quarta-feira, 22 de setembro de 2010

BRASIL NÃO DEFINE METAS PARA A CÚPULA AMBIENTAL

DO “A TRIBUNA DO NORTE”.
Natal, 22 de Setembro de 2010 Atualizado às 00:34
"BRASIL NÃO DEFINE METAS PARA A CÚPULA AMBIENTAL.
Publicação: 21 de Setembro de 2010 às 00:00

São Paulo (AE) - A apenas um mês do encontro global para discussões sobre a preservação da natureza, o Brasil ainda não apresentou o relatório oficial com o resultado de metas e compromissos assumidos nos últimos anos. A décima edição da Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP-10) vai reunir em Nagoya, no Japão, de 18 a 29 de outubro, representantes de cerca de 170 países para analisar o resultado das metas de preservação da fauna e da flora assumidas em 2002 e definir quais serão os próximos objetivos até 2020. Dados preliminares mostram que o Brasil teve avanços isolados na conservação do meio ambiente, mas não atingiu os objetivos mais importantes.
Uma das metas brasileiras mais relevantes era a de alcançar pelo menos 30% da Amazônia e 10% dos demais biomas e da zona costeira e marinha inseridos em unidades de conservação (zonas protegidas por lei, com restrição ao uso e exploração). Balanço preliminar do Ministério do Meio Ambiente, mostra que a Amazônia chegou perto, com 26,2% do território protegido. Cerrado (7,9%), Mata Atlântica (7,8%), Caatinga (7,3%), Pantanal (4%), Pampa (3,5%) e zonas costeira e marinha (1,5%) também ficaram abaixo do estipulado, mesmo com o crescimento do total de reservas nos últimos anos.
O aumento no número de unidades de conservação faz parte de uma lista com 51 metas de conservação, estipuladas por resolução da Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) de 2006, quando o Ministério do Meio Ambiente era comandado pela agora candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva.
Outra meta relevante determinava redução de 75% no desmatamento da Amazônia, um quesito que foi alcançado. A derrubada da floresta caiu de 27 mil quilômetros quadrados em 2003-2004, para pouco mais de 7 mil quilômetros quadrados em 20082009, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O mesmo sucesso não foi alcançado na Mata Atlântica, que tinha meta de desmatamento zero, nem nos demais biomas, que deveriam ter redução de 50%. O Pantanal, por exemplo, perdeu 4.279 quilômetros quadrados entre 2002 e 2008 (2,8%desuaárea).
A secretária de Biodiversidade do ministério, Maria Cecília de Britou, lembrou que nenhum dos países cumpriu as suas metas e destacou os avanços por aqui. “Sozinho, o Brasil foi responsável pelo cumprimento de 75% das unidades de conservação definidas como meta para o mundo inteiro”, defendeu, durante entrevista em agosto. O Brasil pretende ter um papel de protagonista em Nagoya, liderando o grupo de países ricos em biodiversidade, conforme antecipou em agosto a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. O plano é apresentar os custos para a preservação ambiental e pleitear recursos para o seu cumprimento."

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