A SITUAÇÃO “HIDRO-ILÓGICA” DA
TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO – 25/03/2022
Estamos iniciando uma atividade semanal de informações, aos interessados, da real situação operacional dos eixos Norte e Leste da Transposição do Rio São Francisco, bem como da capacidade acumulada dos principais reservatórios do país, responsáveis pela geração de nossa energia.
O percentual das
capacidades dos reservatórios das hidrelétricas das regiões
Sudeste/Centro-Oeste (os mais importantes do País em termos de geração
elétrica) aumentou na semana em curso (25/03), estando em 62,39%
- 23/03/2022. A leitura anterior era
de estando em 62,00% - 20/03/2022 (dados ONS), havendo, portanto,
um aumento de 0,39%. Considerando esse preocupante percentual volumétrico
acumulado nos reservatórios, a ANEEL determinou que as tarifas de energia
elétrica dos brasileiros continuem a ser cobradas na modalidade bandeira
vermelha “escassez hídrica”, até nova determinação.
Para efeito da
análise dos volumes a serem bombeados em ambos os canais do projeto, foram
utilizadas as informações do Plano de Gestão Anual da Transposição do Rio São Francisco, da Agência Nacional de
Águas (ANA), em cujo Anexo II foram estabelecidos os quantitativos volumétricos
mensais (condições e padrões operacionais) para o uso das águas do caudal. Os
volumes previstos nesse Plano de Gestão Anual serão utilizados em fase de
“Teste do Projeto”, com data prevista para o encerramento desse Plano no mês de
fevereiro de 2022.
Após vultosos
investimentos realizados no projeto da Transposição, cuja cifra já ultrapassa
os R$12 bilhões, atualmente as águas do Velho Chico não estão chegando ao seu
destino, no Eixo Leste. A represa de Boqueirão de Cabaceiras continua no seu
leto processo de depreciação volumétrica.
O Eixo Norte do
projeto, por exemplo, que visa o abastecimento do agronegócio dos Estados de
Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte, além de atender as demandas hídricas
das populações da Grade Fortaleza (CE), foi inaugurado,
em 26/06/2020, no trecho compreendido entre a
Barragem de Milagres, no município de Verdejante (PE) e a barragem de Jatí, CE, cujos volumes começaram a
fluir em direção ao projeto cearense (Cinturão das Águas) e, também, ao Estado do Rio Grande do
Norte.
O Professor Doutor em
Hidrologia, João Abner Guimarães Jr, voltou a fazer críticas à inviabilidade técnico-econômica dessa
obra, notadamente no trecho compreendido entre a barragem de Jatí-CE e o
destino final das águas, no Rio Grande do Norte. Segundo Abner, a solução para o abastecimento hídrico
da região passa, necessariamente, pela adoção de medidas que busquem e controlem os
recursos hídricos já existentes na região, através da definição de políticas
públicas que sejam capazes, não só de serem comprometidas com a boa aplicação
da água em si, mas, também, com a adoção de soluções que sejam efetivas e
duradoras. Notícias da internet do dia 27/10/2020 deram conta de que a condução
das águas nesse eixo, para o CE e RN, estão ocorrendo normalmente. Em
março de 2021 as águas do São Francisco alcançaram o açude do Castanhão, no Ceará, onde se
estima, naquela represa, uma vazão, proveniente do São Francisco, de cerca de
12 m³/s. Em 03/11/2021, as obras de
engenharia do Eixo Norte foram concluídas em sua
totalidade. Em 19/11/2021, Abner concedeu entrevista ao
Instituto Humanitas Unisinos (IHU) evidenciando a insistência do Governo
Federal de perpetuar "o mau uso que essa obra tem sofrido ao longo
dos anos por todos os presidentes da República que, desde Lula,
abusaram politicamente do projeto da transposição".
