Situação dos Principais Reservatórios
do Brasil – 02/06/2017
Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS
Informação
em 01/06/2017
Regiões
SUDESTE / CENTRO-OESTE (situação atual 43,28%)
Principais
Bacias
|
Principais
Reservatórios
|
Situação Atual
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Rio Paranaíba (38,71% da região)
|
Serra do Facão (3,23% da região)
|
26,34%
|
Emborcação (10,65% da região)
|
34,14%
|
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Nova Ponte (11,21% da região)
|
30,43%
|
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Itumbiara (7,76% da região)
|
35,08%
|
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São Simão (2,50% da região)
|
53,88%
|
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Rio Grande (25,38% da região)
|
Furnas (17,18% da região)
|
41,46%
|
Mascarenhas de Morais (2,15% da região)
|
55,20%
|
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Marimbondo (2,68% da região)
|
75,82%
|
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Água Vermelha (2,19% da região)
|
78,49%
|
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Rio Paraná (3,03% da região)
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Ilha / 3 Irmãos (3,03% da região)
|
93,07%
|
Rio Paranapanema (5,77% da região)
|
Jurumirim (1,99% da região)
|
80,05%
|
Chavantes 1,62% da região)
|
81,73%
|
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Capivara (1,94% da região)
|
91,13%
|
|
Outras (31,87% da região)
|
Região
SUL (situação atual 75,20%)
Principais
Bacias
|
Principais
Reservatórios
|
Situação Atual
|
Rio Iguaçu (50,93% da região)
|
S. Santiago (16,30% da região)
|
44,71%
|
G. B. Munhoz (30,39% da região)
|
66,20%
|
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Segredo (2,29% da região)
|
78,96%
|
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Rio Jacuí (16,08% da região)
|
Passo Real (15,02% da região)
|
90,21%
|
Rio Uruguai (29,77% da região)
|
Passo Fundo (8,72% da região)
|
98,51%
|
Barra Grande (15,21% da região)
|
84,98%
|
|
Outras (3,22% da região)
|
Região
NORDESTE (situação atual 19,72%)
Principais
Bacias
|
Principais
Reservatórios
|
Situação Atual
|
Rio São Francisco (96,86% da região)
|
Sobradinho (58,20% da região)
|
13,13%
|
Três Marias (31,02% da região)
|
30,32%
|
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Itaparica (6,62% da região)
|
18,65%
|
|
Outras (3,14% da região)
|
Região
NORTE (situação atual 65,72%)
Principais
Bacias
|
Principais
Reservatórios
|
Situação Atual
|
Rio Tocantins (96,17% da região)
|
Serra da Mesa (43,68% da região)
|
13,80%
|
Tucuruí (51,53% da região)
|
99,46%
|
|
Outras (3,83% da região)
|
Região
|
Capacidade
Máxima de Armazenamento
|
% Armazenamento
|
SUDESTE / CENTRO-OESTE
|
205.002
|
70,31
|
SUL
|
19.873
|
6,82
|
NORDESTE
|
51.859
|
17,79
|
NORTE
|
14.812
|
5,08
|
TOTAL
|
291.546
|
100
|
OBS –
Reservatórios com percentuais superiores a 100% significa dizer que estão
sangrando.
- A cor vermelha significa
dizer que o reservatório encontra-se com
menos da metade de sua capacidade armazenada.
COMENTÁRIOS
João Suassuna – Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
Em 2011, publiquei um artigo no Portal
ECODEBATE, intitulado “Geração de energia elétrica do Nordeste: uma
pilha fraca no final do túnel”,
no qual alertava as autoridades do setor, para as deficiências da
interligação do sistema elétrico nacional, na solução da geração de energia do
País. Nele, comentava o seguinte:
“As
autoridades apostaram na interligação do sistema elétrico nacional e no apoio
das termelétricas, em casos de necessidade, como solução plausível para o
problema. Ora, em 2001 o nosso sistema nacional de geração, que já era
interligado, deu sinais de debilidade no atendimento às demandas do país. A
prova disso é o racionamento de energia ocorrido naquele ano. A hidrelétrica de
Tucuruí, por exemplo, localizada no rio Tocantins (bacia Amazônica), chegou a
enviar cerca de 1.200 MW para o Nordeste, num momento em que, ela própria,
racionava também sua energia em 20%.
