quarta-feira, 18 de dezembro de 2013


Cisternas que ajudariam famílias na seca são instaladas em lugares irregulares em Pernambuco


Janeiro marca o início da estação chuvosa no sertão de Pernambuco e é preciso instalar as cisternas a tempo de armazenar a água que cai do céu para atravessar o período de escassez que sempre vem depois.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/12/cisternas-que-ajudariam-familias-na-seca-sao-instaladas-em-lugares-irregulares-em-pernambuco.html

Em Pernambuco, os nossos repórteres encontraram problemas no uso de um sistema de proteção contra os efeitos da estiagem. Muitas cisternas, que deveriam armazenar água durante o período de chuvas, foram instaladas em lugares irregulares.

Em Ipubi, no Sertão de Pernambuco, 608 famílias se cadastraram para receber uma cisterna. Dona Raimunda Maria de Jesus espera o reservatório há um ano. Enquanto isso, ela conta com a solidariedade do vizinho para matar a sede dos sete filhos.

“Tem dia que meus filhos não vão nem pra aula por causa da falta d’água”, conta.

As famílias têm pressa. Depois de um longo período de seca, a temporada de chuvas está pra chegar. Janeiro marca o início da estação chuvosa no sertão de Pernambuco e é preciso instalar as cisternas a tempo de armazenar a água que cai do céu para atravessar o período de escassez que sempre vem depois.

Cada cisterna custa cerca de R$ 5.800 e pode armazenar 16 mil litros de água. Só as famílias da zona rural, com renda muito baixa e que não têm outra cisterna poderiam ser beneficiadas. Mas enquanto muitos não têm água em casa, encontramos várias das novas cisternas instaladas irregularmente.

Um sítio já tem uma cisterna de concreto. Mas uma de plástico também foi instalada. Outra cisterna foi colocada numa casa em ruínas.

Em outro terreno, ela está num local onde existe apenas um pequeno depósito. O telhado não tem o tamanho suficiente para recolher a água para a cisterna.

Já outra veio parar na área urbana. A companhia de desenvolvimento dos vales do São Francisco e do Parnaíba, responsável pela instalação das cisternas, diz que vai fazer uma vistoria e recolher todas as que foram instaladas em locais irregulares.

“A cisterna será removida e será direcionada a quem de fato necessita. A gente não pode deixar que uma pessoa fique sem acesso à cisterna enquanto outro que já tem condição fique com a cisterna”, declarou Augusto Beserra, gerente regional de revitalização da Codevasf.

Sobre o assunto:


Na cidade de Ipubi, reservatórios estão em depósito improvisado. Codevasf reconhece demora, mas não dá prazo para iniciar serviço.

 Fonte para edição no Rema:

Marcos Carnaúba
Eng.º Civil Crea 3034 D -PE/FN
Tels. 82.9981.6748
E-mail:marcarnauba@gmail.com
Maceió - Alagoas - Brasil
Skype: marcarnauba 

COMENTÁRIOS

João Suassuna - Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, Recife

Fica clara que a questão da distribuição de água no Semiárido virou um prostíbulo! Não é possível que inescrupulosos façam política com o sofrimento e a miséria do povo! As cisternas estão sendo instaladas em locais inapropriados e, ainda por cima, abastecendo pessoas que não as necessitam. Isso é caso para a Polícia Federal entrar em cena! Já éramos contrários à instalação de cisternas de plástico, pelos problemas que vinham apresentando, seja no caríssimo transporte em caminhões, seja nos danos causados no equipamento pelo excessivo calor da região. Agora surgiu essa novidade: seu uso inescrupuloso! Precisamos dar um basta em tudo isso! É preciso que se apurem essas denúncias de forma clara e que se ponha esses espertalhões na cadeia! O Semiárido não merece isso!

por João Suassuna — Última modificação 17/12/2013 09:45

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