Em 05 de fevereiro de
2022, as águas do Rio São Francisco começaram a fluir do açude de São Gonçalo,
localizado em Sousa, na Paraíba, em direção ao Rio Grande do Norte. Em conversa
com o hidrólogo, João Abner Guimarães Jr, ele ponderou a gestão hídrica desse
trecho do projeto. Segundo Abner, as águas estão fluindo do açude São Gonçalo,
que atualmente (fevereiro de 2022) está com cerca de 24 milhões de m³, em
direção ao açude Armando Ribeiro Gonçalves, RN, que se encontra com cerca de
1,1 bilhão de m³. Estão secando o açude Engenheiro Ávidos, atualmente com cerca
de 104 milhões de m³, que perde parte de suas águas para o açude São
Gonçalo, que por sua vez está transferindo suas águas para uma represa que se
encontra atualmente com mais da metade de sua capacidade preenchida. Abner não
vê razões para os paraibanos comemorarem isso! Além do mais, os testes de
bombeamento do projeto se encerram oficialmente no dia 9 de fevereiro, data na
qual o projeto será oficialmente inaugurado em sua totalidade pelo Governo
Federal, o qual, com isso, irá encerrar as remessas de recursos financeiros
para o custeio do projeto. Serão 50 milhões de reais por mês que deverão ser
assumidos, doravante, pelos Estados nordestinos envolvidos com o projeto.
Em 08 de fevereiro de
2022, João Abner participou de webinar promovido pela Academia
Pernambucana de Ciência Agronômica (APCA), discutindo a segunda fase do projeto
da Transposição do Rio São Francisco e a chegada das águas do rio ao estado do
Rio Grande do Norte. O pesquisador João Suassuna coordenou essa webinar,
fazendo comentários sobre a problemática do abastecimento de campina Grande com
as águas do Rio São Francisco.
O Eixo Leste do
projeto atende prioritariamente as demandas hídricas (abastecimento) das
regiões agrestes dos estados de Pernambuco e da Paraíba (municípios da bacia do
Rio Ipojuca, PE, o município de Campina Grande e regiões de seu entorno), havendo
previsão, também, para o uso das águas no abastecimento de populações e no
agronegócio paraibano (projeto Acauã-Araçagi), na chamada Vertente Litorânea do estado.
Foi inaugurado
recentemente o Ramal do Agreste que irá abastecer municípios
pernambucanos localizados na bacia do Rio Ipojuca, que passam por problemas de
escassez hídrica.
A represa de Boqueirão
de Cabaceiras, com 411,6 milhões de m³ de capacidade, é o principal
reservatório que abastece Campina Grande e 18 municípios de seu entorno. O
reservatório está localizado em uma região de expressivo déficit hídrico, o que
tem depreciado a sua capacidade com relativa frequência, agravada por uma
gestão ineficiente de suas águas, o que tem ocasionado, em muitos casos, na
necessidade de se realizar longos racionamentos hídricos
no sistema de abastecimento da população assistida. Com vista à solução desse
incômodo problema, as autoridades responsáveis pelo setor hídrico nacional
fizeram com que, em 2017, águas da Transposição do Rio São Francisco começaram
a ser bombeadas para abastecer essa represa, via Eixo Leste do projeto e,
atualmente, elas não estão chegando ao
seu destino final. Na Terça do Crea realizada
no dia 17/11/2020, tratando de como garantir
os múltiplos usos da água diante da escassez e crescente demanda,
o ex-Secretário de Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco, Almir Cirilo, fez
comentários acerca das razões pelas quais os fluxos das águas da Transposição
foram interrompidos para Campina Grande. Na ótica de Cirilo, a razão disso
deveu-se à fluência das águas a céu aberto, na bacia do Rio Paraíba, entre os
municípios de Monteiro e Campina Grande, levando ao desperdício volumétrico de
grande monta, consequência direta das infiltrações, evaporação e outros aportes
nas irrigações existentes naquele trecho, além do lançamento de elementos
contaminantes (esgotos), o que tem levado a um desperdício de cerca de ¾ dos
volumes bombeados do projeto, aos campinenses. Ainda segundo o ex-Secretário,
para a solução desse problema é importante que se comece a pensar em ações
suplementares futuras, com o uso de tubulações adutoras, a exemplo do que vem
sendo praticado na Adutora do Agreste em
Pernambuco, para o abastecimento de vários municípios da bacia do Rio Ipojuca,
os quais vêm passando por sérios problemas de escassez hídrica.
Além do mais, a falta
de critérios nos usos das águas dos principais aquíferos do Velho Chico, a
exemplo do Urucuia, têm interferido diretamente nas vazões de base dessas
fontes hídricas, em direção a calha do rio, resultando em significativas variações volumétricas no caudal. Trabalho realizado pelas Universidades
Federais do Rio de Janeiro, Viçosa e Oeste da Baía, deu conta de que a
irrigação com pivôs centrais, praticada no Oeste da Bahia, sobre esse aquífero,
já rebaixou o seu lençol freático em cerca de 6,63 m.
