terça-feira, 31 de agosto de 2010

CRESCIMENTO DO IMBUZEIRO NA CAATINGA DEGRADADA AOS 6 ANOS

Ainda do Dr. Nilton de Brito Cavalcanti:


O CRESCIMENTO DO IMBUZEIRO NA CAATINGA DEGRADADA AOS 6 ANOS






A foto

Nesta foto podemos observar o sistema radicular de uma planta de imbuzeiro com 6 anos de crescimento em uma área de caatinga degradada. A fotografia foi obtida na Embrapa Semiárido, Petrolina, PE em 14 de abril de 2003.

O fato


O imbuzeiro é uma planta de crescimento muito lento. Na fotografia podemos observar o sistema radicular de uma planta de imbuzeiro aos seis anos de crescimento em uma área de caatinga degradada. Os resultados obtidos aos seis anos foram os seguintes: altura da planta 1,49 m, o diâmetro basal do caule ao nível do solo de 6,31 cm. A circunferência do caule ao nível do solo foi de 15,51 cm. A altura da copa foi de 1,28 m. O maior e o menor diâmetro da copa foram de 2,38 e 1,95 m, respectivamente. As raízes horizontais e verticais mediram 2,29 e 1,31 m, respectivamente. O maior e menor diâmetro das raízes foram de 3,12 e 0,021 cm. O peso da matéria fresca dos galhos e folhas foi de 7,53 kg. As folhas pesaram 1,89 kg e a madeira 5,64 kg. Em relação à produção de xilopódios, foram encontrados 26 com peso total de 4,48 kg. Aos seis anos as plantas produziram uma média de 3 frutos com peso médio de 22,56 g".

COMO ESTUDAR O SISTEMA RADICULAR DO IMBUZEIRO

Mais uma colaboração do Dr. Nilton de Brito Cavalcanti da EMBRAPA:


COMO ESTUDAR O SISTEMA RADICULAR DO IMBUZEIRO

A Foto


Nesta foto podemos observar como é realizado o estudo do sistema radicular de uma planta de imbuzeiro em uma área de caatinga degradada. A fotografia foi obtida na Embrapa Semiárido, Petrolina, PE em 12 de março de 2008.

O fato

O estudo do sistema radicular do imbuzeiro requer cuidados especiais para que todas as raízes e

xilopódios sejam localizadas e mensuradas. A retirada do solo exige muito cuidado, visto que, as ferramentas podem danificar as raízes e distorce as informações obtidas. Dependendo do solo onde esta localizada a planta de imbuzeiro a remoção do solo é difícil. Uma das maneiras encontradas para facilitar este trabalho é a utilização de um jato de água com um motor bomba, assim, todo o solo é retirado e as raízes e xilopódios ficam intactas para o estudo."

sábado, 21 de agosto de 2010

A migração do cágado d água na caatinga

Mais uma colaboração do Dr. Nilton de Brito Cavalcanti:

A migração do cágado d água na caatinga





A foto

Nesta foto, podemos observar um cágado-d'água na caatinga. A fotografia foi obtida numa área de caatinga nativa Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em 19 de maio de 2010.
O fato
Os cágados-d água, geralmente são encontrados nos riachos e rios temporários da região semiárida do Nordeste. Na caatinga são encontradas duas espécies de cágado, a Phrynops geoffroanus e P. tuberculatus, estas podem ser encontradas em riachos, rios e açudes da Caatinga. Acredita-se que na época da chuva, esses animais migram dos açudes para os riachos. Este exemplar da foto foi observado deslocando-se na caatinga em busca de locais com água. Como este ano de 2010 não houve chuvas significativas na região, vários cágados têm sido observados na caatinga em busca de fontes de água. Esta migração põe em risco a espécie, visto que, fora dos corpos de água, os cágados são vulneráveis."

A perda da lavoura no sertão de Pernambuco em 2010





Colaboração do Dr. Nilton de Brito Cavalcanti da EMBRAPA:


"A perda da lavoura no sertão de Pernambuco em 2010

A foto

Nesta fotografia podemos ver um agricultor cultivando milho. A fotografia foi obtida no dia 27 de maio de 2010 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.

O fato

As expectativas de irregularidades nas chuvas de 2010 no sertão de Pernambuco se confirmaram. As chuvas não foram suficientes para que os agricultores conseguissem alguma produção das culturas de subsistência, como o milho e o feijão. Na comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE, os agricultores que plantaram com as chuvas de fevereiro não tiveram bons resultados como podemos ver na roça do senhor Alírio Macêdo. As chuvas não foram suficientes para a produção das lavouras. Embora nesta comunidade tenha ocorrido uma precipitação de 306,8 mm na comunidade, os veranicos impediram o desenvolvimento do milho e feijão. Contudo, ainda houve alguma colheita na propriedades onde os agricultores plantaram com as chuvas do final de 2009."

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A colheita de imbu no mês de junho na caatinga




Mais uma colaboração do Dr. Nilton de Brito Cavalcanti, da EMBRAPA:
"A COLHEITA DE IMBU NO MÊS DE JUNHO NA CAATINGA"


A foto

Nesta fotografia podemos ver alguns frutos do imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 14 de junho de 2010 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

A fenologia reprodutiva do imbuzeiro na região semiárida do Estado de Pernambuco ocorre no período de julho a fevereiro, com a brotação e floração de agosto a setembro, a frutificação de outubro a novembro e os frutos maduros de dezembro a fevereiro. Contudo, algumas plantas já apresentam frutos maduros no mês de novembro. O período médio entre o início da frutificação e a maturação plena dos frutos é, em média, de 125 dias com ocorrência de frutos aos 116 dias após a fecundação em algumas plantas. Neste caso, estes frutos tiveram sua fecundação entre os dias 30 de julho a 01 de agosto de 2009. Por outro lado, existem plantas tardias que só iniciam a produção no mês de abril e vão até junho como podemos ver na fotografia. Essas variações contribuem para que a produção do imbuzeiro ocorra em um período mais prolongado. Essas informações também podem ser confirmadas na Ceasa de Recife, PE onde existe registro da chegada de imbu no mês de junho."

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

2º CONGRESSO PANAMERICANO SOBRE PLANTAS E BIOENERGIA



Do INOVA BRASIL postamos a reportagem abaixo:


"Terça-feira, 10 de agosto de 2010


2º Congresso Pan-Americano sobre Plantas e Bioenergia


Energia das plantas

O Brasil deixa no campo até 45 toneladas de galhos e cascas de eucalipto por hectare plantado. Cerca de 5% dessa biomassa se refere a diferentes tipos de açúcares, como frutose, sacarose, glicose e galactose, que poderiam ser transformados em álcool por meio de processos de fermentação.

