São Francisco: Ministro anuncia estudos para eixo sul da transposição.
A Tarde Online
07/12/2011
http://www.atarde.com.br/politica/noticia.jsf?id=5790515&t=Sao+Francisco:+Ministro+anuncia+estudos+para+eixo+sul+da+transposicao
João Pedro Pitombo
Mino Carta, Wagner e o ministro durante evento da Carta Capital.
A Tarde Online
07/12/2011
http://www.atarde.com.br/politica/noticia.jsf?id=5790515&t=Sao+Francisco:+Ministro+anuncia+estudos+para+eixo+sul+da+transposicao
João Pedro Pitombo
Mino Carta, Wagner e o ministro durante evento da Carta Capital.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, anunciou nesta terça, 06, em Salvador que o governo federal já iniciou os estudos para construção do eixo sul da transposição do Rio São Francisco. A obra, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), conta originalmente com dois eixos que vão levar água para as regiões mais secas de Pernambuco, Paraíba e Ceará.
Em palestra no evento da série Diálogos Capitais, da revista CartaCapital, Bezerra Coelho afirmou que o terceiro eixo do projeto partirá do município baiano de Rodelas, a 554 quilômetros de Salvador, em direção ao interior do Estado. “Pretendemos levar água e garantir segurança hídrica para as regiões mais secas da Bahia”, destacou o ministro, ressaltando que o objetivo é concluir os estudos sobre o eixo sul em meados de 2013: “A partir dos estudos, teremos uma noção do traçado, além de uma perspectiva de custo para implantação do projeto”.
O anúncio foi feito pelo ministro num momento em que as obras da transposição tem sofrido reveses. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) no eixo leste da obra apontou problemas como atrasos na execução do projeto, falta de fiscalização nos trechos e superfaturamento de preços, que resultaram em prejuízos da ordem de R$ 8,6 milhões. Realizada entre junho de 2010 e maio de 2011, a auditoria constatou que a obra já excedeu o orçamento original em mais de 30% do valor original. Segundo reportagem do jornal Estado de S. Paulo, que percorreu trechos da obra em andamento, o projeto exibe sinais de abandono como rachaduras, vergalhões de aço retorcidos e estruturas de concreto estouradas.
De acordo com o ministro Fernando Bezerra Coelho, a obra de tranposição neste momento possui quatro mil trabalhadores, atuando em dez das 16 frentes de trabalho. “Estamos negociando para retomada das obras nas outras seis frentes”, garantiu o ministro. A paralisação das seis frentes é resultado de impasses nas negociações com as construtoras, que querem novos aditivos ao valor do contrato por conta de gastos não previstos no projeto inicial.
Diante de tal panorama, o ministro afirmou que a previsão é que as obras do eixo leste sejam entregues em 2014 e as do eixo norte em 2015. Na proposta original, ambos os eixos seriam inaugurados em 2010. Com os atrasos, o orçamento inicial, que era de R$ 5 bilhões, foi revisto para R$ 6,8 bilhões.
Preocupação - A possibilidade de criação de mais um novo canal de vazão das águas do rio São Francisco é motivo de preocupação para os ambientalistas. Na avaliação do presidente do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá), Renato Cunha, é preciso avaliar de maneira minuciosa se o rio tem capacidade de atender a mais um canal de transposição.
“O São Francisco já possui os seus problemas: a revitalização ainda não foi realizada concretamente e as obras dos dois eixos da transposição tem diversos problemas técnicos”, pondera o ambientalista. Ele ressalta que a construção de um novo eixo não necessariamente vai resolver os problemas de segurança hídrica do semiárido baiano. “Os problemas do semiárido são difusos e estão geograficamente espalhados. É preciso investir em projetos que atendam onde está a população”, destaca.
“O São Francisco já possui os seus problemas: a revitalização ainda não foi realizada concretamente e as obras dos dois eixos da transposição tem diversos problemas técnicos”, pondera o ambientalista. Ele ressalta que a construção de um novo eixo não necessariamente vai resolver os problemas de segurança hídrica do semiárido baiano. “Os problemas do semiárido são difusos e estão geograficamente espalhados. É preciso investir em projetos que atendam onde está a população”, destaca.
Fonte para edição no Rema:
Ruben Siqueira - siqueira.ruben@gmail.com
Comissão Pastoral da Terra / Bahia
Articulação Popular São Francisco Vivo
Ruben Siqueira - siqueira.ruben@gmail.com
Comissão Pastoral da Terra / Bahia
Articulação Popular São Francisco Vivo
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