Recentemente,
professores de geologia da USP têm conseguido provar que o aquífero Urucuia
está diminuindo de tamanho e que os rios do
oeste baiano estão secando. No começo de 2020, Chang, o pesquisador Roger Dias
Gonçalves e outros dois colegas da Alemanha publicaram um estudo sobre o
aquífero utilizando dados obtidos de satélites da Nasa chamados Grace (sigla em
inglês para Experimento de Clima e de Recuperação da Gravidade). Os satélites,
que medem atração gravitacional, forneceram material para que os pesquisadores
pudessem deduzir a massa de água que se encontrava no lençol freático por 12
anos (desde quando o satélite foi lançado, em 2002, até 2014). Eles descobriram
que durante esse período o aquífero perdeu cerca de 10 km cúbicos de água.
Um problema de
grandes proporções criado, tendo em vista a ausência quase que total de gestão
hídrica, em praticamente toda região semiárida do país, cujas consequências são
previsíveis, principalmente se levado em consideração o lamentável estado de
incapacidade hídrica existente no São Francisco, o que tem dificultado o
atendimento das demandas oriundas dos variados e conflituosos usos existentes
em toda sua bacia hidrográfica. Recente trabalho na região central dos
Estados Unidos, alerta para os riscos existentes nos usos, sem o devido
controle das águas de subsolo daquela região, e sugere medidas de solução para
os problemas. Fica dado, portanto, o alerta sobre os descontroles existentes
nos volumes bombeados do aquífero Urucuia, no Oeste baiano, os quais,
continuando sem os devidos cuidados, poderão ter o mesmo destino daqueles
relatados pelos americanos nesse trabalho.
Existindo essa
problemática, é de se supor das dificuldades que existirão pela frente, para se
mudar o cenário de pobreza da região, principalmente se levado em consideração
o cumprimento das metas do projeto da Transposição, de abastecer 12 milhões de
pessoas na região setentrional nordestina e a de irrigar uma área estimada em
cerca de 150 mil ha.
Finalmente, fica
claro que o projeto da Transposição do Rio São Francisco passa por dificuldades
de gestão hídrica, que poderão comprometer os usos
futuros das águas em toda região Setentrional nordestina. Para o agravamento
dessa situação, a Operadora Nacional do Sistema Elétrico (ONS), reivindicou à
ANA, a flexibilização dos volumes defluídos da
UHE de Xingó, para maior conforto na geração de energia no complexo de
hidrelétricas da Chesf. Nesse sentido, medidas urgentes na melhoria desses
aspectos de gestão hídrica devem ser tomadas, para que seja garantida a
necessária segurança do acesso à água em todo o Semiárido brasileiro.
Atualmente o usuário
da energia elétrica para suas tarifas na modalidade bandeira vermelha, “escassez hídrica”, situação essa que irá permanecer até o
final do ano em curso.
CBHSF divulga, em
primeira mão, os resultados de aerolevantamento inédito em trecho incremental
do Rio São Francisco e achados impressionam
http://www.suassuna.net.br/2021/05/cbhsfdivulga-em-primeira-mao-os.html
Algumas
características técnicas do Projeto da Transposição:
Características das
represas reguladoras de vazão do Rio São Francisco
- A construção das
represas de Três Marias e Sobradinho, na calha do São Francisco, possibilitou
às autoridades do setor hídrico do país, o total controle volumétrico de vazões
do rio, ao longo de toda a sua bacia hidrográfica.
- Com a regularização
das vazões do Velho Chico, a Chesf passou décadas gerando a energia do Nordeste
brasileiro, com uma vazão média
regularizada de cerca de 2.060 m³/s.
- Informações
volumétricas, na calha do São Francisco, obtidas nos postos de observações da
Chesf e da Cemig, localizados entre a nascente e a foz do rio – Fonte: Chesf
Dia
25/03: UHE Três Marias (controle
das defluências de Três Marias) 598 m³/s; São Romão 1.422 m³/s; São Francisco –
1.798 m³/s; Bom Jesus da Lapa – 2.861 m³/s; Morpará – 4.781 m³/s; Juazeiro
(controle das defluências de Sobradinho) 3.101 m³/s e Propriá (controle das
defluências de Xingó) 2.874 m³/s. (dados da Chesf).