Com cerca de 4,5 milhões de hectares de eucaliptos plantados no Brasil, o ganho promovido por tal utilização seria muito significativo. Os dados fazem parte da pequisa de Carlos Labate, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), e foram apresentados no 2º Congresso Pan-Americano sobre Plantas e Bioenergia, iniciado domingo (8/8), em São Pedro (SP).

Além da casca de eucalipto, milho, cana-de-açúcar, algas, soja e muitas outras fontes de biocombustível estão no centro das discussões do evento que reúne pesquisadores em química, genética, ecologia e fisiologia, entre outras disciplinas.

“O objetivo do encontro é reunir especialistas em diversas áreas de pesquisa sobre energia a partir de plantas, a fim de construirmos um quadro amplo das diversas questões envolvidas”, disse Marcos Buckeridge, professor do Instituto de Biologia da Universidade de São Paulo (IB) e coordenador do evento.

“Conseguimos reunir, no simpósio, alguns dos principais pesquisadores no mundo nessas áreas”, disse Buckeridge, que é membro da coordenação do programa BIOEN-FAPESP e diretor científico do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em Campinas (SP).
A apresentação de abertura foi feita pelo fisiologista Paul Moore, do Hawaii Agricultural Research Center (HARCK - Estados Unidos), que discorreu sobre a importância e as perspectivas da cultura da cana-de-açúcar para a produção de bioenergia de maneira sustentável ao ambiente.

Moore considera a cana-de-açúcar estratégica para os Estados Unidos conseguirem cumprir as metas assumidas em 2007 de produzir 36 bilhões de galões de combustível a partir de fontes renováveis até o ano de 2022. “Para atingir esse número, a produção [dos biocombustíveis] terá que acelerar e bem rápido”, alertou.

Como solução, o pesquisador propõe o desenvolvimento de novas variedades da planta a partir de cruzamentos entre diferentes famílias. O objetivo seria transformar por hibridização a atual cana-de-açúcar em “cana-de-energia”, um cultivar que teria menores teores de água e de açúcar em troca de fibras mais longas e em maior quantidade.

“As fibras são fundamentais para a chamada segunda geração do etanol, obtido a partir das fibras de celulose. A quantidade de açúcar não é importante nesse caso”, afirmou.

O maior desafio para a produção norte-americana é desenvolver uma espécie de cana-de-açúcar resistente ao frio. A mais cultivada no mundo, a Saccharum officinarum, é tropical e não suporta baixas temperaturas, por isso os países sul-americanos e os africanos são os mais adequados para produzi-la. Nos Estados Unidos, somente o extremo sul do país, que compreende uma pequena parte dos estados da Flórida e do Texas, é capaz de manter plantações.

Moore sugere cruzamentos entre a Saccharum officinarum com cultivares do gênero Miscanthus, uma gramínea que resiste a invernos rigorosos e é encontrada até na mais fria região da Columbia Britânica, no Canadá.

“A espécie híbrida poderia avançar para o norte ocupando primeiro o meio dos Estados Unidos, chegando em uma segunda etapa até o norte do país, que é mais frio”, disse.

O cientista ressalvou os problemas inerentes de novas espécies. “Elas terão comportamento imprevisível e não conhecemos seus efeitos sobre os insetos e sobre as doenças dos vegetais. Não podemos aumentar a produção de biocombustível se ela for ambientalmente insustentável”, disse.

Produção mais eficiente

Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, falou no congresso sobre a história do etanol brasileiro desde a introdução da cana-de-açúcar no país, no século 16, passando pelo programa Proálcool, na década de 1970, em meio à crise do petróleo na época.

“O Brasil começou a utilizar o etanol por necessidade. O país, que gastava, em 1974, US$ 750 milhões em importações de petróleo, passou a pagar mais de US$ 4 bilhões no ano seguinte”, disse.

Brito Cruz destacou que o Estado de São Paulo responde por dois terços da produção nacional atual do combustível, daí a importância de iniciativas como o Programa BIOEN-FAPESP.
Entre os desafios para a pesquisa brasileira nesse setor, Brito Cruz ressaltou o aumento da eficiência dos processos para produção de biocombustível, com a utilização de menos água, menos energia gasta e sem precisar aumentar a área cultivada.

A grande diversidade genética do milho foi tratada por Steve Moose, da Universidade de Illinois (Estados Unidos). Os estudos do cientista indicaram que o milho tem grande capacidade de maximizar a aplicação de nitrogênio, apresentando alta produção em troca de menores doses do macronutriente.

Segundo Mosse, o milho é um bom produtor de açúcares que podem ser convertidos em etanol. Além disso, a planta apresenta grandes oportunidades de melhoria genética e conta com práticas agrícolas bem estabelecidas e conhecidas dos produtores no país, o que facilitaria a produção e a introdução de novas espécies.

O professor Paulo Sergio Graziano Magalhães, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apresentou no encontro o livro Bioetanol de Cana-de-açúcar.

A obra, que será lançada em breve, reúne trabalhos de 139 especialistas, que vão desde desenvolvimento genético e técnicas agrícolas, passando pelas relações de trabalho no campo até políticas públicas envolvidas no desenvolvimento do setor.

Sob a organização geral de Luiz Augusto Barbosa Cortez, professor da Unicamp e coordenador adjunto de Programas Especiais da FAPESP, o livro é dividido em 76 capítulos. Com 992 páginas, estará disponível em português e inglês.

Fonte: Fabio Reynol / Agência FAPESP
Postado por InovaBrasil às 8/10/2010 09:46:00 AM
Marcadores: bioenergia, cooperação, eventos, tecnologia "

PROGRAMA DE INCENTIVO ÀS RPPNS



(Crédito: Vídeo dirigido por Paulo Rufino, em 2003, são 26 minutos de um processo muito bonito e que foi várias vezes premiado. Produzido pelo Conselho Nacional da Reserva da Biosfera de Mata Atrlântica e parceiros, trata do manejo e certificação de recursos florestais (palmito, erva mate e piaçava) da Mata Atlântica, envolvendo as comunidades tradicionais. Documentário / Paulo Ruffino / RBMA / 8:17 min / 2003)

Quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Inscrições ao Edital do Programa de Incentivo
às Reservas Particulares vão até o dia 31
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Proprietários de terras e organizações não governamentais (ONGs) podem se inscrever até o próximo dia 31 para concorrer ao 9º Edital de Projetos do Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural da Mata Atlântica (RPPNs).

Coordenado pelas ONGs Conservação Internacional, Fundação SOS Mata Atlântica e The Nature Conservancy, o programa vai destinar R$ 350 mil para projetos de criação de RPPNs e para a elaboração de planos de manejo. O apoio será de até R$ 10 mil para cada reserva criada e de até R$ 30 mil por proposta de plano de manejo.

