Meus Prezados,
Do lado brasileiro, a questão da geração de energia faz parte do nosso discurso contrário ao projeto da transposição do rio São Francisco. Como se sabe, o Velho Chico é responsável por cerca de 95% da energia gerada no Nordeste. Porém, desde 2005 que a Chesf não consegue mais gerar a energia necessária ao nosso desenvolvimento. Em 2010, por exemplo, a Chesf gerou, em suas hidrelétricas, cerca de 6.000 MW médios, e a região necessitou de 8.000. Naquele ano foi necessária a importação de cerca de 2.000 MW médios, vindos de outras usinas localizadas fora do sistema Chesf. A razão disso é que o São Francisco é um rio de múltiplos usos, encontra-se limitado hidrologicamente e já não consegue atender a nossa geração elétrica em patamares satisfatórios. As autoridades apostaram todas as fichas na interligação do sistema gerador nacional. Erraram feio! Em março de 2013, excluindo a região Norte, todas as outras regiões do País, apresentavam os reservatórios de suas hidrelétricas com níveis de acumulação abaixo de 40%, insuficientes para o atendimento das demandas normais da Nação. Esse cenário tem se apresentado frequente, obrigando as autoridades ao acionamento do parque de termelétricas – são mais de 60 unidades espalhadas pelo território brasileiro – o qual gera uma energia muito cara e, como se isso não bastasse, polidora do meio ambiente, principalmente com óxidos de nitrogênio (NO e NO2), produtos estes extremamente nocivos à saúde das pessoas. A saída para o Nordeste está na ampliação da nossa matriz geradora, com outras fontes e formas de energia, a contar com a eólica, biomassa e, principalmente, com a energia solar. Socializamos a informação no Rema. Confiram.
Abraço
João Suassuna
Do lado brasileiro, a questão da geração de energia faz parte do nosso discurso contrário ao projeto da transposição do rio São Francisco. Como se sabe, o Velho Chico é responsável por cerca de 95% da energia gerada no Nordeste. Porém, desde 2005 que a Chesf não consegue mais gerar a energia necessária ao nosso desenvolvimento. Em 2010, por exemplo, a Chesf gerou, em suas hidrelétricas, cerca de 6.000 MW médios, e a região necessitou de 8.000. Naquele ano foi necessária a importação de cerca de 2.000 MW médios, vindos de outras usinas localizadas fora do sistema Chesf. A razão disso é que o São Francisco é um rio de múltiplos usos, encontra-se limitado hidrologicamente e já não consegue atender a nossa geração elétrica em patamares satisfatórios. As autoridades apostaram todas as fichas na interligação do sistema gerador nacional. Erraram feio! Em março de 2013, excluindo a região Norte, todas as outras regiões do País, apresentavam os reservatórios de suas hidrelétricas com níveis de acumulação abaixo de 40%, insuficientes para o atendimento das demandas normais da Nação. Esse cenário tem se apresentado frequente, obrigando as autoridades ao acionamento do parque de termelétricas – são mais de 60 unidades espalhadas pelo território brasileiro – o qual gera uma energia muito cara e, como se isso não bastasse, polidora do meio ambiente, principalmente com óxidos de nitrogênio (NO e NO2), produtos estes extremamente nocivos à saúde das pessoas. A saída para o Nordeste está na ampliação da nossa matriz geradora, com outras fontes e formas de energia, a contar com a eólica, biomassa e, principalmente, com a energia solar. Socializamos a informação no Rema. Confiram.
Abraço
João Suassuna
Matriz de energia em pane.
Relatório do governo dos EUA mostra que usinas sofrem com mudanças climáticas.
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=88456
Usinas de energia como a de Tucuruí, no Pará, são vulneráveis a flutuações climáticas Fabio Rossi/9-2-2010
Há quem trate o aquecimento global como uma possibilidade longínqua, mas, nos Estados Unidos, o governo já vê consequências bem práticas do problema. Relatório publicado este mês pelo Departamento de Energia americano mostra que diversas usinas termelétricas, solares, hidrelétricas e nucleares, além de refinarias, linhas de transmissão e gasodutos já sofreram as consequências das mudanças globais. Os motivos são claros: aumento de temperatura, diminuição na disponibilidade de água e condições climáticas extremas, com tempestades, aumento do nível do mar e enchentes.