- Situação crítica do
projeto da Transposição: A represa de Sobradinho acumulou no ano de
2017, apenas 1,98% de sua capacidade útil, e defluiu, para a regularização das
vazões do Submédio e Baixo São Francisco, apenas 554 m³/s. Esse foi o volume
existente à época, no São Francisco, para a satisfação das demandas hídricas da
região do Submédio, a principal área de captação de água do rio e consequentes
atendimentos aos seus múltiplos e conflituosos usos.
Capacidade total de
Três Marias: 20 bilhões de m³ - Fonte: ANA
Afluência: 648
m³/s
Defluência: 598
m³/s
Percentual
volumétrico atual da represa: 94,15% (em ascensão volumétrica)
Capacidade total de
Sobradinho: 34 bilhões de m³ - Fonte: ANA
Afluência: 6.130
m³/s
Defluência: 3.000
m³/s
Percentual
volumétrico atual da represa: 96,24% (em ascensão volumétrica)
Características técnicas
dos eixos do Projeto
- Irá passar pelos
dois eixos do projeto, uma vazão de até 127 m³/s, sendo 99 m³/s no Norte e 28
m³/s no Leste.
Até o final dos
testes de bombeamento, os volumes anuais que serão bombeados para o
projeto obedecerão a quantitativos divulgados pela ANA através de tabelas.
O fim da fase de
testes do projeto foi previsto para o dia 09 de fevereiro de 2022, data na qual
o projeto da Transposição do Rio São Francisco será oficialmente inaugurado. A
partir dessa data não haverá mais previsões volumétricas de bombeamentos, pela
ANA, ao projeto.
Eixo Norte - Fonte: Chesf
- Esse Eixo foi
inaugurado pelo Presidente da República, em 26/06/2020.
- Extensão de 402 km
- Serão atendidos os
estados de PE, CE, PB e RN
- Existência de 12
reservatórios de diversos tamanhos, com potencial de armazenamento de cerca de
56 milhões de m³.
- Perspectiva de
atendimento a 232 municípios nos estados, e uma população estimada em cerca de
7,5 milhões de pessoas.
- Vazão do Rio São
Francisco na tomada d´água em Cabrobó (Estação de Ibó): 3.648 m³/s.
Notícias de
23/12/2020, vinculadas ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR)
asseguraram a efetivação da
licitação do Ramal Apodi, no Rio Grande do Norte, iniciativa
essa que recebeu críticas no
segmento técnico da obra, oriundas da Academia.
Inauguradas, em
21/10/2021, as obras do trecho final do Eixo Norte do Projeto de Integração do
Rio São Francisco. A inauguração aconteceu em São José de Piranhas, na Paraíba.
O trecho tem oito quilômetros de extensão, entre os reservatórios Caiçara, em
São José de Piranhas, e Eng. Avidos, em Cajazeiras.
- O Professor
Doutor em Hidrologia, João Abner Guimarães Jr, voltou a fazer críticas sobre
a inviabilidade técnico-econômica
da obra, notadamente no trecho compreendido entre a barragem de Jatí-CE e o
destino final das águas, no Rio Grande do Norte. Segundo Abner, a
solução para o abastecimento hídrico da região passa, necessariamente, pela
adoção de medidas que busquem
e controlem os recursos hídricos já existentes na região,
através da definição de políticas públicas que sejam capazes, não só de serem
comprometidas com a boa aplicação da água em si, mas, também, com a adoção de
soluções que sejam efetivas e duradoras. Em entrevista recente concedida
ao Instituto Humanitas Unisinos (IHU),
Abner analisou a gestão do atual governo em relação ao uso da água da
transposição, chegando à conclusão de que se perpetua "o mau uso que essa
obra tem sofrido ao longo dos anos, por todos os presidentes da
República que, desde Lula, abusaram politicamente do projeto".
O pesquisador da
Fundação Joaquim Nabuco, João Suassuna,
volta a fazer críticas ao sistema elétrico interligado do país, quando levado
em consideração o binômio demanda elétrica x hidrologia, sugerindo,
para o caso, a falta de sensibilidade dos responsáveis pelo setor elétrico
do país, no trato com as questões climáticas, sobretudo em relação às estiagens
prolongadas, que anteriormente se restringiam ao Nordeste do país e que, agora,
se manifestam em todo o território nacional.
- Em
março de 2021 as águas do São Francisco alcançaram o açude do Castanhão,
no Ceará, onde se estima, naquela represa, uma vazão, proveniente do São
Francisco, de cerca de 12 m³/s.
- Em agosto de 2021, as
águas do São Francisco começam a abastecer a barragem de Cipó, em Brejo Santo – CE.