No último edital, realizado no ano passado, o programa recebeu 90 propostas, sendo que 30 foram aprovadas e receberam recursos no valor total de R$ 300 mil. Criado em 2003, o programa colaborou para a criação de 381 RPPNs e 78 projetos ligados à gestão dessas unidades ambientais, resultando na proteção de 43 mil hectares do bioma brasileiro.

“O Programa de Incentivo às RPPNs da Mata Atlântica foi lançado com o objetivo de fortalecer o sistema nacional de unidades de conservação, apoiando os proprietários que têm a iniciativa de colaborar com a conservação do bioma", disse a coordenadora do programa, Mariana Machado.

Levantamento feito com base em pesquisas sobre 127 unidades desse tipo mostra que as RPPNs têm uma contribuição importante para a preservação de espécies da Mata Atlântica. As áreas detêm pelo menos 3 mil espécies de plantas e animais, além de 24% da fauna e 13% da flora brasileira ameaçadas de extinção.

“As RPPNs têm um papel importante. O estudo mostra que elas são parte integrante de diversas estratégias para a conservação da biodiversidade. Estão localizadas, por exemplo, no entorno de unidades de conservação, como parques e reservas públicos. Então, elas ajudam a formar zonas de amortecimento e a interligar essas áreas, formando corredores ecológicos”, afirmou Mariana.

Algumas RPPNs formam os corredores de biodiversidade que favorecem a elaboração de políticas públicas e ações de conservação. “Elas têm esse papel de somar esforços. Iniciativa privada somando esforços ao Poder Público para a conservação do nosso patrimônio natural”, acrescentou a coordenadora.

Além das condições biológicas apresentadas pela área candidata a se transformar em uma RPPN, o programa avalia outros critérios na seleção dos projetos vencedores, como a contribuição para a conservação da biodiversidade, a presença de recursos hídricos e de espécies raras ou ameaçadas de extinção, a relevância da área no contexto regional, a proximidade com outra unidade de conservação.

No edital deste ano, foi inserido também o critério da fisionomia vegetal. “Porque o bioma Mata Atlântica tem diversos ecossistemas associados. E esses tipos de vegetação não estão todos bem representados na nossa rede de unidades de conservação. Então, esse também vai ser um critério na seleção e avaliação das propostas para esse edital, de forma que todos os tipos de ecossistemas sejam contemplados”.

A divulgação dos ganhadores será feita no fim de outubro, dando início à execução dos projetos, que terão um ano para a realização das atividades. Maiores informações podem ser obtidas no e-mail programarppn@sosma.org.br.

De acordo com o Cadastro Nacional de RPPNs, o Brasil tem 930 reservas particulares, totalizando área de 670 mil hectares, que envolve todos os biomas (Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Amazônia, Pantanal). Desse total, 67%, ou o equivalente a mais de 600 reservas, são de Mata Atlântica e ajudam na proteção de 130 mil hectares.

Edição: Graça Adjuto//Matéria alterada para correção de data no título.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

CURSO SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS



Postamos para o conhecimento dos ambientalistas Convite do Secretário Executivo do Meio Ambiente participar de um Curso sobre Mudanças Climáticas.

"Caros(as) Amigos(as),

A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, junto com o Forun Brasileiro de Mudanças Climáticas e Petrobras estará promovendo um Curso sobre a temática das Mudanças Climáticas, destinadas aos Gestores Públicos, Academia, Profissionais de Imprensa, dentre outros interessados.
Teremos apenas 50 vagas e o Curso acontecerá em sua fase presencial entre 23 e 25 de agosto na Sectma.
Mando, em anexo, o convite e a programação do curso.
Abraço,

Hélvio Polito Lopes Filho
Secretário Executivo de Meio Ambiente
Governo do Estado de Pernambuco "

COMENTÁRIO SOBRE O NOVO CÓDIGO FLORESTAL


(Vídeo da Globonews: Participam do programa o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator da comissão especial do Código Florestal; o ambientalista João Paulo Capobianco, ex-secretário-geral do ministério do Meio Ambiente; e o agrônomo André Nassar, diretor-geral do Ícone, o Instituto do Estudo do Comércio e Negociações Internacionais).

Comentário escrito por Prof. José Alves de Siqueira Filho, Professora da Universidade Federal do São Francisco - UNIVASF.
" EDITORIAL DO DIÁRIO DE PERNAMBUCO EDIÇÃO DE 15.08.2010.


Essa também é a reflexão que se extrai do poema de abertura, Canção do efêmero com passarinho e brisa, do livro de Ruy Espinheira Filho, nesses versos: "Ainda escuto o seu trinado garantindo-me o existir. Mas precária garantia, como aprendi com a brisa de que se compõe o dia; se o tempo passar um pouco, nada mais que um pouco, logo não estarei mais aqui".

Ou em Reflexões ao crepúsculo, quando diz:"E assim faz-se a vida: indo tanto em penugem de corvo como em alegria abrindo manhãs no que era torvo".

Esse novo trabalho de Ruy já está entre os semifinalistas do Prêmio Portugal Telecom. Doutor em Letras, professor da Universidade Federal da Bahia, membro da Academia de Letras da Bahia, o poeta é jornalista com mais de 40 anos de militância profissional.

Anos atrás, a ministra Ellen Gracieilustrou a sua mensagem de Natal com um poema de Ruy que integrava com perfeição o reflexo do sol sobre a arquitetura da sede do Supremo Tribunal Federal, uma escolha que certamente não se fez ao acaso, mas que já apontava para o reconhecimento internacional da obra do poeta baiano.

A verdadeira ameaça à agricultura brasileira

José Alves de Siqueira Filho // Professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf)
jose.siqueira@univasf.edu.br

O que a tragédia ocorrida após o temporal no interior de Pernambuco e em Alagoas tem a ver com o a agricultura e a pecuária e com o novo Código Florestal Brasileiro, que está em vias de ser aprovado? O documento prevê a diminuição das exigências legais para a proteção de matas ciliares - localizadas nas beiras dos rios -, a sobreposição de reservas legais e de áreas de preservação permanente, a flexibilização dessas últimas, além de anistia geral aos infratores do passado. Esse conjunto de intervenções nos permite dizer que a agricultura e a pecuária serão seriamente prejudicadas e que as chances de enchentes semelhantes acontecerem novamente são reais. O que fazer para evitar episódios parecidos? Como o ciclo se repete? A ausência de matas ciliares, a ocupação desordenada dessas áreas e o histórico secular da produção da agroindústria da cana-de-açúcar nas margens dos rios que cortam os 67 municípios pernambucanos atingidos pelas chuvas são retrato da desastrosa política de uso e ocupação do solo. Hoje, no entanto, há conhecimento técnico e científico para reverter a situação. Coincidentemente, a destruição provocada pelo "tsunami continental", o primeiro do gênero na região, ocorreu em vários municípios alagoanos, assim como em Barreiros, Água Preta e Palmares (PE), além de cidades do Agreste de Pernambuco que até bem poucos dias atrás clamavam por chuva.

