quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Meus Prezados,

É preciso um pouco de cautela na produção de cultivares de subsistência (milho e feijão), em regime de sequeiro, na região semiárida do país.

Alguns aspectos precisam ser observados nesse vídeo:

Segundo foi nele informado, a precipitação média anual do SEALBA é de cerca de 450 mm, volume de chuvas que caracteriza a região como inserida em uma das áreas mais secas do Nordeste e, com um agravante: com uma marcante irregularidade na caída das chuvas. Elas ocorrem de forma lotérica. São poucas e mal distribuídas. Essa característica climática exige uma atenção maior, entre os produtores rurais, principalmente no tocante à implantação de sistemas agrícolas em regime de sequeiro (dependentes de chuvas), que garanta a sobrevivência das pessoas e a fixação das famílias no campo. Culturas de subsistência precisam de água em quantidades suficientes e na hora certa para se desenvolver. No caso em questão, os sucessos na produção de grãos tornam-se uma verdadeira loteria. A seca verde costuma prevalecer. Ambientes com esse tipo de característica climática requerem tratamento especial de cultivo, exigindo que seja realizado em propriedades que possuam fontes hídricas capazes de suprir as necessidades hídricas das culturas, nas chamadas irrigações de salvação. Afora isso, é importante a orientação, ao agricultor, na implantação de tecnologias de convivência com as secas (a pecuária de pequenos ruminantes é uma delas), que garantam o sucesso de seu trabalho no campo e a garantia do sustento de sua família. Essas tecnologias existem, já foram testadas experimentalmente e, inclusive, com resultados exitosos no campo. De resto, é começar o incentivo dessas práticas agrícolas de convivência, e a sua difusão em larga escala, principalmente em regiões com características climáticas semelhantes.

 Circulei a informação em rede e a encaminhei para edição no 

http://www.suassuna.net.br/2020/11/a-producao-de-milho-no-sealba.html 

Abraço

João Suassuna    

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