Em Pernambuco, seca castiga e Floresta pede socorro
A longa seca e a incerteza de
quando vai chover tira o sossego da população florestana, que não vê ajuda
chegar, nem alternativas vindas da Prefeitura, nem do governo.
12/06/2012
Jucycleide Calaça
A seca no Nordeste não é um fato isolado, nem tampouco raro. Não é de hoje que a seca vem causando transtorno e sofrimento ao povo sertanejo. Esse fato é alvo em todas as manchetes na imprensa atual, onde revela a maior estiagem dos últimos 40 anos. E a tendência é que piore com a questão do aquecimento global. Esse quadro é o que acontece hoje no semi-árido de Floresta, localizada a 438 Km da capital Recife.A longa seca e a incerteza de quando vai chover tira o sossego da população florestana, que não vê ajuda chegar, nem alternativas vindas da Prefeitura, nem do governo. Pelo menos para os pequenos criadores. A grande preocupação é ampliada pelo sofrimento de ver os animais morrendo de sede e fome a cada dia, sem poder fazer absolutamente nada. Não há mais de onde tirar dinheiro para isso, visto que tudo é de difícil acesso pelo elevado preço dos carros-pipa e das rações para os animais.
Não dá mais para pagar um carro-pipa a R$ 80 e um saco de farelo a R$ 55, que em dezembro do ano passado custava R$ 34 e que aumenta a cada semana. Se tira da mesa para botar no cocho!
A quem interessa ou quem ganha com o nosso desespero? Precisamos de ações rápidas por parte da Prefeitura e do Governo Estadual e Federal, como a liberação de benefícios pelo governo, como o seguro-safra, o aumento da frota de carros-pipa, a perfuração de poços e açudes, o aproveitamento da água do Rio Pajeú, o controle do preço das rações animais, e principalmente fiscalização para que esses recursos sejam divididos de forma igualitária, chegando de fato ao homem e a mulher do campo que tanto necessita.
Vamos abandonar as promessas e dar início a ações concretas, porque estamos entregues ao Deus dará. Até agora, o que temos de fato é o sofrimento oriundo da seca. Se fala muito e pouco se faz.
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