As consequências na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cabanos, em Altinho (PE), ajuda a contar essa história de desconstrução e irracionalidade humana à luz dos interesses de grupos econômicos e políticos preocupados em ampliar seus negócios internacionais, especialmente a China, que resolveu comer carne de boi, gostou e quer mais. O caso de Cabanos é paradoxal e quase inverossímil. O poder de resiliência da vegetação retornar às condições originais de 100 anos atrás é praticamente nulo. Recentemente, fizemos o plantiode sementes e mudas nas margens do Rio Una que corta a propriedade que possui a RPPN. É uma pequena amostra da biodiversidade que um dia ocupou a região da Bacia do Una. O plantio foi um fracasso por conta da quantidade de gramíneas exóticas e invasoras que ocupam as margens do rio para alimentar o gado e, claro, por conta das chuvas que este ano atrasaram. Tentamos replantar com as ingazeiras, árvores de crescimento rápido e muito eficientes na contenção de erosões. Plantamos também sementes de forma adensada em várias linhas na margem, mas a erosão da beira do rio forma barrancos impedindo a fixação das pequenas plantas.

O rio também está repleto de barragens que abastecem as propriedades sem uma política de uso e gestão das águas do Una. Agora, o custo da restauração será ainda maior exigindo conhecimentos da bioengenharia. A omissão do poder público, especialmente do Incra, que legalizou várias desapropriações de terras nas vazantes e leitos de rios; do Ibama, que não fiscaliza e, quando multa, ninguém paga, pois sempre cabem recursos judiciais; do Ministério Público, o órgão mais independente de todos, mas que carece de sensibilidade e clareza em suas linhas de prioridades sobre as grandes questões ambientais; das prefeituras municipais, que se restringem a pagar apenas a folha salarial, acéfalas de programas governamentais de médio e longo prazo; da escola pública, que não educa as crianças. Para muitos, o rio é o esgoto onde deve ser colocado o lixo. Não é à toa que em Palmares, Catende, Jaqueira e Maraial, as casas ficam de costas para o Rio Una, onde se vê apenas canos de esgotos das casas. Os ribeirinhos reconstroem suas casas recuperando aberrações hidráulicas em direção ao rio, as usinas plantam cana-de-açúcar e os pecuaristas capim para o gado. Parece que nada aconteceu e tudo é desígnio de Deus. Ao invés de diminuir a exigência de matas ciliares, o governo precisa implementar um programa para o pagamento de serviços ambientais às propriedades que protegem suas nascentes e matas ciliares. É necessário estimular o plantio imediato e a ampliação da rede de proteção para o dobro do exigido pela legislação atual. No caso das matas ciliares diminuídas ou eliminadas, rios simplesmente secam ou se tornam temporários. Outra parte deles morre servindo apenas de canal para as enxurradas cada vez mais frequentes, como as sugeridas pelos especialistas em aquecimento global. Na Mata Sul, desprovida de cobertura florestal, conjuntos habitacionais populares são instalados de forma irresponsável. O problema só muda de lugar: das encostas do morro para a beira do rio.

O momento é oportuno para o governo desapropriar as casas e readequar a urbanização das cidades. O rio já fez a sua parte. Limpou tudo e de graça. Quanto ao código, os sérios equívocos nele propostos irão cobrar suas contas no futuro. Nunca conseguimos executar, à guisa da razão, o antigo. Com o atual, basta deixar como está. Por isso suas implicações serão ainda mais drásticas, provocando enormes prejuízos à agricultura brasileira."

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A perda da lavoura no sertão de pernambuco em 2010.


Mais uma postagem do Dr. Nilton de Brito Cavalvanti da EMBRAPA no Fotos e Fatos da Caatinga:

" PERDA DA LAVOURA NO SERTÃO DE PERNAMBUCO EM 2010"

A foto

Nesta fotografia podemos ver um agricultor cultivando milho. A fotografia foi obtida no dia 27 de maio de 2010 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.

O fato

As expectativas de irregularidades nas chuvas de 2010 no sertão de Pernambuco se confirmaram. As chuvas não foram suficientes para que os agricultores conseguissem alguma produção das culturas de subsistência, como o milho e o feijão. Na comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE, os agricultores que plantaram com as chuvas de fevereiro não tiveram bons resultados como podemos ver na roça do senhor Alírio Macêdo. As chuvas não foram suficientes para a produção das lavouras. Embora nesta comunidade tenha ocorrido uma precipitação de 306,8 mm na comunidade, os veranicos impediram o desenvolvimento do milho e feijão. Contudo, ainda houve alguma colheita na propriedades onde os agricultores plantaram com as chuvas do final de 2009."

O ICMS ECOLÓGICO EM PERNAMBUCO

Importante artigo do Dr. Élcio Barros (Foto acima), Engenheiro Agrônomo do Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA, atual Coordenador do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga de Pernambuco - CERBCAAPE:


" ICMS ECOLÓGICO DE PERNAMBUCO E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

