MANTIDA A PERSPECTIVA DE CHUVAS ABAIXO DA MÉDIA PARA O NORDESTE
DO BRASIL
20/12/2016
20/12/2016
A previsão climática por consenso para o trimestre JFM/2017 aponta maior probabilidade do total trimestral de chuva ocorrer na categoria dentro da normal climatológica para o norte da Região Norte, com a segunda maior probabilidade abaixo da faixa normal climatológica, com a seguinte distribuição: 25%, 40% e 35% para as categorias acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica, respectivamente. Para o norte da Região Nordeste, a maioria dos indicadores climáticos globais e dos modelos indicou maior probabilidade das chuvas se situarem na categoria abaixo da faixa normal climatológica, com distribuição de probabilidade: 20%, 35% e 45% para as categorias acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica, respectivamente. Na Região Sul, a despeito da grande incerteza no tocante à previsão climática sazonal para o trimestre JFM/2017, em função, principalmente, das previsões de estabelecimento de uma fraca condição de La Niña, a previsão por consenso indicou a faixa normal como a mais provável, com a seguinte distribuição de probabilidade: 30%, 45% e 25% para as categorias acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica, respectivamente. As demais áreas do País (área cinza do mapa) apresentam baixa previsibilidade climática sazonal.
João Suassuna - Pesquisador
da Fundação Joaquim nabuco
Essas chuvas
de fim de ano, em todo Nordeste, foram bem vindas, mas não podem, e nem devem
ser encaradas, como a salvação de uma situação muito crítica de seca, pela qual
o Semiárido padece. Em fevereiro de 2004 escrevi um texto intitulado "As armadilhas do clima", no qual alerto para essas ocorrências de fortes chuvas,
que deixam o nordestino animado, mas que os inexpressivos volumes caídos à
posteriori vêm a frustrar as expectativas de todos! Portanto, é importante um
alerta para os percentuais abaixo da média (cor laranja) do mapa acima,
resultado das análises e previsões feitas pelos técnicos do INPE/Cptec, do
comportamento de La Niña, no presente momento, apresentando baixa intensidade
e, como se isso não bastasse, caráter passageiro. Infelizmente, esses são
ditames da Natureza, contra os quais não há o que se fazer. Apenas ficaremos na
torcida para que essa "menina trelosa" passe a ser mais ativa e
duradoura, para, aí sim, termos chuvas em volumes mais expressivos, a fim de
livrar, em definitivo, o nosso sofrido Nordeste dessa dolorosa situação em que
se encontra. Particularmente, estou de dedos cruzados.
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