Chamado "Vulnerabilidades do setor elétrico a mudanças climáticas", o relatório dá vários exemplos dos desafios a serem enfrentados pelos EUA - e pelo mundo - para encontrar a matriz energética adequada para o futuro. Em 2010, por exemplo, a bacia do Rio Columbia, no estado de Washington, assistiu a uma diminuição significativa de seu nível de água, o que prejudicou a geração da usina hidroelétrica local. O resultado: uma perda de US$ 164 milhões em um ano.
Do outro lado do país, em Connecticut, a usina nuclear Millstone precisou desligar um reator por duas semanas porque a temperatura da água usada para resfriar o reator estava alta demais. A perda foi de 255 megawatts hora, ou milhões de dólares.
Segundo aponta o relatório, durante o século XX, os Estados Unidos viram um aumento de 0,8 C em sua temperatura. Julho de 2012 foi o mês mais quente do país desde o início da série histórica, em 1895.
Uma das maiores preocupações do departamento é a escassez de água, muito usada em diversos tipos de usina. As únicas fontes de energia que praticamente não usam o recurso são as eólicas e as fotovoltaicas modernas. As hidroelétricas são, obviamente, as mais afetadas. Outra preocupação é o grande número de usinas localizadas no litoral, o que as torna vulneráveis ao aumento do nível do mar e grandes tempestades.
Alarmante também é o fato de que, com temperaturas cada vez mais extremas, a demanda por energia crescerá, com o uso intenso de ar condicionado.
Mas há luz no fim do túnel. Um estudo citado pelo relatório americano mostrou que, se os Estados Unidos conseguissem que 80% de sua matriz dependesse de fontes de energia renovável (com cerca de metade vindo de solares e eólicas), o consumo de água no setor energético cairia 50%.
(Manuela Andreoni / O Globo)
http://oglobo.globo.com/amanha/matriz-de-energia-em-pane-9273882#ixzz2acxbFaE9COMENTÁRIOS
João Suassuna - Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, Recife
Do lado brasileiro, a questão da geração de energia faz parte do nosso discurso contrário ao projeto da transposição do rio São Francisco. Como se sabe, o Velho Chico é responsável por cerca de 95% da energia gerada no Nordeste. Porém, desde 2005 que a Chesf não consegue mais gerar a energia necessária ao nosso desenvolvimento. Em 2010, por exemplo, a Chesf gerou, em suas hidrelétricas, cerca de 6.000 MW médios, e a região necessitou de 8.000. Naquele ano foi necessária a importação de cerca de 2.000 MW médios, vindos de outras usinas localizadas fora do sistema Chesf. A razão disso é que o São Francisco é um rio de múltiplos usos, encontra-se limitado hidrologicamente e já não consegue atender a nossa geração elétrica em patamares satisfatórios. As autoridades apostaram todas as fichas na interligação do sistema gerador nacional. Erraram feio! Em março de 2013, excluindo a região Norte, todas as outras regiões do País, apresentavam os reservatórios de suas hidrelétricas com níveis de acumulação abaixo de 40%, insuficientes para o atendimento das demandas normais da Nação. Esse cenário tem se apresentado frequente, obrigando as autoridades ao acionamento do parque de termelétricas – são mais de 60 unidades espalhadas pelo território brasileiro – o qual gera uma energia muito cara e, como se isso não bastasse, polidora do meio ambiente, principalmente com óxidos de nitrogênio (NO e NO2), produtos estes extremamente nocivos à saúde das pessoas. A saída para o Nordeste está na ampliação da nossa matriz geradora, com outras fontes e formas de energia, a contar com a eólica, biomassa e, principalmente, com a energia solar.
por João Suassuna — Última modificação 01/08/2013 10:29
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