terça-feira, 15 de janeiro de 2013


Situação volumétrica dos reservatórios das hidrelétricas da CHESF - 28/12/2012.


Estamos iniciando uma atividade semanal de informação, aos interessados, dos estágios em que se encontram os níveis de acumulações volumétricas dos principais reservatórios da Chesf, na bacia do rio São Francisco. No caso específico da região do Sub-médio São Francisco - local onde é gerada a maior parte da energia elétrica do Nordeste -, os reservatórios, principalmente o de Sobradinho, acumulam água no período de novembro a abril, para disponibilizaremos volumes acumulados, no processo de regularização das vazões do Velho Chico, no período de maio a outubro. Estamos no dia 28/12/2012, portanto, em período no qual os reservatórios estão numa fase de acumulaçãovolumétrica. Acompanhem a evolução desse processo, nos endereços abaixo, clicando no canal “Bacia do Rio São Francisco”.

28/12/2012

Reservatório Data Afluência Defluência Volume

(m³/s) (m³/s) útil (%)

Sobradinho 27/12 1730 2274 28,20

Itaparica 27/12 1530 2502 42,40

Xingó* 27/12 2606 2354 -

* - Não há percentuais acumulatórios, tendo em vista o rio correr em seu leito, a fio d´água

21/12/2012

Reservatório Data Afluência Defluência Volume

(m³/s) (m³/s) útil (%)

Sobradinho 20/12 1220 2235 28,50

Itaparica 20/12 1890 2380 41,00

Xingó* 20/12 2274 2521 -

* - Não há percentuais acumulatórios, tendo em vista o rio correr em seu leito, a fio d´água

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Fonte: Chesf

http://www.chesf.gov.br/portal/page/portal/chesf_portal/paginas/sistema_chesf/sistema_chesf_bacias/conteiner_bacias

Fonte: ANA

http://www2.ana.gov.br/Paginas/servicos/saladesituacao/default.aspx

É o Núcleo de Estudos e Articulação sobre o Semiárido (NESA), da Fundação Joaquim Nabuco, divulgando a realidade do Nordeste seco.

COMENTÁRIOS

João Suassuna - Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, Recife

Nessa semana, a situação de Sobradinho piorou. Notem que na semana anterior, a represa contava com um percentual volumétrico de 28,50% acumulados e, na atual, conta com 28,20%, mesmo estando o sistema em regime de acumulação. A represa de Itaparica melhorou um pouco, estando atualmente com 42,40%, portanto, 2,4% acima do apresentado na semana anterior. Isso foi devido aos volumes lançados de Sobradinho. Seguramente, o sistema Chesf está gerando energia em sua capacidade máxima, e distribuindo essa energia gerada para o resto do país, já que o sistema elétrico brasileiro é todo interligado. Vamos ficar na torcida para que o regime pluviométrico no Alto São Francisco se normalize, a fim de que o sistema de geração da Chesf, no Sub-médio São Francisco, entre na normalidade.

Sobre o assunto:

Racionamento de energia pode vir logo

http://www.remaatlantico.org/Members/suassuna/campanhas/racionamento-de-energia-pode-vir-logo

Estamos na antessala do apagão

http://www.remaatlantico.org/Members/suassuna/campanhas/firjan-alerta-estamos-na-antessala-do-apagao/view

Firjan alerta: Estamos na antessala do apagão.


Nível dos reservatórios é o pior dos últimos 11 anos, e só não é mais crítico do que o passado no período de racionamento.

http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=12132&id_secao=2

Por Natália Bezutti
O sistema Firjan emitiu nesta quarta-feira (19/12) comunicado a indústria em que alerta para o estado crítico em que se encontram os reservatórios das usinas hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste e risco de desabastecimento de energia até o início de 2013. “Estamos praticamente na antessala do apagão”, declarou o gerente de competitividade industrial e investimentos da Firjan, Cristiano Prado.

Segundo o executivo, o atual nível dos reservatórios é o pior dos últimos 11 anos e só não perde para o período de racionamento. De acordo com dados da federação, em dezembro de 2011, o nível dos reservatórios estava em 61%, mas hoje representa apenas 29,8%. Contrariamente, a geração termelétrica em novembro de 2011 era de 6,91%, saltando para 23,14% no mesmo período deste ano.