POSTADO ÀS 07:14 EM 05 DE JULHO DE 2010

Elcio Alves de Barros *

A Constituição Federal de 1988 permitiu aos Estados através de seu artigo 158, definir em legislação específica, parte dos critérios para o repasse de recursos do ICMS a que os municípios têm direito, 25% do total arrecadado. A partir deste dispositivo legal surgiu a denominação ICMS Ecológico que destina parte dos recursos do ICMS para municípios que se habilitam a estes recursos por critérios relacionados a temas ambientais. Não se trata de uma nova modalidade de tributo ou uma espécie de ICMS, não há qualquer vinculação do fato gerador do ICMS a atividades de cunho ambiental. Da mesma forma, obedecendo a Constituição Federal, não há vinculação específica da receita do tributo para financiar atividades ambientais.
O tratamento de resíduos sólidos urbanos e a existência de unidades de conservação nos territórios municipais são critérios utilizados por todos estados da federação que aderiram ao preceito constitucional. O ICMS Ecológico é assim um forte e moderno instrumento de gestão ambiental para implantação de políticas ambientais através da descentralização de ações públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável. Podemos dizer que é uma compensação financeira por restrição a atividades econômicas tradicionais, isto é, o município recebe um acréscimo em sua receita do ICMS porque parte de seu território não está sendo utilizada, por exemplo, para plantios ou criações que gerariam receita tributária em favor do município. E, principalmente, porque o município está sendo ressarcido por serviços ambientais reconhecidos pelo estado e pela sociedade.
Criado pioneiramente no Paraná, em 1991, o ICMS Ecológico foi adotado também em mais de dez outros Estados brasileiros e está em debate ou com anteprojetos de Lei em tramitação nas respectivas casas legislativas de outros estados. Segundo Wilson Loureiro, no Estado do Paraná a Lei do ICMS Ecológico, em relação à conservação da biodiversidade tem por objetivos:
(a) aumento do número e da superfície de unidades de conservação e outras áreas especialmente protegidas (dimensão quantitativa);
(b) regularização, planejamento, implementação e busca da sustentabilidade das unidades de conservação (dimensão qualitativa);
(c) incentivo à construção dos corredores ecológicos, através da busca da conexão de fragmentos vegetais;
(d) adoção, desenvolvimento e consolidação institucional, tanto em nível estadual, quanto municipal, com vistas à conservação da biodiversidade e,
(e) busca da justiça fiscal pela conservação ambiental.
No caso paranaense, é importante destacar que entre 1992 e 2000 houve um incremento de 1.894,94 por cento em superfície das unidades de conservação municipais, de 681,03 por cento nas unidades de conservação estaduais, 30,50 por cento nas unidades de conservação federais e terras indígenas e de 100 por cento em relação as RPPN estaduais. Houve ainda melhoria na qualidade da conservação dos parques municipais, estaduais e das RPPN.
No final de dezembro de 2000, foi criado o ICMS Socioambiental do Estado de Pernambuco através da Lei n.º 11.899 de 21 de dezembro. Em Pernambuco os critérios ambientais estavam representados nesta nova lei pela implantação de sistemas de tratamento de resíduos urbanos e unidades de conservação. Outros critérios foram incluídos na lei associando o desempenho das gestões municipais relativos aos setores de educação e saúde e, também, incluiu o aumento da receita própria dos tributos municipais.
A implantação desta lei causou forte reação da maioria dos prefeitos de Pernambuco que pressionaram o executivo e o poder legislativo contra a mesma. Por conta desta pressão o governo estadual encaminhou nova lei à Assembléia Legislativa que aprovou em 29 de setembro de 2003 a Lei n.º 12.432, reduzindo os valores percentuais de cada critério de distribuição de ICMS, conforme quadro apresentado a seguir:

CRITÉRIO LEI 11.899 LEI 12.432
Resíduos Sólidos 5% 2%
Saúde 3% 2%
Educação 3% 2%
Unidades de Conservação 1% 1%
Receita Tributaria Própria 3% 1%
Total 15% 8%
Constata-se uma redução de quase 50% nos valores a serem transferidos aos municípios pelos critérios socioambientais da lei atualmente em vigor. Isso significa um retrocesso em termos de política ambiental, representado pela redução do percentual do critério tratamento de resíduos urbanos e manutenção do percentual de apenas 1% para unidades de conservação.
Na regulamentação da lei 12.432, através dos decretos 23.473 e 25.574 definiram-se os critérios de distribuição da parcela dos recursos do ICMS que cabe aos municípios a partir de informações prestadas pela CPRH (Agência de Meio Ambiente de Pernambuco) a SEFAZ (Secretaria Estadual da Fazenda), calculadas nos termos do Índice de Conservação da Biodiversidade do Município – ICBM, conforme especificado neste Decreto.
O Art. 3º do Decreto 25.574 diz que para cálculo do ICMS Socioambiental, referente a UCs, serão consideradas variáveis de caráter Quantitativo e Qualitativo. As variáveis de caráter quantitativo são: Área da UC Área do município de localização da UC Fator de Conservação



As variáveis de caráter qualitativo são: O coeficiente de conservação da UC, e desempenho das ações que visam garantir e melhorar a conservação da UC, a partir das respectivas Tábuas de Avaliação, que considera: A regularização fundiária A qualidade física da área A fiscalização da área
O plano de manejo A estrutura administrativa, entre outros, não especificados na lei e no decreto que a regulamenta.Desde a sua regulamentação até hoje a CPRH não utiliza os critérios qualitativos devido a dificuldades operacionais internas. Isto tem causado situações de flagrante injustiça na distribuição dos recursos. Um exemplo claro para nós é quando comparamos dois municípios da região agreste do nosso Estado. Um, que denominamos de A, tem parte de seu território ocupado por uma unidade de conservação criada pelo governo federal, onde não houve e na há nenhuma participação do governo municipal, pelo contrário a municipalidade faz vistas grossas às ações de degradação provocada por caçadores, posseiros, falta de apoio administrativo, etc.
Outro município, que denominamos de B, situado na mesma região tem uma pequena RPPN em seu território, que recebe apoio da prefeitura local para realização dos diversos eventos de educação ambiental que a RPPN promove, eventos que contam com a participação de professores e alunos da rede pública municipal. A prefeitura local também apóia a RPN conservando as estradas de acesso a área. Pois bem, o primeiro município recebeu em 2009 só pelo critério Unidade de Conservação, quase um milhão de reais, o segundo quatro mil reais. O quadro abaixo mostra um comparativo entre os dois municípios.


MUNICÍPIOS DIFERENÇA
POSITIVA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO OUTROS CRITÉRIOS TOTAL % UC/TOTAL
MUNICÍPIO A 126.117,92 996.746,58 181.931,92 1.304.796,42 76,4
MUNICÍPIO B 397.660,09 4.174,13 270.501,51 672. 335,73 0,62
Fica evidente que ao considerar apenas o critério quantitativo (no caso área da Unidade de Conservação) o ICMS Socioambiental de Pernambuco provoca um desequilíbrio grande entre as receitas dos municípios e não privilegia os aspectos ambientais e sociais que o legislador criou ao aprovar esta lei.
O CERBCAA/PE – Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga do Estado de Pernambuco reconhece o ICMS como um instrumento importantíssimo para a criação de novas unidades de conservação no Bioma Caatinga que tem menos de 4% de sua área protegida, sendo que menos de 1% sob a forma de unidades de proteção integral. Reconhecemos, também, que os recursos do ICMS Socioambiental são significativos ante os recursos disponibilizados pelo Estado de Pernambuco para o setor ambiental. No entanto, é preciso e urgente implantar todos os mecanismos de avaliação das UCs.
O CERBCAA/PE vem discutindo o aperfeiçoamento desta legislação através da participação em fóruns adequados como o CONSEMA – Conselho Estadual de Meio Ambiente, e a Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa de Pernambuco. Da forma como vem sendo executado em nosso Estado, desde seu inicio, o ICMS Ecológico não é um instrumento de incentivo à conservação ambiental. É apenas um instrumento de distribuição injusta dos recursos arrecadados de nós contribuintes.
O CERBCAA/PE tem propostas para discutir com os legisladores e governo estadual e dos municípios visando o aperfeiçoamento deste instrumento de política ambiental, que são:
Realizar a avaliação qualitativa das Unidades de Conservação anualmente
Aumentar o percentual destinado a Unidades de Conservação Acompanhamento pela sociedade organizada/entidades ambientalistas, do cálculo do ICBM anual Ampla divulgação dos resultados do ICBM anual.
Incluir na tábua de avaliação o critério órgão responsável pela criação da UC, atribuindo peso diferenciado a cada unidade, de acordo com o órgão responsável pela criação e manutenção da UC:


ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA UC PERCENTUAL
RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural 1,00
Municipal 0,95
Estadual 0,90
Federal 0,50

Esta última sugestão fará com que os administradores municipais coloquem a questão ambiental em suas agendas administrativas, provocando assim uma área maior de território protegido em nosso estado a exemplo de outros estados. Acreditamos que com estas modificações conseguiremos aumentar a área protegida para conservação dos diversos biomas existentes em nosso estado, com a participação do poder público local assumindo responsabilidade pela conservação dos nossos recursos naturais, e tornando o ICMS Socioambiental do Estado de Pernambuco um instrumento efetivo e eficaz de política ambiental pública."

O agronegócio do imbu no sertão da Bahia.

Mais um artigo do Dr. Nilton de Brito Cavalcanti da EMBRAPA:
"O AGRONEGÓCIO DO IMBU NO SERTÃO DA BAHIA


A foto
Nesta foto, podemos ver alguns produtos de imbu. A foto foi obtida no dia 15 de junho de 2010 na Comunidade de Lage no município de Sento Sé, BA.
O fato
As fabriquetas de doce de imbu estão cada dia mais presente na região semiárida do Nordeste, principalmente no Estado da Bahia. Segundo dados da Conab de 2008 a 2010 foram adquiridos 183.249 kg de produtos derivados do imbuzeiro, entre eles, polpa, doce, geléia e compota, provenientes de diversas fabriquetas da região semiárida da Bahia. Esta produção foi avaliada em R$ 763.890,00. O destino destes produtos é a merenda escolar regional. Assim, podemos valorizar mais nossas fruteiras nativas e gerar renda para as famílias rurais. A comunidade de Lage vendeu para Conab em 2010 um total de R$ 25.000,00 em doce em massa de imbu."

domingo, 15 de agosto de 2010

FRASES DE EFEITO

Curiosidades coletadas e postadas pelo catingueiro Wilame Jansen:


Alô, ambientalistas. Vejam o que diz Marcelo Gleiser, na folha de hoje:
"De Einstein a Santa Teresa de Ávilla, o mundo é festejado como sacro. Acho difícil encontrar uma moral universal mais básica do que o respeito à vida e ao planeta que a abriga de forma tão generosa".

De Roy Wagner, "A Invenção da Cultura" (1975):
"Uma cultura não pode ser explicada sem o contato e o contraste com outra". E acrescenta essa pérola: "Quanto mais familiar se torna o estranho, ainda mais estranho parecerá o familiar" .

E Tostão dá o tom do nosso futebol: "Há mais de dez anos que escrevo, defendo e sonho com a seleção brasileira do jeito que vi contra os EUA. (O Ganço) Como sabe tudo isso? Sabendo. O craque não tem explicação. Ele é."

sábado, 14 de agosto de 2010

DESCARTE DE LIXO ELETRÔNICO

Lixo eletrônico: o que fazer?

Postamos a seguir interessante artigo sobre a matéria colhido do Blog VERDE QUE TE QUERO VERDE:



"VERDE QUE TE QUERO VERDE
conscientizando em prol do meio ambiente

09/08/2010
O paradigma econômico da reciclagem do lixo eletrônico

Onde descartar o Lixo Eletrônico?

Segue abaixo uma breve apresentação com o propósito de auxiliar na destinação do lixo eletrônico:

Todos os processos realizados, tanto como o serviço de destruição do lixo eletrônico, estão de acordo com a legislação ambiental. Nenhuma substância não-aproveitada pela empresa retorna à natureza .

Lixo eletrônico:CPUs, HD, drives, impressoras, monitores, celulares, no-breaks, centrais de telefonia, fios, cabos de rede, cabos de força e todo o tipo de sucata de equipamentos de telecomunicação e de informática.

Placas de circuito impresso e seus componentes eletrônicos: placa mãe, placa de vídeo, fax-modem, rede, metais, som, placas de rastreadores, de automação, de telefonia em geral.

Centrais telefônicas: centrais telefônicas analógicas em desuso.
Proteção a marca e tecnologia: todo material passa pelo processo de desmonte e separação de materiais (ferro, plástico, placas, etc.), onde depois é descaracterizado.

A reciclagem ou purificação das placas de circuito impresso reduz a atividade extrativista e processos industriais que aumentam a emissão dos gases do chamado Efeito Estufa (dióxido de carbono, metano e outros), o qual, por sua vez, provoca o aquecimento global.
Com isso sua empresa contribui para reduzir os danos do ambiente tornando-se essencial à construção de um futuro melhor para as novas gerações.

Fico a disposição para outras informações.
Obrigado."


sábado, 7 de agosto de 2010

A compota de imbu na merenda escolar



Em continuação, mais um artigo do Dr. Nilton de Brito Cavalcanti da EMBRAPA.


"A COMPOTA DE IMBU NA MERENDA ESCOLAR


A foto


Nesta fotografia podemos observar um lote de compota de imbu. Esta fotografia foi obtida na Comunidade de Marruá em Uauá, BA no dia 2 de fevereiro de 2010.

O fato


A compota de imbu é uma das formas de processamento do fruto do imbuzeiro mais adequada para o consumo do fruto fora da época de produção. A compota é obtida com a adição de uma calda de açúcar aos frutos e posteriormente o cozimento em banho maria. Este produto tem sido muito apreciado, principalmente pelos consumidores de outras regiões que não produzem o fruto do imbuzeiro. Os ingredientes necessários para a compota são: 1 kg de açúcar comum; 1 litro de água potável; 2 litros de frutos no estádio de maturação “de vez”. Para obter a calda da compota deve-se misturar a água com o açúcar e leve ao fogo brando, mexendo constantemente até a fervura da água. Os frutos devem ser descascados ou não. Colocar os frutos em vidros esterilizados e depois completar com a calda. Posteriormente colocar em banho-maria durante 30 minutos. Após a retirada dos vidros do banho maria, deixe esfriar em local seco e arejado por 12 horas antes do consumo. A produção de compota tem como destino a merenda escolar dos municípios produtores de imbu. Parte da produção que não é comercializada com a Conab é distribuída para outras regiões."

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

IICID será em Fortaleza (CE)



Do Blog do Estado do Ceará: interessante!

