sábado, 30 de maio de 2015
EM DEFESA DO VELHO CHICO.
Todos os “Chicos” em defesa do rio
Juazeiro e Petrolina viram carranca para defender o Velho Chico
Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco, as cidades divididas pelas águas do São Francisco, estarão unidas, no próximo dia 3 de junho, em defesa do rio que marca profundamente a história e o desenvolvimento desses dois municípios importantes do nordeste brasileiro. A programação do Dia Nacional em Defesa do Velho Chico, organizada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco-CBHSF, acontece ao longo do dia nas duas cidades, mobilizando escolas, organizações culturais, associações comunitárias e toda a população ribeirinha convocada a ‘Virar Carranca para defender o Velho Chico’.
Pela manhã, a mobilização tem início no lado baiano do São Francisco, com concentração a partir das 8h, no histórico Vapor Saldanha Marinho, na Orla de Juazeiro. Lá acontecem apresentações artísticas, como a do grupo de dança da comunidade indígena Entre Serras Pankararu, do município de Petrolândia, Pernambuco. A programação matinal se encerra ao meio dia, com devolução de água limpa e alevinos ao rio (peixamento). “O ato simboliza a devolução da vida ao rio, que precisa ter de volta suas águas limpas, essenciais para o povo ribeirinho, e suas espécies animais desse rico ecossistema”, explica o coordenador da Câmara Consultiva do Submédio São Francisco, cacique Uilton Tuxá.
No turno da tarde, a mobilização ganha novo fôlego no lado pernambucano do rio. Às 14h, a concentração começa na Praça do Bambuzinho, no centro da cidade de Petrolina, onde será instalada uma exposição fotográfica que destaca o povo do rio e suas demandas, organizada pelo Comitê da Bacia do São Francisco. No centro da cidade terá início uma caminhada até a Orla 1, onde ocorrem outras apresentações artísticas, pronunciamentos e, mais uma vez , devolução de água limpa ao rio.
Durante todo o dia, serão recolhidas assinaturas para serem entregues ao Governo Federal. “Estamos com um abaixo assinado pela criação do Conselho Gestor do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Pedimos que este projeto, que existe desde 2001, seja prorrogado por mais 20 anos”, destaca o cacique Tuxá.
Data Municipal - Mobilizado pela campanha do CBHSF “Eu viro carranca para defender o Velho Chico”, o vereador Adalberto Bruno Filho apresentou, no dia 28 de maio, na Câmara Municipal de Petrolina, projeto de lei que institui o dia 3 de junho no calendário de eventos da cidade como o Dia Municipal de Defesa do Rio São Francisco. A iniciativa visa “despertar no povo de Petrolina um sentimento de pertencimento em defesa do Rio São Francisco”, afirma o trecho do projeto.
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O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco é um órgão colegiado, integrado pelo poder público, sociedade civil e empresas usuárias de água, que tem por finalidade realizar a gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos da bacia, na perspectiva de proteger os seus mananciais e contribuir para o seu desenvolvimento sustentável. A diversidade de representações e interesses torna o CBHSF uma das mais importantes experiências de gestão colegiada envolvendo Estado e sociedade no Brasil.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
29.05.2015
TEL: (71) 3351-2769 E 8892-1119 (ANTÔNIO MORENO)
(71) 8216-8986 (ANDRÉ SANTANA)
EM DEFESA DO RIO SÃO FRANCISCO.
Josélia Maria da Silva
Para
joselia.imprensa
CCO
alipiocfilho@yahoo.com.br
Hoje em 9:52 AM
Bom dia, segue programação do ato em DEFESA DO RIO SÃO FRANCISCO DIA 3 DE JUNHO
PROGRAMAÇÃO: Todos os “Chicos” em defesa do rio
Juazeiro e Petrolina viram carranca para defender o Velho Chico
Às 15h, concentração na Praça do Bambuzinho, no centro de Petrolina, onde será instalada uma exposição fotográfica que destaca o povo do rio e suas demandas, organizada pelo Comitê da Bacia do São Francisco. Em seguida caminhada até a Orla 1, onde acontece apresentação do grupo de dança da comunidade indígena Entre Serras Pankararu, do município de Petrolândia , pronunciamentos e devolução de água limpa ao rio.