“A previsão das chuvas para dezembro está abaixo da média e, ainda que alcançasse a média histórica, não teremos água suficiente para encher os reservatórios. Por outro lado está sendo necessário aumentar a geração de termelétricas num momento em que o País não estava esperando gerar”, declarou Prado.

Preocupada com a situação, a federação solicitou ao Ministério de Minas e Energia que esclareça a situação, dizendo quais as medidas que ainda podem ser adotadas para manter o fornecimento de energia, e também de gás, para a indústria, visando garantir não só a competitividade do setor, mas também o crescimento econômico do Brasil.

“É um cobertor curto dos dois lados. Curto na parte de cima porque o nível dos reservatórios está muito abaixo e, curto na parte de baixo, porque você vai precisar de mais gás para as térmicas, e não tem gás sobrando no País”, apontou o gerente da Firjan.

Ele ainda revela que apesar das previsões de chuva apontarem otimismo, o despacho térmico não deverá cair pelo menos até o primeiro trimestre de 2013. Mesmo que ocorresse o aumento da precipitação acima da média histórica, a possibilidade do governo continuar a operação das térmicas é mantida, para que, por questão de segurança, os reservatórios sejam preservados para o próximo ano.

“Se viesse o dilúvio, talvez a gente tivesse alguma chance. É a única chance para salvar essa situação”, comentou. Sobre a alta variação entre as previsões das chuvas e o que tem sido contestado, Prado confirma a disparidade, mas diz não ter base para avaliar a qualidade e modelo das previsões.

Para o engenheiro Fábio Resende, diretor do Instituto Ilumina, ainda é precoce falar de racionamento, mas revela que o risco está aumentando à medida que as previsões de chuva não se concretizam. “À medida que não tem chuva você vai esvaziando o reservatório... Tem que ver se todas essas térmicas que foram contratadas têm condição de gerar. Se houver problema na geração das térmicas também, vai faltar energia, mas por enquanto é precoce dizer”.

Comentário do ILUMINA: Se ocorrer o racionamento, antes que digam que a culpa é da falta de chuvas, o ILUMINA informa qual foi a Energia Natural Afluente dos últimos anos em termos da média de longo prazo.

Ano
% em relação a média de longo termo
2002
90%
2003
86%
2004
108%
2005
108%
2006
94%
2007
104%
2008
95%
2009
117%
2010
100%
2011
119%
2012 (até novembro)
79%


Como se pode ver, a não ser o corrente ano, S. Pedro tem sido generoso com o sistema elétrico brasileiro. Se a energia natural do sistema de dezembro repetir o pior valor desse histórico de 11 anos, o percentual de 2012 em relação à média chega a 85%, o que, não é uma desgraça.


É preciso lembrar que em 2013 os reservatórios esvaziam outra vez e, se não se conseguir enchê-los, a situação pode se repetir.

O problema não está na ausência de chuvas, mas sim em dissidências metodológicas entre a EPE (planejamento) e ONS (operação). Agravando a situação, apesar de não ser admitido pelas autoridades, desconfiamos que o despacho térmico foi adiado em função da elaboração da medida que quer reduzir tarifas da pior maneira possível, intervindo de forma inédita e abrupta na receita das geradoras.

Rio São Francisco pode ser extinto, diz biólogo.


Após quatro anos de monitoramento do rio e das obras de transposição de parte das águas do São Francisco, o biólogo José Alves Siqueira, 41, e outros 99 pesquisadores alertam: o rio está em processo de "extinção inexorável".


Governo afirma que área afetada por transposição será recuperada

O professor integra a equipe da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco), em Petrolina (PE), contratada pelo governo federal para fazer o inventário da flora e da fauna ao longo de todo o trecho da obra.

Divulgação
O biólogo José Alves de Siqueira, da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco)

O resultado encontrado no rio e nos 469 quilômetros de canais está no livro "Floras das Caatingas do Rio São Francisco: História Natural e Conservação" (Andrea Jackobsson Estúdio). Leia os principais trechos da entrevista.

*

Folha - O título do primeiro capítulo do livro assusta: "A extinção inexorável do rio São Francisco". Como vocês identificaram esse processo e por que o consideram inexorável?

