sexta-feira, 9 de julho de 2021

 Meus Prezados,

A produção de grãos é assunto de destaque no trabalho de Zoneamento de Riscos Climáticos desenvolvido pela Embrapa, para diversas culturas agrícolas nas regiões brasileiras. No caso específico do milho, esse trabalho delineia áreas onde é possível a prática agrícola dessa cultura, de forma segura, levando-se em conta as características ambientais da região, principalmente de clima e solos adequados ao plantio. Esse trabalho também protege os produtores rurais, em casos de insucessos na condução dos cultivares, devido as intempereis da natureza, assegurando-lhes indenizações em caso de quebras de safras. Nesse caso, seria mais do que justa as reivindicações dos produtores, ao seguro safra, com vistas ao ressarcimento de algum prejuízo que porventura ele viesse a ter, ocasionado pelas secas prolongadas, veranicos, enchentes, geadas, ventos fortes, entre outras. No caso nordestino, as quebras de safras das culturas de subsistência (principalmente de milho e feijão) têm sido uma constante. Esse fato decorre, provavelmente, de plantios realizados de forma inadequada, fora do Zoneamento de riscos climáticos, portanto em locais inapropriados ao desenvolvimento dessas culturas. As chuvas necessárias, na fase de “boneca” do milho, costumam não cair, ocasionando quebra nas safras. A falta de orientação técnica certamente é a principal causadora desses insucessos. O produtor rural, sem orientação, costuma agir de forma atávica, seguindo a tradição dos plantios realizados por seus antepassados, iniciando esse processo na ocorrência das primeiras chuvas, independentemente de estar, ou não, inserido em regiões de precipitações mais equilibradas e, portanto, mais adequadas aos plantios.  Outras chuvas não voltam a ocorrer, resultando, com isso, em uma angustiante “espera” por parte do produtor. Com chuvas lotéricas, na maioria das vezes, as chances de sucesso na obtenção de boas colheitas são drasticamente reduzidas e com enormes riscos à vida do produtor e de sua família. No semiárido, esse quadro tem que mudar para o bem do desenvolvimento da região. As tecnologias de convivência com as secas estão postas no campo e poderão ser a mola mestra para o alcance do tão almejado desenvolvimento.  

]Circulei a informação nas redes sociais e a encaminhei para edição no Observa Fundaj

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário


Aventura Selvagem em Cabaceiras - Paraíba

Rodrigo Castro, fundador da Associação Caatinga, da Asa Branca e da Aliança da Caatinga

Bioma Caatinga

Vale do Catimbau - Pernambuco

Tom da Caatinga

A Caatinga Nordestina

Rio São Francisco - Momento Brasil

O mundo da Caatinga