Durante todo o dia, serão recolhidas assinaturas para serem entregues ao Governo Federal. “Estamos com um abaixo assinado pela criação do Conselho Gestor do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Pedimos que este projeto, que existe desde 2001, seja prorrogado por mais 20 anos”, destaca o cacique Tuxá.
SOMOS TODOS CHICO
Josélia Maria
Coordenadora de Mobilização
87 8841 7814
--
Josélia Maria
Blogueira/Radialista/Locutora Apresentadora
87 9932 4213 / 87 8841 7814
Responder, Responder a todos ou Encaminhar | Mais
sexta-feira, 22 de maio de 2015
ANA determina redução da vazão do Velho Chico
Impacto dessa decisão em Sergipe foi tema de discussão.
http://www.infonet.com.br/cidade/ler.asp?id=172162
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A vazão do rio São Francisco será reduzida para 900m³/s (Foto: arquivo Portal Infonet)
A vazão do rio São Francisco será reduzida para 900m³/s. A medida é uma determinação da Agência Nacional de Águas (ANA), que visa ao armazemento de água nos reservatórios. O impacto dessa decisão para a população sergipana foi tema de discussão técnica, realizada nesta segunda-feira, 4, na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), entre o secretário da pasta, Olivier Chagas, representantes da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e Ibama.
Tal determinação tem o objetivo de elevar o volume de água armazenada nos reservatórios de Sobradinho e Três Marias. Com a redução da vazão é possível aumentar o volume de água armazenado nas barragens que são utilizados para a geração de energia. Em condições normais, a vazão do rio tem sido mantida entre 1.100m³/s 1.300m³/s.
“É importante ressaltar que, recentemente, a vazão do rio será elevada para 1.500m³/s, entre os dias 4 e 8 de maio, para a execução do processo de difluência, apontado como solução para redução da proliferação da microalga fitolplanctônica responsável pela mancha negra que se estendeu pelo São Francisco no último mês”, disse o superintendente de Recursos Hídricos Ailton Rocha.
O superintendente ainda explicou que, em razão dessa necessidade, a Chesf informa que a redução da vazão deve acontecer em um prazo de quatro semanas e de forma gradativa. “Inicialmente, a vazão será reduzida para 1.100m³/s, seguindo para 1.000m³/s, 950m³/s até chegar aos 900m³/s”.
O rio São Francisco é responsável por mais de 50% do abastecimento de água da população sergipana. Presente na reunião, o diretor de operações da Deso, Sílvio Mucio fará a avaliação do impacto referente à relação entre cota/vazão. “Acreditamos que não haverá interferência na captação de água, mas precisamos mensurar a partir da relação para averiguar a necessidade de criação de um plano emergencial”.
“É preciso estabelecer um planejamento estratégico que possa minimizar os possíveis impactos. Estamos disponibilizando uma equipe técnica para realizar o monitoramento desse cenário”, contou o secretário Olivier Chagas.
Fonte: Semarh
Sobre o assunto
Velho Chico terá vazão de 1.500 m³/s durante uma semana
http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/velho-chico-tera-vazao-de-1-500-m3-s-durante-uma-semana
COMENTÁRIOS
João Suassuna - Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
Ontem editei uma notícia sobre o aumento dos volumes defluentes em Sobradinho, com vistas à solução dos problema de acumulação de algas na bacia hidrográfica do Velho Chico, no trecho compreendido entre o Submédio e Baixo São Francisco. Concluí não ser sensata aquela medida. Pois bem, hoje a ANA determinou redução drástica de tais volumes, para 900 m³/s, numa manobra de puro desespero. A atitude é compreensível diante de uma estiagem descomunal na bacia do rio, cujos percentuais de acumulação, em Sobradinho (20%), têm que ser parcimoniosamente utilizados até o final de novembro do ano em curso. Não foi por falta de aviso.
