Caatinga - Foto: Edílton Araújo
O Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga - CERBCAA/PE, participou na última sexta-feira(13.05), do I Workshop para seleção de áreas prioritárias para criação de Unidades de Conservação no Bioma Caatinga, realizado no auditório da Sectec. Representaram o Comitê no evento, o Cordenador Geral, Elcio Alves de Barros, o Secretário Executivo Marcelo Teixeira, o Diretor da Ong EMA, Alípio Carvalho Filho e a apresentação da proposta da Câmara Técnica do Comitê foi realizada pelo engenheiro florestal da APNE, Frans Pareyn.
A Secretaria estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade - Semas - identificou nove novas áreas com grande potencial de conservação no Bioma Caatinga. A proposição foi realizada durante o I Workshop de Seleção de Áreas Prioritárias para Conservação do Bioma, por um grupo de trabalho formado pela Semas, Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Codevasf, Ibama, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade e Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga em Pernambuco (CERBCAA/PE) e Ministério do Meio Ambiente.
“Foram mapeadas seis áreas prioritárias para criação de unidades de conservação, que totalizam 270 mil hectares, além das propostas das instituições parceiras. Precisamos deter a degradação deste bioma exclusivo do Brasil, evitar a desertificação e nos prevenir em relação aos impactos do aquecimento global”, disse o secretário estadual de meio ambiente Sérgio Xavier. No próximo dia 20 o grupo de trabalho volta a se reunir para aprofundar os estudos e chegar à listagem final das futuras unidades de conservação.
Segundo o coordenador do Núcleo Caatinga no Ministério do Meio Ambiente, João Arthur Soccal Seyfarth, a devastação dos 826.411,23 km² mapeados na região semiárida brasileira, passou de 43,38% para 45,39% em sete anos, de 2002 a 2008. Em Pernambuco, com 81.141 Km², 43.363 km² já foram devastados ou 53,44% da área. Seyfarth está articulando um movimento para pressionar a aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional que transforma a Caatinga e o Cerrado em patrimônio nacional, assim como a Mata Atlântica e a Amazônia.
O Bioma Caatinga, no qual estão abrigados 27 milhões de pessoas e cerca de 11% do território nacional, está em ritmo acelerado de devastação, segundo números apresentados em abril, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. Os dados revelam que 2,8 mil Km2 do bioma são transformados em lenha anualmente. O total equivale a 40% da matriz energética da região, uma das mais sujas do Brasil, e corresponde à extensão de duas cidades do Rio de Janeiro.
Segundo levantamento do Laboratório de Metereologia de Pernambuco (Lamepe) a região do Araripe, no Sertão pernambucano, já apresenta alterações nos ciclos de temperatura e precipitação pluviométrica, com maiores temperaturas e aumento dos períodos sem chuva. No período de 1963 a 2008, foi verificada e comprovada uma diminuição real dos períodos de chuva. “Em 45 anos, o Sertão do Pajeú mostra redução de 8,3 milímetros por ano, enquanto que nos sertões do Araripe e Petrolina mostram diminuição de 10,1 mm e 4,2 mm respectivamente. Já para o Agreste e a Zona da Mata, a redução por ano é de 7 mm e 4,1 mm respectivamente”, explica a coordenadora do Lamepe, Francis Lacerda.
Os dados estão sendo monitorados por torres de gás carbônico instaladas no Araripe e em Petrolina e serão utilizados em modelos atmosféricos capazes de gerar cenários futuros de como estará o clima e a caatinga em 2015, 2020, 2030 e 2050. Os respectivos cenários apresentarão uma escala que varia segundo as condições climáticas mais otimista e pessimista.
Tais alterações comprovam os efeitos devastadores da extinção das vegetação original do Bioma. Por essa razão é fundamental a criação de novas reservas para amenizar os impactos das mudanças climáticas.
A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, ocupa cerca de 850 mil Km2 nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o Norte de Minas Gerais. As áreas originais remanescentes se encontram muito fragmentadas, o que dificulta a reconstituição natural do bioma. Do total de unidades de conservação na Caatinga, apenas 1% é área de proteção integral. Dos 13 principais tipos de vegetação reconhecidos no bioma, quatro ainda não estão representados em nenhum tipo de UC.
(Fonte: AchixBeta Notícias)
A Secretaria estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade - Semas - identificou nove novas áreas com grande potencial de conservação no Bioma Caatinga. A proposição foi realizada durante o I Workshop de Seleção de Áreas Prioritárias para Conservação do Bioma, por um grupo de trabalho formado pela Semas, Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Codevasf, Ibama, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade e Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga em Pernambuco (CERBCAA/PE) e Ministério do Meio Ambiente.
“Foram mapeadas seis áreas prioritárias para criação de unidades de conservação, que totalizam 270 mil hectares, além das propostas das instituições parceiras. Precisamos deter a degradação deste bioma exclusivo do Brasil, evitar a desertificação e nos prevenir em relação aos impactos do aquecimento global”, disse o secretário estadual de meio ambiente Sérgio Xavier. No próximo dia 20 o grupo de trabalho volta a se reunir para aprofundar os estudos e chegar à listagem final das futuras unidades de conservação.
Segundo o coordenador do Núcleo Caatinga no Ministério do Meio Ambiente, João Arthur Soccal Seyfarth, a devastação dos 826.411,23 km² mapeados na região semiárida brasileira, passou de 43,38% para 45,39% em sete anos, de 2002 a 2008. Em Pernambuco, com 81.141 Km², 43.363 km² já foram devastados ou 53,44% da área. Seyfarth está articulando um movimento para pressionar a aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional que transforma a Caatinga e o Cerrado em patrimônio nacional, assim como a Mata Atlântica e a Amazônia.
O Bioma Caatinga, no qual estão abrigados 27 milhões de pessoas e cerca de 11% do território nacional, está em ritmo acelerado de devastação, segundo números apresentados em abril, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. Os dados revelam que 2,8 mil Km2 do bioma são transformados em lenha anualmente. O total equivale a 40% da matriz energética da região, uma das mais sujas do Brasil, e corresponde à extensão de duas cidades do Rio de Janeiro.
Segundo levantamento do Laboratório de Metereologia de Pernambuco (Lamepe) a região do Araripe, no Sertão pernambucano, já apresenta alterações nos ciclos de temperatura e precipitação pluviométrica, com maiores temperaturas e aumento dos períodos sem chuva. No período de 1963 a 2008, foi verificada e comprovada uma diminuição real dos períodos de chuva. “Em 45 anos, o Sertão do Pajeú mostra redução de 8,3 milímetros por ano, enquanto que nos sertões do Araripe e Petrolina mostram diminuição de 10,1 mm e 4,2 mm respectivamente. Já para o Agreste e a Zona da Mata, a redução por ano é de 7 mm e 4,1 mm respectivamente”, explica a coordenadora do Lamepe, Francis Lacerda.
Os dados estão sendo monitorados por torres de gás carbônico instaladas no Araripe e em Petrolina e serão utilizados em modelos atmosféricos capazes de gerar cenários futuros de como estará o clima e a caatinga em 2015, 2020, 2030 e 2050. Os respectivos cenários apresentarão uma escala que varia segundo as condições climáticas mais otimista e pessimista.
Tais alterações comprovam os efeitos devastadores da extinção das vegetação original do Bioma. Por essa razão é fundamental a criação de novas reservas para amenizar os impactos das mudanças climáticas.
A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, ocupa cerca de 850 mil Km2 nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o Norte de Minas Gerais. As áreas originais remanescentes se encontram muito fragmentadas, o que dificulta a reconstituição natural do bioma. Do total de unidades de conservação na Caatinga, apenas 1% é área de proteção integral. Dos 13 principais tipos de vegetação reconhecidos no bioma, quatro ainda não estão representados em nenhum tipo de UC.
(Fonte: AchixBeta Notícias)
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