Civil continua em alerta. O período de chuva é até junho,
apenas não sabíamos a proporção de chuva que cairia. Um dos dez pluviômetros
distribuídos pela cidade, no bairro do Cabula, mostrou que o índice de chuva,
desde o dia 17, chegou a 372,9 mililítros (ml), enquanto esperávamos 349,5 ml
em todo o mês”, informou a assessoria.
Até o momento, a Defesa Civil de Salvador registrou mais de mil solicitações de emergência, como alagamento de áreas, desabamento de imóveis, ameaça de desabamento, queda de árvores e desabamento de terra. A maioria das ocorrências foi deslizamento de terra e as áreas com maior número de solicitações foram São Marcos, Pau de Lima, Sussuarana, Bairro da Paz, Grotas, Tancredo Neves, Alto da Terezinha, Canabrava e Fazenda Grande.
Até o momento, a Defesa Civil de Salvador registrou mais de mil solicitações de emergência, como alagamento de áreas, desabamento de imóveis, ameaça de desabamento, queda de árvores e desabamento de terra. A maioria das ocorrências foi deslizamento de terra e as áreas com maior número de solicitações foram São Marcos, Pau de Lima, Sussuarana, Bairro da Paz, Grotas, Tancredo Neves, Alto da Terezinha, Canabrava e Fazenda Grande.
A assessoria do órgão informou que já foram
cadastradas 99 famílias que tiveram suas casas atingidas e distribuídos mais de
16 mil metros quadrados de lonas que são colocadas nas encostas para evitar
deslizamento de terra, onde vivem outras 193 famílias.
Da Agência Brasil
COMENTÁRIOS
José do Patrocínio Tomaz Albuquerque - patrociniotomaz@uol.com.br
Prezado João Suassuna,
Mais do que pasmo, esta notícia causa a nós
outros uma profunda indignação. Como se admite que cidades do porte de Vitória
da Conquista não tenha uma fonte de suprimento 100% garantida, tantas são as
alternativas disponíveis em termos de disponibilidade hídrica do Estado da
Bahia, inclusive, se outra alternativa mais econômica não oferecer a garantia
requerida, a captação das águas do São Francisco. Como esperar que fatos como
esse venham acontecer para que medidas paliativas e altamente restritivas de
atendimento de demandas, até para consumo humano, sejam tomadas. Fico pensando
nas palavras da Secretária de Desenvolvimento Social e Combate à pobreza, D.
Luciana Silva Santos quando diz: "Claro que não dá para atender aos 2
milhões de pessoas afetadas. Estamos priorizando as famílias com crianças de
até 2 anos ou que tenham mulheres grávidas ou que estejam amamentando",
disse. E as crianças com idade acima de dois anos, vão ser condenadas à fome e
à miséria? E as mães não grávidas ou que não estejam amamentando, também? E os
pais, devem procurar destino? Migrar? Para onde? Isto é um absurdo! E é porque
a Secretaria é de Combate à Pobreza. Avalie, se não fosse!. Abraços,
José do Patrocínio é
Hidrogeólogo e Professor aposentado da Universidade Federal de Campina Grande
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