28
DE ABRIL - DIA NACIONAL DA CAATINGA
Vasconcelos Sobrinho mostrou ao mundo
que a caatinga, “além de muito rica, constitui patrimônio biológico único no
planeta”. Este bioma engloba partes dos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas
Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, concentra
espécimes da fauna e da flora peculiares, e exige técnicas específicas de
manejo para evitar a degradação e não sucumbir à desertificação.
Infelizmente, as condições de preservação
da caatinga são entristecedoras. Depois da Mata Atlântica e do cerrado, ela é o
terceiro ecossistema mais afetado pela ação humana. Cerca de 80% de sua área já
sofreu algum tipo de alteração, seja pela expansão urbana, seja pela produção
agrícola, seja pelo uso de técnicas não sustentáveis de manejo e extração dos
recursos naturais”.
A forma irracional como se deu a
exploração da caatinga, durante o período colonial, causou “danos irreparáveis”
ao meio ambiente, sendo o pior deles a desertificação de grandes áreas. Por
abrigar população muito numerosa, a pressão pelo uso da água é enorme, tanto
para uso doméstico quanto para a agricultura. É urgente, portanto, que medidas
sejam tomadas no sentido de preservar o bioma, sem que os moradores da região sejam
apenados.
Urge à aprovação da Proposta de Emenda
à Constituição nº 504, de 2010, que visa a assegurar a exploração dos biomas
brasileiros dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente e
a melhoria da qualidade de vida da população. A matéria, já aprovada no Senado,
aguarda a manifestação da Câmara.
Não queremos que a caatinga acabe!
Precisamos unir forças para que ações integradas e eficientes sejam colocadas
em prática. A região carece de novas unidades de preservação, da disseminação
de técnicas sustentáveis de manejo florestal e de agroecologia, além de
educação ambiental para seus habitantes. Todos esses pontos devem ser
contemplados em políticas públicas do Governo Federal e dos Estados,
especialmente os do Nordeste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário