Cisternas que ajudariam famílias na
seca são instaladas em lugares irregulares em Pernambuco
Janeiro marca o início da estação
chuvosa no sertão de Pernambuco e é preciso instalar as cisternas a tempo de
armazenar a água que cai do céu para atravessar o período de escassez que
sempre vem depois.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/12/cisternas-que-ajudariam-familias-na-seca-sao-instaladas-em-lugares-irregulares-em-pernambuco.html
Em Pernambuco,
os nossos repórteres encontraram problemas no uso de um sistema de proteção
contra os efeitos da estiagem. Muitas cisternas, que deveriam armazenar água
durante o período de chuvas, foram instaladas em lugares irregulares.
Em Ipubi,
no Sertão de Pernambuco, 608 famílias se cadastraram para receber uma cisterna.
Dona Raimunda Maria de Jesus espera o reservatório há um ano. Enquanto isso,
ela conta com a solidariedade do vizinho para matar a sede dos sete filhos.
“Tem dia que meus filhos não vão nem pra aula por causa da falta d’água”, conta.
As famílias têm pressa. Depois de um longo
período de seca, a temporada de chuvas está pra chegar. Janeiro marca o início
da estação chuvosa no sertão de Pernambuco e é preciso instalar as cisternas a
tempo de armazenar a água que cai do céu para atravessar o período de escassez
que sempre vem depois.
Cada cisterna custa cerca de R$ 5.800 e pode
armazenar 16 mil litros de água. Só as famílias da zona rural, com renda muito
baixa e que não têm outra cisterna poderiam ser beneficiadas. Mas enquanto
muitos não têm água em casa, encontramos várias das novas cisternas instaladas
irregularmente.
Um sítio já tem uma cisterna de concreto. Mas uma
de plástico também foi instalada. Outra cisterna foi colocada numa casa em
ruínas.
Em outro terreno, ela está num local onde existe
apenas um pequeno depósito. O telhado não tem o tamanho suficiente para
recolher a água para a cisterna.
Já outra veio parar na área urbana. A companhia
de desenvolvimento dos vales do São Francisco e do Parnaíba, responsável pela
instalação das cisternas, diz que vai fazer uma vistoria e recolher todas as
que foram instaladas em locais irregulares.
“A cisterna será removida e será direcionada a
quem de fato necessita. A gente não pode deixar que uma pessoa fique sem acesso
à cisterna enquanto outro que já tem condição fique com a cisterna”, declarou
Augusto Beserra, gerente regional de revitalização da Codevasf.
Sobre o assunto:
Na cidade de Ipubi, reservatórios
estão em depósito improvisado. Codevasf reconhece demora, mas não dá prazo para
iniciar serviço.
Fonte para edição no Rema:
Marcos Carnaúba
Eng.º Civil Crea 3034 D -PE/FN
Tels. 82.9981.6748
E-mail:marcarnauba@gmail.com
Maceió - Alagoas - Brasil
Skype: marcarnauba
COMENTÁRIOS
João Suassuna - Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, Recife
Fica clara que a questão da distribuição de água
no Semiárido virou um prostíbulo! Não é possível que inescrupulosos façam
política com o sofrimento e a miséria do povo! As cisternas estão sendo
instaladas em locais inapropriados e, ainda por cima, abastecendo pessoas que
não as necessitam. Isso é caso para a Polícia Federal entrar em cena! Já éramos
contrários à instalação de cisternas de plástico, pelos problemas que vinham
apresentando, seja no caríssimo transporte em caminhões, seja nos danos
causados no equipamento pelo excessivo calor da região. Agora surgiu essa novidade:
seu uso inescrupuloso! Precisamos dar um basta em tudo isso! É preciso que se
apurem essas denúncias de forma clara e que se ponha esses espertalhões na
cadeia! O Semiárido não merece isso!
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