sábado, 26 de março de 2022

 Faepa quer usar Transposição para ampliar produção agropecuária

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https://www.maispb.com.br/594175/faepa-quer-usar-transposicao-para-ampliar-producao-agropecuaria-no-sertao-da-pb.html

24/03/2022


Imagem: Reprodução

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba, afirmou nesta quinta-feira (24) que quer ampliar a produção agropecuária no sertão da Paraíba. A informação foi dada em entrevista ao jornalista Heron Cid, em Cajazeiras, durante evento que discute a Transposição do Rio São Francisco.

Com a perspectiva de melhora das condições hídricas após a conclusão da Transposição, segundo ele, será possível ampliar a participação do agro no semiárido paraibano. O gestor citou Petrolina, no sertão pernambucano, como exemplo a ser adotado para implementação de técnicas de irrigação e de alimentação bovina.

“Petrolina tá lá, o pequeno, o médio e o grande produtor. O cenário da Bahia criou um centro de excelência para treinar produtores e pequenos produtores na fruticultura. Mas não podemos esquecer da pecuária no semiárido. Todos os países do mundo fazem pecuária no semiárido. A pecuária dos Estados Unidos é no semiárido, com feno e silagem vindo de outras regiões que têm água. Na Austrália, a mesma coisa está chovendo de 250 a 300 mm por ano. Na Europa e na África do Sul não é diferente. Temos que pensar numa pecuária com Palma. Estamos trabalhando com uma máquina colheitadeira de palma. Queremos lançar isso no dia 23 de setembro”, explicou Mário Borba.

Borba participou, nesta quinta-feira (24), do “Pacto das Águas”: discussão sobre a chegada das águas do Rio São Francisco no semiárido. Ele foi um dos intermediadores do segundo tema do evento: “Gestão das Águas para o Desenvolvimento Sustentável”. Além dele, estiveram presentes, o presidente da Agência Executiva das Águas da Paraíba (AESA), Porfírio Loureiro, o diretor da Codevasf na Paraíba, Paulo José Paes Filho e o reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Antônio Fernandes Filho.

 

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COMENTÁRIOS

João Suassuna – Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco

As autoridades paraibanas deveriam estar preocupadas com o abastecimento de Campina Grande, com as águas da transposição do Rio São Francisco, e não estarem se empenhando na ampliação da produção agropecuária na região do Sertão, com as águas do Velho Chico. As águas do rio sequer estão chegando à Boqueirão de Cabaceiras, que abastece o município campinense e 18 cidades de seu entorno, estando, a represa, com sua capacidade útil em torno de 21% apenas, o que aumentam as chances de Campina voltar aos famigerados racionamentos de água que havia passado em 2014, situação essa agravada por uma demanda hídrica histórica que não para de crescer. Adianto, que no percurso das águas da Transposição, entre o município de Monteiro e a represa de Boqueirão, existem infiltrações na calha do Rio Paraíba, uma exacerbada evaporação, uma pesada irrigação, que reduzem em ¾ o volume de água para o interior de Boqueirão, além de lançamentos de esgotos que resultam em uma água de péssima qualidade para consumo humano. Para agravar essa situação, o Governo do Estado anunciou, na mídia, a aprovação de um projeto de 400 milhões de reais (U$80 milhões) - a Adutora do Cariri - para reforço do abastecimento das regiões do Cariri e Curimataú do estado, a qual utilizará as águas estocadas no açude de Poções, em Monteiro, represa que faz parte do circuito das águas do São Francisco até Boqueirão de Cabaceiras. A Paraíba hoje dispõe de poucos volumes para uma demanda hídrica que não para de crescer. As autoridades não podem, e nem devem, considerar a "água" como um bem natural infinito e, portanto, sujeita a usos ilimitados. A "água" é um bem natural finito, a sua busca deve ser feita com planejamento específico e o seu uso, com a parcimônia devida.

 

Postado há Yesterday por João Suassuna

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