"ICID+18 debaterá alternativas para
regiões semiáridas do mundo inteiro

O Estado do Ceará vai receber, nos próximos dias 16 a 20 de agosto, no Centro de Convenções, em Fortaleza, a Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (ICID+18), que pretende reunir cerca de dois mil participantes do mundo inteiro para identificar e focalizar ações nos desafios e oportunidades que enfrentam as regiões áridas e semiáridas do planeta.

De acordo com a presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), Tereza Farias, o evento será um importante espaço para as discussões ambientais no âmbito da Caatinga, especialmente para o Ceará, já que 92% do território do Estado é composto por este Bioma. Além disso, para a presidente, o encontro é uma oportunidade para o debate sobre o clima e as políticas públicas que vão difundir os processos de adaptação e mitigação das mudanças climáticas que são resultantes de processos naturais motivados, na maioria das vezes, por usos indevidos dos recursos ambientais. “Tratar das mudanças climáticas, na realidade, é avaliar o modelo de desenvolvimento econômico e ambiental fundamentado nas pesquisas científicas e nas evidências que a população sente no dia-a-dia”, frisou a presidente.

No caso específico da Caatinga, na Região semiárida cearense, Tereza Farias ressalta que o Estado vem sofrendo com o desmatamento, com as queimadas e com a perda da biodiversidade, que têm contribuído para escassez dos recursos hídricos e para o aumento da emissão de CO² na atmosfera. “É por isso que o Ceará já criou a lei florestal estadual, que estimula o manejo agroflorestal, o sistema agrosilvopastoril, o controle de queimadas e o combate aos incêndios florestais. A integração destas políticas tem propiciado aos gestores municipais trabalhar estratégias alternativas para a melhoria dos indicadores de desmatamento e de queimadas”, destacou.
O estado é pioneiro no trabalho de estudos hidroambientais, desenvolvido pela Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) e que permite a utilização sustentável dos recursos naturais, proporcionando melhoria de renda e assegurando condições ambientais favoráveis à recuperação de áreas degradadas. De acordo com Tereza Farias, o desenvolvimento agrário no Estado tem implantado programas de conservação de solo, práticas agrícolas sustentáveis e arranjos produtivos locais, a exemplo da apicultura e artesanato, apoiados pelo Projeto Mata Branca, que minimizam a exploração indevida e desordenada do solo e dos recursos florestais.

“Todo esse processo de sustentabilidade da Caatinga e novas práticas conservacionistas só são possíveis por meio de capacitações e de educação ambiental envolvendo as escolas, os sindicatos rurais, o poder público municipal, os agricultores, proprietários de terras e setor empresarial”, aponta Tereza Farias.

Estudos realizados pela Fundação Cearense de Meteorologia e de Recursos Hídricos (Funceme), que monitora desde 1992 as áreas em processo de desertificação no Estado, mostram que estas áreas vêm se expandido. Para Tereza Farias, é preciso fortalecer as políticas florestais no Estado incentivando o manejo agroecológico, a educação ambiental contextualizada para o homem do campo e o aumento nas áreas protegidas.

03.08.2010
Assessoria de Imprensa do Conpam:
Ranne Almeida - (85) 9978.7019 / 8757.2550"

MEIO AMBIENTE

Caatinga. Foto: Sectma

Postamos abaixo interessante artigo colhido no blog da Faculdade Raimundo Marinho de Alagoas.


"Conservação da Caatinga é tema de debate na ICID 2010
Divulgação

No Brasil, 95% das áreas suscetíveis à desertificação estão na Caatinga. Bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga já teve quase metade de sua cobertura vegetal desmatada. Por isso, combater o desmatamento e ampliar atividades sustentáveis são focos de ações para conter a desertificação na região.

A criação de áreas protegidas na Caatinga é uma das prioridades do Ministério do Meio Ambiente. Experiências mundiais de criação de unidades de conservação (UC) para o combate à desertificação serão debatidas durante a II Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Áridas e Semiáridas (ICID 2010), de 16 a 20 de agosto, em Fortaleza (CE). O evento vai reunir representantes de mais de 100 países.

No dia 17, às 14h, o diretor de Áreas Protegidas do MMA, Fábio França, vai falar sobre o trabalho do governo brasileiro na criação de UCs na Caatinga. A Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, em parceria com o Instituto Chico Mendes e com a ONG TNC, definiu uma agenda de criação de unidades de conservação, que prevê 20 novas áreas.

Já foi criada uma UC e duas estão em processo de criação. O Monumento Nacional do Talhado do São Francisco (AL, BA, SE) foi criado em junho do ano passado. Ainda será criado o Parque Nacional do Boqueirão da Onça (BA) e ampliado o Parque Nacional das Confusões (PI).

Essas ações ampliam em 2% a área protegida da Caatinga. Segundo o Mapa de Unidades de Conservação e Terras Indígenas da Caatinga, produzido pelo MMA e a ONG TNC, lançado em 2008, a Caatinga tem 7% da sua área em unidades de conservação federais e estaduais e terras indígenas, sendo 1% área de proteção integral.

Ferramentas de adaptação às mudanças climáticas também serão apresentadas na mesa-redonda, assim como trabalhos desenvolvidos na Ásia e África e o panorama da desertificação nas Américas.

Uso sustentável - Responsável pelo Núcleo Bioma Caatinga, João Arthur Seyffarth vai coordenar painel sobre conservação e uso sustentável de espécies nativas, no dia 18, às 8h30. O manejo e conservação da Caatinga, conhecido por GEF Caatinga, desenvolve alternativas para o uso sustentável do bioma, tanto para atividades de manejo florestal madeireiro quanto para produção de alimentos.

Esses debates vão subsidiar a última mesa-redonda sobre o tema. No dia 20, às 14h, a secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, participa da mesa-redonda sobre políticas públicas para a gestão da biodiversidade nas terras secas - ferramentas para o enfrentamento da desertificação e a adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

A ICID envolve países da África, Ásia e América Latina, e cerca de dois mil participantes, com a meta de incluir de forma efetiva as questões relacionadas aos efeitos do aquecimento global em regiões áridas e semiáridas nas agendas de debates nacionais e internacionais.

por Ascom/MMA

PRESIDENCIÁVEIS E MEIO AMBIENTE.



De Júlia Kacowicz, colunista de "O Diário de Pernambuco":

"Presidenciáveis falam de meio ambiente em 1º debate
sexta-feira, 6 de agosto, 2010 por Julia Kacowicz às 0:15

No penúltimo bloco, a temática ambiental chegou ao primeiro debate dos presidenciáveis na Band. O candidato do Psol, Plínio de Arruda Sampaio, que se apresentou como o quarto candidato que ninguém conhecia (e provavelmente é quase verdade) levantou a discussão e questionou Marina Silva, candidata do PV.

