Governo decide ligar as usinas térmicas da Região Nordeste.
A energia mais cara é usada em situações de emergência. O custo de ligação das térmicas deve ficar em R$ 40 e 50 milhões. O governo disse que o impacto vai ser diluído nas contas de luz dos consumidores de todo o país.
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Governo decide acionar usinas termelétricas no Nordeste para evitar novo apagão
O governo decidiu ligar termelétricas no Nordeste brasileiro para garantir a segurança elétrica na região por causa do apagão que aconteceu na semana passada e que atingiu nove estados.
Brasília - O governo decidiu, quarta-feira (4), ligar termelétricas no Nordeste brasileiro para garantir a segurança elétrica na região por causa do apagão que aconteceu na semana passada e que atingiu nove estados.
Segundo o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, a ativação das termelétricas a carvão, gás e óleo é temporária, deve durar cerca de 15 dias e será feita enquanto a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) conclui a fiscalização da região onde ocorreu a interrupção de energia.
A decisão foi tomada durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). A geração de termelétrica na região será de cerca de 1 mil megawatts. "Até que se continuem as avaliações. É uma medida de segurança que está se adotando para evitar que, se ocorresse uma nova queimada e desligasse aquelas duas linhas, levasse a Região Nordeste a um novo blecaute (apagão)", disse Zimmermann.
No início de julho, o governo decidiu desligar 34 termelétricas a óleo combustível e a óleo diesel em todo o país que estavam ligadas desde outubro do ano passado, que somam 3,8 mil megawatts. Zimmermann disse que o custo do acionamento das térmicas no Nordeste será dividido entre todos os consumidores do país.
O blecaute que atingiu a Região Nordeste na semana passada foi ocasionado por uma queimada que ocasionou o desligamento automático de duas linhas de transmissão que interligam os sistemas Sudeste/Centro-Oeste com o Nordeste, localizadas entre as subestações Ribeiro Gonçalves e São João do Piauí, no interior do Piauí, de acordo com informação do governo.
Segundo Zimmermann, a avaliação do CMSE é que o sistema de proteção atuou de forma correta para isolar a Região Nordeste do resto do Sistema Interligado Nacional (SIN). "O restabelecimento também foi em um tempo melhor do que nas outras vezes em que houve uma ocorrência dessas", avaliou o secretário. Agência Brasil
COMENTÁRIOS
João Suassuna – Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, Recife
A questão da geração de energia faz parte do nosso discurso contrário ao projeto da transposição do rio São Francisco. No apagão da semana passada, culpávamos os baixos níveis das hidrelétricas nacionais pelo ocorrido. Infelizmente, mais uma vez, acertamos na mosca. A matéria vem a mostrar que estamos diante de uma enorme incompetência governamental nessas questões. Não foi por falta de aviso. Estamos denunciando essas questões há 18 anos. Só pode ser uma ação terrorista! Não há o menor sentido, diante de visível escassez hídrica nos reservatórios brasileiros, se pensar em transpor as águas do São Francisco, caudal responsável por cerca de 95% da energia que é produzida na região. Diante dessa penúria hídrica mostrada com clareza na matéria, como será possível retirar, do Velho Chico, 127 m³/s para o atendimento da demanda de 12 milhões de pessoas no setentrional nordestino? Isso é coisa de quem não tem compromisso para com a Nação. E a situação tende a piorar. E irá sobrar, invariavelmente, para o povo brasileiro já tão sacrificado. A conta da energia gerada nessas termelétricas ficará muito salgada para o bolso do cidadão que paga seus impostos regularmente e, além do mais, iremos ter um ambiente irrespirável, devido aos gases venenosos exalados pelas térmicas. Vamos acordar, gente!
José do Patrocínio Tomaz Albuquerque - Consultor e Professor aposentado pela Universidade Federal de Campina Grande
Prezado João Suassuna
O que é mais incrível é a cara de pau destes senhores, em negar o óbvio ululante. Engajados assim, só em regimes totalitários, como os bolivarianos e cubano, particularmente. A imprensa, ou por ignorância ou conivência, tem sua parcela de culpa, na medida em que, pelo menos, não usa o contraditório.
Abraços,
Patrocínio
por João Suassuna — Última modificação 05/09/2013 10:06
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