- No dia 9 de fevereiro
de 2022, o Presidente da República inaugurou o
trecho que faltava do projeto da Transposição, fazendo as águas do São
Francisco chegarem ao Estado do Rio Grande do Norte. Com essa inauguração, Sua
Excelência deu por encerrada a Fase 1 do projeto (Implantação das obras no
campo), dando início a sua Fase 2, de operacionalização e manutenção das obras.
Eixo Leste - Fonte: Chesf
- Inaugurado em julho
de 2017
- Extensão de 220 km
- Serão atendidos os
estados de PE e PB
- Existência de 16
reservatórios de diversos tamanhos, com potencial de armazenamento de cerca de
910 milhões de m³.
- Perspectiva de
atendimento a 169 municípios nos estados, e uma população estimada em cerca de
4,5 milhões de pessoas.
Reservatório da
hidrelétrica de Itaparica
Capacidade total do
reservatório: 11 bilhões de m³
Afluência: 2.790
m³/s
Defluência: 2.283
m³/s
Percentual
volumétrico atual da represa: 54,88% (em ascensão volumétrica)
Em 2018, a Adutora de Moxotó (PE)
começou a operar abastecendo os municípios pernambucanos de Sertânia, Arcoverde, Pesqueira, Brejo da Madre de
Deus, Belo Jardim, Alagoinha, Tacaimbó, São Bento
do Una, Sanharó e Custódia,
cuja captação é na mesma fonte que abastece Campina Grande, ou seja, o Eixo Leste da
Transposição. A Adutora de Moxotó vai ser interligada à Adutora do Agreste, na
altura do município de Arcoverde.
A Adutora do Agreste - Inaugurada a
primeira fase do projeto, que irá aduzir
volumes do Rio São Francisco, via eixo Leste do projeto da Transposição, para o
abastecimento de municípios pernambucanos localizados na bacia do Rio Ipojuca
- 8 m³/s
Os açudes de Poções e
Camalaú defluem seus volumes para a represa de Boqueirão de Cabaceiras
Capacidade do açude de
Poções (30 milhões de m³, Monteiro): 57,89% (em
ascensão volumétrica). Destino dos
volumes da transposição para o açude de Camalaú - Fonte: Aesa
Atualmente a
capacidade da represa de Poções está visando o atendimento, também, das
demandas da Grande Adutora do Cariri,
que atualmente encontra-se em fase de negociações para sua implantação.
Recentemente, o Governo paraibano informou a população sobre a aprovação de um
projeto de 400 milhões de reais (U$80 milhões) - a Adutora do Cariri -
para reforço do abastecimento das regiões do Cariri e Curimataú do estado, que
utilizará as águas estocadas no açude de Poções.
Capacidade do açude de
Camalaú (48 milhões de m³, Camalaú): 41,85% (em
ascensão volumétrica). Destino dos
volumes da transposição para o açude de Boqueirão de Cabaceiras - Fonte: Aesa
O destino final da água
desse eixo é o açude de Boqueirão de Cabaceiras, para o abastecimento de Campina
Grande e 18 municípios de seu entorno.
Boqueirão de Cabaceiras
- Fonte: Aesa
Capacidade do
reservatório: 411,6 milhões de m³
Volume morto do
reservatório: 8,20% de sua capacidade
Percentual
volumétrico útil atual: 21,02% (em
ascensão volumétrica)
Vazão afluente
do projeto da Transposição do São Francisco em Boqueirão: 0
m³/s
Vazão de
regularização de Boqueirão de Cabaceiras – 1,25 m³/s
Defluência de Boqueirão para
Acauã: 2,2 m³/s
Reservatório de Acauã
- Fonte: Aesa
Capacidade do
reservatório: 253 milhões de m³
Volume morto do
reservatório: 8,00% de sua capacidade
Percentual
volumétrico útil atual: 6,81% (em
ascensão volumétrica)
Vazão afluente em
Acauã: 2,2 m³/s
Vazão
defluente para o projeto Acauã-Araçagi: 0
m³/s
A situação “Hidro-ilógica” da
Transposição do Rio São Francisco e comportamento das vazões do rio ao longo
dos anos
2020
http://www.suassuna.net.br/2021/11/estagiosda-obra-da-transposicao-do-rio.html
2021
http://www.suassuna.net.br/2021/12/estagios-daobra-da-transposicao-do-rio.html
Postado há Yesterday por João Suassuna
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