Ministério
da Integração Nacional
Assessoria de
Comunicação Social
Comunidades
indígenas participam de oficinas socioambientais do Projeto São Francisco
Floresta (PE),
6/5/2013 – Em mais uma ação do Programa de Desenvolvimento das Comunidades
Indígenas, 96 representantes das etnias Kambiwá e Pipipã, localizadas nos
municípios pernambucanos de Ibimirim e Floresta, participaram de Oficinas
Temáticas de Educomunicação para Formação de Agentes Socioambientais. A
atividade organizada pelo Ministério da Integração Nacional, de janeiro a abril
deste ano, integra o conjunto de programas ambientais do Projeto de Integração
do Rio São Francisco.
Para marcar o
encerramento das oficinas, cada etnia escolheu um meio de comunicação para
colocar em prática os conhecimentos adquiridos. Os Kambiwá optaram pelo jornal
impresso para registrar em notícias o cotidiano dos moradores, a política indigenista,
a cultura e os problemas relacionados aos serviços de saúde nas aldeias. A
motivação dos participantes foi tão grande que já pensam nas pautas das
próximas edições do jornal A Borduna.“Podemos destacar na próxima
edição a primeira formatura dos povos indígenas de Pernambuco”, antecipou
Romana Bezerra, uma das participantes da oficina.
O meio escolhido pelos
membros da etnia Pipipã foi a produção de um vídeodocumentário, com o tema
“Terra e Água”, para retratar as dificuldades enfrentadas pelos povos indígenas
no período da seca. Para Fábio Paz, as informações apresentadas durante as
oficinas servirão de incentivo para a produção de outros produtos audiovisuais
sobre a cultura e da luta dos povos indígenas. “Vamos continuar produzindo mais
vídeos e divulgá-los na internet para que todos conheçam mais sobre nosso
povo”, argumentou.
História – Na fase que antecedeu as
Oficinas de Formação de Agentes Socioambientais, as comunidades indígenas
construíram de forma coletiva livretos artesanais contando a história da etnia.
Religião, saúde, educação, demarcação do território e lugares sagrados foram
alguns dos temas abordados nas publicações.
O cacique da etnia
Pipipã, Valdemir Lisboa, sinaliza que vai lutar para que todos os materiais
produzidos nas oficinas ganhem outros espaços, assim como o livreto artesanal
elaborado por seu povo. “Já consegui a reprodução dos livros com a Secretaria
de Educação. Agora quero ver se conseguimos construir ferramentas que possam
aprimorar a nossa comunicação, ainda que a distância geográfica seja uma
dificuldade, mas que será superada”, afirmou.
A Formação de Agentes
Socioambientais, realizada pelas Oficinas de Educomunicação, faz parte de um
processo de transição para as capacitações de Organização Social e Gestão
Produtiva, que abordam questões como associativismo e cooperativismo, criação
de animais de pequeno e médio portes, beneficiamento de frutas, gestão de
resíduos sólidos, agricultura orgânica, agrofloresta, reflorestamento,
implantação e gestão de viveiros. Os temas tratados nas formações são
escolhidos pelas próprias etnias em reuniões com técnicos do Ministério da
Integração Nacional.
Programas
Ambientais – As ações do Programa de Desenvolvimento das Comunidades
Indígenas são direcionadas, atualmente, a quatro etnias: Tumbalalá, Pipipã,
Kambiwá e Truká. Essa é uma das 38 estratégias ambientais desenvolvidas pelo
Ministério da Integração Nacional com vistas à com vistas à minimização,
compensação e ao controle dos impactos ambientais provocados pela implantação e
operação do Projeto de Integração do Rio São Francisco.
Maior obra de
infraestrutura hídrica do país, o Projeto São Francisco emprega, atualmente,
4,6 mil trabalhadores. Até junho serão contratados mais 4 mil profissionais.
Com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), o empreendimento
levará água de beber a mais de 12 milhões de brasileiros nos estados de
Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Para garantir um novo futuro
em segurança hídrica ao semiárido brasileiro, o Governo Federal está investindo
em várias outras obras estruturantes que somam mais de R$ 30 bilhões.
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