José Alves Siqueira - Eu fiz uma pesquisa minuciosa sobre todos os problemas históricos que ocorreram no São Francisco desde o seu descobrimento. A gente teve um dos rios mais piscosos do país. Com as barragens [Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso e Xingó], a gente perdeu todos aqueles peixes que sobem as corredeiras para se reproduzir. O São Francisco é o rio mais barrado do Brasil.

Se as coisas continuarem do jeito que estão, quanto tempo o São Francisco ainda tem?


A gente não tem como fazer um cálculo preciso. O processo está em curso, o rio está sofrendo profundamente com o desmatamento de suas matas ciliares.

Qual a participação da transposição neste processo?


Existe um passivo ambiental da obra, em torno de R$ 20 milhões, R$ 25 milhões. Esse recurso deve ser usado para implementar unidades de conservação. Podemos transformar o problema da transposição numa oportunidade.

Na prática, como a obra da transposição está colaborando com o processo?


Ainda não temos as respostas claras. A gente encontrou 62 espécies exóticas invasoras, que não são da flora brasileira, já nas áreas do canal. Quando ela [a invasora] chega, ocupa espaço de espécies nativas e provoca destruição das outras.

O senhor é favorável à obra?



A gente não está discutindo se é a favor ou contra porque a obra já está em curso. Hoje o nosso papel é tentar mitigar os impactos. Os impactos existem. [Mas] o que a gente pode fazer para tornar isso razoavelmente viável?

O senhor fala que ainda tem muito a se avançar nesse processo de mitigação dos impactos. Como?



Algo para ser feito em caráter emergencial [é] a implementação dos programas de recuperação de áreas degradadas. As grandes empreiteiras têm obrigação de implementar esses planos de recuperação. Isso não está acontecendo. Quando oferecem a possibilidade de fazer, fazem com espécies exóticas invasoras. A gente tem um conjunto de oportunidades que não pode perder vista. Não teremos uma segunda oportunidade. Não há nada de sensacionalista nisso. Não é uma crítica gratuita.

Qual o papel dessa estiagem prolongada no Nordeste neste processo de extinção do rio?



É mais um agravante porque a demanda por água aumenta. Os bancos de areia no São Francisco estão cada vez maiores. A gente está vivendo um processo de aquecimento global e a caatinga é o lugar do Brasil mais suscetível a essas mudanças climáticas.


Colegas:

A caatinga e o cerrado, floristicamente relacionados com a mata atlântica, estão sendo dizimados, como todas as outras formas da mata atlântica.
A produção de lenha comanda a destruição, legal ou ilegalmente, e, em seguida, agricultura, produção mineral, coleta vegetal e expansão urbana.
O fogo e a caça são presenças constantes e avassaladoras.


Já se destruiu demais dessas formações insubstituíveis, da qual dependem milhares de espécies animais e vegetais exclusivas, ou que tem aí contingentes populacionais importantes.


Pouquíssimas unidades de conservação na área da caatinga e do cerrado, de extensão reduzida, altamente desconectadas, parcas de recursos e de  servidores e repletas de espécies exóticas invasoras, não garantem  conservação perene nem mesmo das espécies abundantes e comuns, quanto mais do “tatu-bola” e de outras espécies raras, endêmicas e ameaçadas.


Que 2013 traga ótimas notícias e bons sucessos para a caatinga e para nós!

Celso

Celso do Lago Paiva


Instituto Pró-Endêmicas Curvelo MG.


Rio São Francisco pode ser extinto, diz biólogo.


Após quatro anos de monitoramento do rio e das obras de transposição de parte das águas do São Francisco, o biólogo José Alves Siqueira, 41, e outros 99 pesquisadores alertam: o rio está em processo de "extinção inexorável".


Governo afirma que área afetada por transposição será recuperada

O professor integra a equipe da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco), em Petrolina (PE), contratada pelo governo federal para fazer o inventário da flora e da fauna ao longo de todo o trecho da obra.

Divulgação
O biólogo José Alves de Siqueira, da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco)

O resultado encontrado no rio e nos 469 quilômetros de canais está no livro "Floras das Caatingas do Rio São Francisco: História Natural e Conservação" (Andrea Jackobsson Estúdio). Leia os principais trechos da entrevista.

