Sistema da APAC alertará
para desastres 3 dias antes
Notícia
da Agência Pernambucana de Água e Clima (APAC) - A sala de situação, inaugurada
ontem pelo governo estadual, vai monitorar com ajuda de satélite e outros
recursos, a distribuição das chuvas e o nível dos principais rios do estado.
O lugar, chamado de sala de situação pelo governo
do Estado, contará com meteorologistas, hidrólogos e hidrometristas os que
monitoram a qualidade e a quantidade da água das 8h às 18h. Nos períodos
críticos, em que a meteorologia previr chuvas intensas, pretendemos montar uma
equipe para ficar em alertar 24 horas por dia, planeja a diretora de Regulação
e Monitoramento da agência, Suzana Montenegro.
A sala contará com 20 funcionários. Eles receberão,
via satélite e telefonia móvel, informações de 16 plataformas de coletas de
dados (PCDs) dos Rios Una, Capibaribe, Mundaú, Paraíba e seus afluentes. Outras
25 PCDs serão instaladas nos próximos dias, totalizando 41 equipamentos que
medem automaticamente o nível do rio ou reservatório, distribuição das chuvas e
a qualidade da água. Já estão compradas, adianta Suzana.
Além das PCDs, o convênio no valor de R$ 1 milhão
com a Agência Nacional de Águas (ANA) incluiu a compra de três computadores, um
servidor, dois barcos e dois medidores de vazão e dois veículos. A sala de
situação é um instrumento de segurança para a população ribeirinha. Acompanha o
nível dos rios e a quantidade de chuva com 72 horas de antecedência para
permitir que a defesa civil seja acionada”, avalia o governador.
Ao todo, a recém-criada Apac conta com 88
funcionários aprovados em concurso público. Um deles, Renata Pinheiro, foi
escolhida para discursar em nome do grupo, na solenidade de inauguração da
sala, ontem pela manhã.
O governador lamentou a Zona da Mata não ter mais
mata. O nome dessa região de nosso Estado se deve à Mata Atlântica, que
praticamente não existe mais, declarou. Eduardo Campos destacou que, além da
Operação Reconstrução, o governo pretende recuperar a mata ciliar, a que
reveste as margens dos rios.
Em 2007, o Estado firmou pacto com o setor
sucroalcooleiro, que concentra mais de 90% do que resta da Mata Atlântica no
Estado, para recuperar, em três anos, a mata ciliar. O termo de compromisso,
celebrado entre a Agência Estadual de Meio Ambiente e o Sindicato da Indústria
do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar), previa o plantio de
130 mil mudas por ano nas margens dos cursos d’água.
Projeto
de 2 barragens em licitação
Mais duas barragens, das dez previstas para a
contenção de enchentes, tiveram iniciado o processo de licitação para a
contratação de projeto básico construtivo. Uma será em São Benedito do Sul, na
Zona da Mata, e a outra em Barra de Guabiraba, no Agreste. Os editais estão
disponíveis no site www.itep.br, do Instituto de Tecnologia de Pernambuco
(Itep), desde a sexta-feira (6).
O Itep foi contratado, em março, pela Secretaria de
Recursos Hídricos e Energéticos para elaborar um sistema de contenção de
enchentes na Zona da Mata Sul. O contrato prevê a elaboração dos projetos
básicos de cinco barragens, quatro no Rio Una e seus afluentes e outra no Rio
Sirinhaém , o cadastro dos imóveis a seres desapropriados e o Estudo e
Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) das obras.
As duas novas licitações vão durar uma semana. A
primeira barragem a ter o projeto básico de construção licitado foi a Serro
Azul, em Palmares. Com capacidade para acumular 380 milhões de metros cúbicos e
valor estimado em R$ 480 milhões, é a maior e mais cara das dez barragens
planejadas. Quatro empresas participaram do certame. A vencedora foi a Techne
Engenharia.
A Serro Azul deve estar concluída em maio de 2013,
caso os prazos sejam rigorosamente cumpridos, prevê o secretário executivo de
Recursos Hídricos de Pernambuco, José Almir Cirilo.
Inicialmente o Estado pretendia construir apenas
quatro barragens, todas no Rio Una e seus afluentes, em função da enchente de
junho de 2010. Como entre abril e maio deste ano houve novas inundações,
decidiu levantar também a do Rio Sirinhaém, que protegerá os municípios de
Barra de Guabiraba e Cortês, e outras cinco. As novas serão nas Bacias
Hidrográficas do Mundaú, Paraíba, Jaboatão e Ipojuca.
Fonte :
Jornal do Commercio
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