Situação volumétrica dos reservatórios que abastecem o Grande Recife –
11/03/2022
Estação de tratamento de água - Imagem do Google
Fonte APAC: https://www.apac.pe.gov.br/rios-e-reservatorios
Situação em
11/03/2022
AÇUDE |
MUNICÍPIO |
CAP. MAX. (1000 m³) |
DATA ATUAL |
VOLUME (hm3) |
% ATUAL |
BITA |
CABO DE SANTO AGOSTINHO |
2.780 |
10/03/2022 |
1.389 |
50 |
DUAS UNAS |
JABOATÃO DOS GUARARAPES |
15.709 |
10/03/2022 |
11.828 |
75 |
GURJAU |
CABO DE SANTO AGOSTINHO |
1.063 |
10/03/2022 |
1.085 |
102 |
PIRAPAMA |
CABO DE SANTO AGOSTINHO |
58.436 |
10/03/2022 |
57.177 |
97 |
SICUPEMA |
CABO DE SANTO AGOSTINHO |
3.200 |
01003/2022 |
3.237 |
101 |
UTINGA |
IPOJUCA |
9.408 |
10/03/2022 |
8.123 |
86 |
TAPACURÁ (Contenção e acumulação) |
SÃO LOURENÇO DA MATA |
104.871 |
10/03/2022 |
31.650 |
30 |
CARPINA (Contenção) |
LAGOA DO CARRO |
255.369 |
24/02/2022 |
15.200 |
6 |
JUCAZINHO (Contenção) |
SURUBIM |
204.821 |
10/03/2022 |
35.784 |
17 |
VARZEA DO UNA (Contenção) |
SÃO LOURENÇO DA MATA |
11.568 |
10/03/2022 |
3.950 |
34 |
GOITÁ (Contenção) |
SÃO LOURENÇO DA MATA |
52.536 |
10/03/2022 |
6.348 |
12 |
BOTAFOGO |
IGARASSU |
27.690 |
10/03/2022 |
6.890 |
24 |
Fonte:
Agência Pernambucana de Água e Clima – APAC
Situação em
04/03/2022
AÇUDE |
MUNICÍPIO |
CAP. MAX. (1000 m³) |
DATA ATUAL |
VOLUME (hm3) |
% ATUAL |
BITA |
CABO DE SANTO AGOSTINHO |
2.780 |
03/03/2022 |
575 |
20 |
DUAS UNAS |
JABOATÃO DOS GUARARAPES |
15.709 |
03/03/2022 |
7.529 |
47 |
GURJAU |
CABO DE SANTO AGOSTINHO |
1.063 |
03/03/2022 |
1.059 |
99 |
PIRAPAMA |
CABO DE SANTO AGOSTINHO |
58.436 |
03/03/2022 |
47.268 |
80 |
SICUPEMA |
CABO DE SANTO AGOSTINHO |
3.200 |
03/03/2022 |
3.237 |
101 |
UTINGA |
IPOJUCA |
9.408 |
03/03/2022 |
7.587 |
80 |
TAPACURÁ (Contenção e acumulação) |
SÃO LOURENÇO DA MATA |
104.871 |
03/03/2022 |
30.182 |
28 |
CARPINA (Contenção) |
LAGOA DO CARRO |
255.369 |
24/02/2022 |
15.200 |
6 |
JUCAZINHO (Contenção) |
SURUBIM |
204.821 |
03/03/2022 |
36.313 |
17 |
VARZEA DO UNA (Contenção) |
SÃO LOURENÇO DA MATA |
11.568 |
03/03/2022 |
3.067 |
26 |
GOITÁ (Contenção) |
SÃO LOURENÇO DA MATA |
52.536 |
03/03/2022 |
5.418 |
10 |
BOTAFOGO |
IGARASSU |
27.690 |
03/03/2022 |
6.378 |
23 |
Fonte:
Agência Pernambucana de Água e Clima – APAC
OBS – (% ATUAL): Percentuais volumétricos superiores a 100% significam
dizer que a represa está vertendo (sangrando).
COMENTÁRIOS
João Suassuna –
Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
Pelos números apresentados em vermelho dá para se ter uma ideia do porquê do atual racionamento de água existente no Grande Recife. A região, com mais de 3,5 milhões de habitantes, demanda, atualmente, cerca de 15 m³/s de água tratada, contando com uma malha de distribuição desse precioso líquido, sob a responsabilidade da Compesa, que só tem capacidade de fornecer 12 m³/s. Isso, por uma razão muito simples de entender: O sistema básico de abastecimento d’água da cidade do Recife é muito antigo. Foi concebido e construído no início do século XX, por Saturnino de Brito, para solucionar os problemas de abastecimento de uma região, que totalizava, à época, mil hectares, e o atendimento de uma população de cerca de 86 mil habitantes. No início do século XX, ela se prestou, de forma satisfatória, para o atendimento desse contingente populacional e, sobretudo, pela importância que teve no combate das epidemias reinantes a época, o que colocou o Recife na posição de um centro urbano moderno. Decorridos mais de 100 anos, o Grande Recife conta, atualmente, com um contingente populacional expressivo e uma malha de distribuição de água que não atende, em hipótese alguma, as necessidades básicas da atual população. O resultado de tudo isso não podia ter sido outro: o bairro de Casa Forte, onde moro, está com um racionamento de 12 horas. A água some das torneiras às 19h00 e somente retorna no outro dia, às 7h00. Um vexame cujas perspectivas de solução são mínimas, pelo menos a curto e médio prazo.
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