*

Folha - O título do primeiro capítulo do livro assusta: "A extinção inexorável do rio São Francisco". Como vocês identificaram esse processo e por que o consideram inexorável?

José Alves Siqueira - Eu fiz uma pesquisa minuciosa sobre todos os problemas históricos que ocorreram no São Francisco desde o seu descobrimento. A gente teve um dos rios mais piscosos do país. Com as barragens [Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso e Xingó], a gente perdeu todos aqueles peixes que sobem as corredeiras para se reproduzir. O São Francisco é o rio mais barrado do Brasil.

Se as coisas continuarem do jeito que estão, quanto tempo o São Francisco ainda tem?


A gente não tem como fazer um cálculo preciso. O processo está em curso, o rio está sofrendo profundamente com o desmatamento de suas matas ciliares.

Qual a participação da transposição neste processo?


Existe um passivo ambiental da obra, em torno de R$ 20 milhões, R$ 25 milhões. Esse recurso deve ser usado para implementar unidades de conservação. Podemos transformar o problema da transposição numa oportunidade.

Na prática, como a obra da transposição está colaborando com o processo?


Ainda não temos as respostas claras. A gente encontrou 62 espécies exóticas invasoras, que não são da flora brasileira, já nas áreas do canal. Quando ela [a invasora] chega, ocupa espaço de espécies nativas e provoca destruição das outras.

O senhor é favorável à obra?



A gente não está discutindo se é a favor ou contra porque a obra já está em curso. Hoje o nosso papel é tentar mitigar os impactos. Os impactos existem. [Mas] o que a gente pode fazer para tornar isso razoavelmente viável?

O senhor fala que ainda tem muito a se avançar nesse processo de mitigação dos impactos. Como?



Algo para ser feito em caráter emergencial [é] a implementação dos programas de recuperação de áreas degradadas. As grandes empreiteiras têm obrigação de implementar esses planos de recuperação. Isso não está acontecendo. Quando oferecem a possibilidade de fazer, fazem com espécies exóticas invasoras. A gente tem um conjunto de oportunidades que não pode perder vista. Não teremos uma segunda oportunidade. Não há nada de sensacionalista nisso. Não é uma crítica gratuita.

Qual o papel dessa estiagem prolongada no Nordeste neste processo de extinção do rio?



É mais um agravante porque a demanda por água aumenta. Os bancos de areia no São Francisco estão cada vez maiores. A gente está vivendo um processo de aquecimento global e a caatinga é o lugar do Brasil mais suscetível a essas mudanças climáticas.


Colegas:

A caatinga e o cerrado, floristicamente relacionados com a mata atlântica, estão sendo dizimados, como todas as outras formas da mata atlântica.
A produção de lenha comanda a destruição, legal ou ilegalmente, e, em seguida, agricultura, produção mineral, coleta vegetal e expansão urbana.
O fogo e a caça são presenças constantes e avassaladoras.


Já se destruiu demais dessas formações insubstituíveis, da qual dependem milhares de espécies animais e vegetais exclusivas, ou que tem aí contingentes populacionais importantes.


Pouquíssimas unidades de conservação na área da caatinga e do cerrado, de extensão reduzida, altamente desconectadas, parcas de recursos e de  servidores e repletas de espécies exóticas invasoras, não garantem  conservação perene nem mesmo das espécies abundantes e comuns, quanto mais do “tatu-bola” e de outras espécies raras, endêmicas e ameaçadas.


Que 2013 traga ótimas notícias e bons sucessos para a caatinga e para nós!

Celso

Celso do Lago Paiva


Instituto Pró-Endêmicas Curvelo MG.


propostas salvadoras da pátria como de instalar usinas nucleares no pais, termeletricas a carvão mineral, óleo combustível, óleo diesel, etc.

Abaixo (anexo) um breve artigo que fala destas soluções estapafúrdias. Cordialmente,

Heitor.

Energia para poluir

Heitor Scalambrini Costa

Professor da Universidade Federal de Pernambuco

Energia sem dúvida é um dos temas mais relevantes neste século XXI. É da cadeia produtiva da energia hoje utilizada no mundo, que se produz a maior quantidade dos chamados gases de  efeito estufa (GEE), que tem provocado o aumento médio da temperatura do planeta, e assim as mudanças climáticas e todas suas conseqüências.