Plínio criticou a defesa de Marina Silva sobre a união entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade de recursos naturais. Segundo ele, essa teoria é contraditória. Ele argumentou que, para defender a natureza, é preciso controlar o lucro, as taxas de juros. Por isso, a chamou de “ecocapitalista”.

E criticou Marina por achar que tudo pode ser conciliado. “Tem coisas que não pode. Tem coisas que precisam de clareza, implicando em custos. Não dá para unir tudo”, disse em relação ao comportamento de aliada da economia.

Marina contra-argumentou que defender a natureza era uma luta generosa. Disse que todos precisam de água e meio ambiente e, por isso, era preciso conciliar. “Se todos não fizerem o mesmo, não teremos futuro. Estamos diante de um imperativo ético para salvar a vida e, nela, estão incluídos todos. O pobre e o rico”.

E vocês, o que acham? É possível unir economia, lucro e meio ambiente? "

COMBATE À DESERTIFICAÇÃO EM PERNAMBUCO.


Com satisfação levamos ao conhecimento de nossos Visitantes uma notícia alvissareira: o Governo de Pernambuco acaba de criar instrumentos de conscientização e combate à desertificação.

Esta notícia adveio do Secretário Executivo do Meio Ambiente de Pernambuco, Dr. Hélvio Polito Lopes Filho, psostada abaixo.

Em breve postaremos os Decretos Governamentais referidos.


"Caros(as) Amigos(as),

É com muito prazer que informamos ter o Governador Eduardo Campos assinado, no dia 03 de agosto de 2010, os seguintes Decretos:
DECRETO Nº 35.386, de 03 de Agosto de 2010, que Institui o Fórum Pernambucano de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca.
DECRETO Nº 35.387, de 03 de Agosto de 2010, que Institui o Comitê Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca.
Estes Decretos são mais um passo na implementação da Política Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos efeitos da Seca, ao qual o nosso Pernambuco pioneiramente construiu numa parceria entre a sociedade civil, academia, setores produtivos e poder público, em todos os níveis.
O Fórum Pernambucano de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, tem como finalidade promover a discussão, no âmbito do Estado de Pernambuco, da utilização racional e planejada dos recursos naturais da região do semiárido, do fenômeno da desertificação e desertização, da influência das mudanças climáticas globais no semiárido e da preservação do Bioma Caatinga, visando a colher subsídios para formulação, implantação e monitoramento de políticas públicas a serem implementadas.
O Comitê Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, possui a competência de coordenar, no âmbito do Poder Executivo Estadual, a implementação e a execução da Política Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca.
Agradeço a todos que colaborarão com nossa vanguarda pernambucana e esperamos convocar, em muito breve, as primeiras reuniões do Fórum e do Comitê, para avançar na consolidação da Política Ambiental de Pernambuco.
Abraço,
Hélvio Polito Lopes Filho
Secretário Executivo de Meio Ambiente
Governo do Estado de Pernambuco".

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Água de cisterna na lavagem de roupas no sertão nordestino .


A foto
Nesta foto, podemos observar a utilização da água de chuva para lavagem de roupas. A fotografia foi obtida na comunidade de Atalho no município de Petrolina, PE em 26 de outubro de 2006.
O fato
A cisterna rural tem como finalidade armazenar o maior volume possível da água que cai no telhado das casas, visando o atendimento das necessidades de águas das pessoas no período de estiagem, com prioridade para o consumo e preparo dos alimentos. Todavia, a utilização desta água para atividades como a lavagem de roupas não é uma forma racional de aproveitar a água de chuva. Para lavagem de roupas, os agricultores deveriam utilizar água armazenada em outras fontes como barreiros, açudes, etc. Este fato leva-nos a uma reflexão sobre as formas de utilização da água de chuva armazenada nas cisternas. Não que as pessoas não têm direito de lavar suas roupas, isto não é o caso, e sim, o fato de que a água da cisterna é muito boa para ser utilizada na lavagem de roupas. De modo geral, sempre há uma fonte alternativa de água nas comunidades e dela os agricultores poderão utilizara a água para lavagem de roupas, visto que, a lavagem de roupas consome muita água.
(Fonte: Fatos e Fotos da Caatinga)

domingo, 1 de agosto de 2010

MAQUETE INTERATIVA DO PROJETO BIOMAS

Mquete interativa do Projeto Biomas



Foto: Divulgação

A maquete interativa do Projeto Biomas, uma iniciativa da Confederação Nacional de Agricultura estará exposta no 1º Encontro sobre Agropecuária Sustentável em São Gabriel do Oeste, que será realizado no Centro de Pesquisas do Sindicato Rural, nos dias 5, 6 e 7 de agosto..

A maquete ilustra uma propriedade rural ambiental, social e economicamente viável, uma propriedade modelo e sustentável. O objetivo é que os produtores visualizem o que é preciso construir para ter uma produção agropecuária que, de fato, se sustente.

Através da maquete pode visualizar as áreas de produção, as áreas de proteção ambiental como Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente em margens de cursos de água, morros e as demais instalações necessárias em uma propriedade rural. A maquete possui recursos luminosos de interatividade para que, quando apresentada, seja destacado o sistema que está sendo citado.

O Projeto Biomas

Com investimento garantido de R$ 20 milhões nos próximos nove anos, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançaram oficialmente o Projeto Biomas em abril de 2010.

Trata-se de uma iniciativa inédita que vai permitir que o Brasil consiga, ao mesmo tempo, manter a liderança global na produção agropecuária e promover a preservação do meio ambiente.

"Vamos mostrar ao mundo que o Brasil não é apenas um grande produtor de alimentos, mas que apresenta também uma produção rural embasada em técnicas científicas e ambientalmente sustentáveis", afirmou a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, no lançamento das atividades.

Serão realizados estudos específicos que atenderão todos os seis biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. A proposta é criar modelos, a partir de bases científicas, que permitam ao produtor rural conjugar capacidade de produção e preservação ambiental, levando em consideração potencialidades e fragilidades de cada área.

A unidade Embrapa Florestas, de Colombo (PR), liderará as pesquisas. “Com este projeto poderemos chegar a um consenso técnico-científico para não inviabilizar a atividade”, disse o chefe da Embrapa Florestas, Helton Damin da Silva.

A participação no Encontro é gratuita e as inscrições podem ser feitas no Sindicato Rural pelo telefone 3295-1663, na abertura do evento ou pelo e-mail sgosustentavel@gmail.com. (Com informações de Alex Marcel Melotto - Fonte: idest.com.br)

Aventura Selvagem em Cabaceiras - Paraíba

Rodrigo Castro, fundador da Associação Caatinga, da Asa Branca e da Aliança da Caatinga

Bioma Caatinga

Vale do Catimbau - Pernambuco

Tom da Caatinga

A Caatinga Nordestina

Rio São Francisco - Momento Brasil

O mundo da Caatinga