segunda-feira, 5 de junho de 2017


Situação dos Principais Reservatórios do Brasil – 02/06/2017

Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS

Informação em 01/06/2017

Regiões SUDESTE / CENTRO-OESTE (situação atual  43,28%)

Principais Bacias
Principais Reservatórios
Situação Atual
Rio Paranaíba (38,71% da região)
Serra do Facão (3,23% da região)
26,34%
Emborcação (10,65% da região)
34,14%
Nova Ponte (11,21% da região)
30,43%
Itumbiara (7,76% da região)
35,08%
São Simão (2,50% da região)
53,88%
Rio Grande (25,38% da região)
Furnas (17,18% da região)
41,46%
Mascarenhas de Morais (2,15% da região)
55,20%
Marimbondo (2,68% da região)
75,82%
Água Vermelha (2,19% da região)
78,49%
Rio Paraná (3,03% da região)
Ilha / 3 Irmãos (3,03% da região)
93,07%
Rio Paranapanema (5,77% da região)
Jurumirim (1,99% da região)
80,05%
Chavantes 1,62% da região)
81,73%
Capivara (1,94% da região)
91,13%
Outras (31,87% da região)

 

Região SUL (situação atual  75,20%)

Principais Bacias
Principais Reservatórios
Situação Atual
Rio Iguaçu (50,93% da região)
S. Santiago (16,30% da região)
44,71%
G. B. Munhoz (30,39% da região)
66,20%
Segredo (2,29% da região)
78,96%
Rio Jacuí (16,08% da região)
Passo Real (15,02% da região)
90,21%
Rio Uruguai (29,77% da região)
Passo Fundo (8,72% da região)
98,51%
Barra Grande (15,21% da região)
84,98%
Outras (3,22% da região)

 

Região NORDESTE (situação atual  19,72%)

Principais Bacias
Principais Reservatórios
Situação Atual
Rio São Francisco (96,86% da região)
Sobradinho (58,20% da região)
13,13%
Três Marias (31,02% da região)
30,32%
Itaparica (6,62% da região)
18,65%
Outras (3,14% da região)

 

Região NORTE (situação atual  65,72%)

Principais Bacias
Principais Reservatórios
Situação Atual
Rio Tocantins (96,17% da região)
Serra da Mesa (43,68% da região)
13,80%
Tucuruí (51,53% da região)
99,46%
Outras (3,83% da região)

 

Região
Capacidade Máxima de Armazenamento    
% Armazenamento
SUDESTE / CENTRO-OESTE
     205.002                              
70,31
SUL
     19.873                                        
6,82
NORDESTE
51.859                       
17,79
NORTE
14.812                         
5,08
TOTAL
     291.546                              
100

 

OBS – Reservatórios com percentuais superiores a 100% significa dizer que estão sangrando.

- A cor vermelha significa dizer que o reservatório encontra-se  com menos da metade de sua capacidade armazenada.

COMENTÁRIOS

João Suassuna – Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco

Em 2011, publiquei um artigo no Portal ECODEBATE, intitulado Geração de energia elétrica do Nordeste: uma pilha fraca no final do túnel”, no qual alertava as autoridades do setor, para as deficiências da interligação do sistema elétrico nacional, na solução da geração de energia do País. Nele, comentava o seguinte:

 “As autoridades apostaram na interligação do sistema elétrico nacional e no apoio das termelétricas, em casos de necessidade, como solução plausível para o problema. Ora, em 2001 o nosso sistema nacional de geração, que já era interligado, deu sinais de debilidade no atendimento às demandas do país. A prova disso é o racionamento de energia ocorrido naquele ano. A hidrelétrica de Tucuruí, por exemplo, localizada no rio Tocantins (bacia Amazônica), chegou a enviar cerca de 1.200 MW para o Nordeste, num momento em que, ela própria, racionava também sua energia em 20%.
A explicação para tudo isso é a seguinte: cerca de 80% da energia elétrica do país são gerados em hidrelétricas. No ano de 2001 houve descompassos na caída das chuvas em todo território nacional, resultando em baixas acumulações nos reservatórios das nossas principais usinas. Como, as turbinas instaladas nas hidrelétricas brasileiras são programadas para gerar energia em 60 hertz, ou seja, com 60 ciclos por segundo, só podem fazê-lo nessa frequência, pois todas as máquinas, equipamentos e eletrodomésticos instalados no país estão ajustados a ela. Isso exige que as turbinas mantenham, com estabilidade, uma certa velocidade de rotação. Quando a coluna d’água diminui nas hidrelétricas, devido ao esvaziamento dos reservatórios, o peso da água também diminui e o fluxo se torna menos estável, exigindo que as turbinas façam mais esforço para manter a rotação programada. Se o esforço for excessivo, os sistemas de proteção entram em ação automaticamente, interrompendo a geração. Essas condições predispõem o sistema a apagões, ou seja, a quedas súbitas e descontroladas de energia, que podem ser sequenciais, por sobrecarga.
Sendo assim, a ampliação da matriz energética nacional, através de outras fontes e forma de energia, se faz necessária, para ajudar um sistema de geração hidrelétrica que se encontra atualmente cambaleante. Essa é uma medida necessária, com vistas a diminuir os indesejáveis acionamentos das termelétricas, que têm encarecido a tarifa de energia elétrica e causado preocupantes danos ao ambiente natural da região”.

Reportando-nos aos dias atuais, é importante observarmos as capacidades acumulatórias dos reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste (dados da ONS), responsáveis por mais de 70% da energia que é gerada no País. Eles estão, no momento, com menos da metade de suas capacidades preenchidas (43,28%). Esse fato é preocupante, porquanto do encerramento da quadra chuvosa dessas regiões. Como garantir uma geração segura para os brasileiros, com a interligação das hidrelétricas nacionais, estando os reservatórios da região mais importante do País em termos de geração, com a metade de suas capacidades e com as chuvas em declínio? Não é por outra a razão de as térmicas estão operando em carga máxima e as tarifas do consumidor na cor vermelha!  

Postado há 3 days ago por João Suassuna

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