Para efeitos didáticos se classifica a fonte energética em não renovável e renovável. As não renováveis são aquelas predominantes no mundo, correspondendo a mais de 2/3 do consumo mundial. Provêm dos combustíveis fósseis: petróleo/derivados, carvão mineral, gás natural. E também dos minérios radioativos. Por sua vez são esgotáveis, possuindo alto potencial poluente, e produzindo gases e resíduos altamente prejudiciais à saúde humana, de todos seres vivos, e do meio ambiente. Já as fontes renováveis, são inesgotáveis oriundas da própria natureza, do Sol, dos ventos, da biomassa (toda matéria orgânica), das águas dos rios, mares e oceanos; possuindo baixo potencial poluente.

Estes energéticos não renováveis, da revolução industrial até os dias atuais, tiveram um papel de destaque na chamada sociedade moderna. Receberam e recebem dos governos, apoios extraordinários no que concerne aos recursos financeiros e aos subsídios. No Brasil esta situação não é muito diferente, bastando verificar o montante de recursos alocados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para os combustíveis fósseis, em particular o petróleo e gás natural, em relação às fontes renováveis de energia.

Com a evolução da ciência e da tecnologia, o que sempre foi considerado bom, barato, aceitável e necessário para movimentar a economia mundial, começou a ser reavaliado, questionado e criticado. Mitos sobre as fontes energéticas não renováveis foram desvendados. O que alguns acreditavam ser a garantia do conforto nos lares, dos povos, a mobilidade, o lazer, a prosperidade, a tranqüilidade e a paz social, agora é sinônimo de destruição, guerra, desastres ambientais, doenças para as pessoas, e até risco para a própria sobrevivência da raça humana.

Daí a consciência cada vez maior da necessidade da transição para uma nova era, a era das fontes renováveis de energia.

Mas eis que surge a poderosa indústria petrolífera, e aquel@s interessados em prolongar mais a vida dos combustíveis fósseis sobre o planeta. A promessa agora é de oferecer uma energia barata e abundante, deixando de lado o investimento em energias menos sujas, renováveis. O negócio agora é o gás de xisto.

Esta “solução energética” profetizada pela industria petrolífera norte americana, e apoiada por uma parte importante da classe política e por setores da mídia, exalta a questão da segurança nacional, o nacionalismo, através da obtenção, através do gás de xisto, da auto-suficiência. Os EUA ainda compram mais da metade do petróleo que consomem, cerca de 56%, importando 22% do Canadá, 12% do México e 22% do Iraque.

Alardeiam para o povo americano e para o mundo a abundância das reservas existentes, dezenas e centenas de trilhões equivalentes de barris de petróleo. Propagandeiam uma “nova era de energia barata”, e as vantagens econômicas advindas do uso deste energético. São divulgados custos da ordem de 55 a 65 dólares o barril equivalente de petróleo de 159 litros. Mais de 25 vezes os 6 dólares que custava a extração de um barril de petróleo no Mar do Norte. Todavia, não revelam o caráter predatório e as peripécias para extrair o gás da rocha betuminosa, e o alto poder poluente na extração, no transporte e no uso final.

Aquecimento global, mudança climática provocada pela influência do modo de vida (consumir e produzir) e seu modelo predador, não existem para esta parte tão influente da sociedade mundial. O que existe são simplesmente os interesses econômicos, os “negócios”, a ânsia de consumidores, que acreditam assim garantir o conforto dos lares, dos povos, a mobilidade, o lazer, a prosperidade, a tranqüilidade e a paz social. Mesmo que para isso coloque em risco a vida do planeta e de todos seus habitantes.

Nestes tempos de crise energética batendo as portas do país, devemos ficar com a “pulga atrás das orelhas” diante das propostas mirabolantes, salvadoras da pátria, como de instalação de usinas nucleares, de termelétricas a carvão mineral, a óleo combustível/diesel...

Aventura Selvagem em Cabaceiras - Paraíba

Rodrigo Castro, fundador da Associação Caatinga, da Asa Branca e da Aliança da Caatinga

Bioma Caatinga

Vale do Catimbau - Pernambuco

Tom da Caatinga

A Caatinga Nordestina

Rio São Francisco - Momento Brasil

O mundo da Caatinga