A explicação para tudo isso é a seguinte: cerca de 80% da energia elétrica do país são gerados em hidrelétricas. No ano de 2001 houve descompassos na caída das chuvas em todo território nacional, resultando em baixas acumulações nos reservatórios das nossas principais usinas. Como, as turbinas instaladas nas hidrelétricas brasileiras são programadas para gerar energia em 60 hertz, ou seja, com 60 ciclos por segundo, só podem fazê-lo nessa frequência, pois todas as máquinas, equipamentos e eletrodomésticos instalados no país estão ajustados a ela. Isso exige que as turbinas mantenham, com estabilidade, uma certa velocidade de rotação. Quando a coluna d’água diminui nas hidrelétricas, devido ao esvaziamento dos reservatórios, o peso da água também diminui e o fluxo se torna menos estável, exigindo que as turbinas façam mais esforço para manter a rotação programada. Se o esforço for excessivo, os sistemas de proteção entram em ação automaticamente, interrompendo a geração. Essas condições predispõem o sistema a apagões, ou seja, a quedas súbitas e descontroladas de energia, que podem ser sequenciais, por sobrecarga.
Sendo assim, a ampliação da matriz energética nacional, através de outras fontes e forma de energia, se faz necessária, para ajudar um sistema de geração hidrelétrica que se encontra atualmente cambaleante. Essa é uma medida necessária, com vistas a diminuir os indesejáveis acionamentos das termelétricas, que têm encarecido a tarifa de energia elétrica e causado preocupantes danos ao ambiente natural da região”.
A explicação para tudo isso é a seguinte: cerca de 80% da energia elétrica do país são gerados em hidrelétricas. No ano de 2001 houve descompassos na caída das chuvas em todo território nacional, resultando em baixas acumulações nos reservatórios das nossas principais usinas. Como, as turbinas instaladas nas hidrelétricas brasileiras são programadas para gerar energia em 60 hertz, ou seja, com 60 ciclos por segundo, só podem fazê-lo nessa frequência, pois todas as máquinas, equipamentos e eletrodomésticos instalados no país estão ajustados a ela. Isso exige que as turbinas mantenham, com estabilidade, uma certa velocidade de rotação. Quando a coluna d’água diminui nas hidrelétricas, devido ao esvaziamento dos reservatórios, o peso da água também diminui e o fluxo se torna menos estável, exigindo que as turbinas façam mais esforço para manter a rotação programada. Se o esforço for excessivo, os sistemas de proteção entram em ação automaticamente, interrompendo a geração. Essas condições predispõem o sistema a apagões, ou seja, a quedas súbitas e descontroladas de energia, que podem ser sequenciais, por sobrecarga.
Sendo assim, a ampliação da matriz energética nacional, através de outras fontes e forma de energia, se faz necessária, para ajudar um sistema de geração hidrelétrica que se encontra atualmente cambaleante. Essa é uma medida necessária, com vistas a diminuir os indesejáveis acionamentos das termelétricas, que têm encarecido a tarifa de energia elétrica e causado preocupantes danos ao ambiente natural da região”.
Reportando-nos aos dias atuais, é importante observarmos as
capacidades acumulatórias dos reservatórios
das regiões Sudeste/Centro-Oeste (dados da ONS), responsáveis por mais de
70% da energia que é gerada no País. Eles estão, no momento, com menos da
metade de suas capacidades preenchidas (43,28%). Esse fato é preocupante,
porquanto do encerramento da quadra chuvosa dessas regiões. Como garantir uma
geração segura para os brasileiros, com a interligação das hidrelétricas
nacionais, estando os reservatórios da região mais importante do País em termos
de geração, com a metade de suas capacidades e com as chuvas em declínio? Não é
por outra a razão de as térmicas estão operando em carga máxima e as tarifas do
consumidor na cor vermelha!
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