por João Suassuna última modificação 05/05/2015 15:40
Situação volumétrica dos reservatórios das hidrelétricas da CHESF - 08/05/2015
Estamos iniciando uma atividade semanal de informação, aos interessados, dos estágios em que se encontram os níveis de acumulações volumétricas dos principais reservatórios da Chesf, na bacia do rio São Francisco. No caso específico da região do Sub-médio São Francisco - local onde é gerada a maior parte da energia elétrica do Nordeste -, os reservatórios, principalmente o de Sobradinho, acumulam água no período de novembro a abril, para disponibilizarem os volumes acumulados, no processo de regularização das vazões do Velho Chico, no período de maio a outubro. Estamos no dia 08/05/2015, portanto, em período no qual os reservatórios estão numa fase de disponibilização volumétrica. Acompanhem a evolução desse processo, nos endereços abaixo, clicando no canal “Bacia do Rio São Francisco”.
08/05/2015
Reservatório Data Afluência Defluência Volumes (%)
(m³/s) (m³/s) Atual Ano anterior
Sobradinho 06/05 1100 1117 21,30 57,00
Itaparica 06/05 990 1514 18,40 27,00
Xingó* 06/05 1422 1514 - -
* - Não há percentuais acumulados, tendo em vista o rio correr, em seu leito, a fio d´água
30/04/2015
Reservatório Data Afluência Defluência Volumes (%)
(m³/s) (m³/s) Atual Ano anterior
Sobradinho 28/04 1160 1112 21,60 56,90
Itaparica 28/04 1170 1249 23,00 27,90
Xingó* 28/04 1169 1083 - -
* - Não há percentuais acumulados, tendo em vista o rio correr, em seu leito, a fio d´água
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Fonte: Chesf
http://www.chesf.gov.br/portal/page/portal/chesf_portal/paginas/sistema_chesf/sistema_chesf_bacias/conteiner_bacias
Fonte: ANA
http://www2.ana.gov.br/Paginas/servicos/saladesituacao/default.aspx
Sobre o assunto:
Debate sobre a Transposição do Rio São Francisco - Programa Opinião Pernambuco (22/07/2013)
http://www.youtube.com/watch?v=merlNiEJ0RM
Programa "Ponto de Vista", da TV Câmara, trata do histórico das políticas de combate à seca
http://www.remabrasil.org/Members/suassuna/campanhas/programa-ponto-de-vista-da-tv-camara-trata-do-historico-das-politicas-de-combate-a-seca/view
Seca na Grande São Paulo continua
http://www.remabrasil.org/Members/suassuna/campanhas/seca-na-grande-sao-paulo-continua/view
Setor de energia brasileiro passa por período complicado
http://www.remabrasil.org/Members/suassuna/campanhas/setor-de-energia-brasileiro-passa-por-periodo-complicado/view
ANA oficializa redução da vazão para São Francisco
http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/ana-oficializa-reducao-de-vazao-para-sao-francisco/view
Operador quer reduzir vazão de Sobradinho; barragem não deve subir até outubro
http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/operador-quer-reduzir-vazao-de-sobradinho-barragem-nao-deve-subir-ate-outubro
Ações para minimização da crise hídrica de 2015
http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/acoes-para-minimizacao-da-crise-hidrica-de-2015/view
Ibama autoriza Chesf a reduzir a vazão da barragem de Sobradinho para 900 metros cúbicos por segundo
http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/ibama-autoriza-chesf-a-reduzir-vazao-da-barragem-de-sobradinho-para-900-metros-cubicos/view
COMENTÁRIOS
João Suassuna – Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
A partir de maio, começa o período de depreciação da represa de Sobradinho. Atualmente, ele está com cerca de 21% de seu volume preenchido, apenas. Imaginem a previsão volumétrica dessa represa, no mês de novembro do corrente ano? Os técnicos já fazem previsão de cerca de 10%. A ANA e o IBAMA já precisam esclarecer a população das estratégias de como irão proceder para viabilizar o projeto da transposição do São Francisco, estando o Velho Chico nessas tristes condições! As autoridades não podem e nem devem subestimar a inteligência do povo brasileiro!
por João Suassuna última modificação 08/05/2015 10:12
Situação de reservatórios da maior parte das hidrelétricas brasileiras é preocupante
Jornal Nacional - Edição de 13/05/2015
Acesse a matéria, clicando no endereço abaixo:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/videos/t/edicoes/v/situacao-de-reservatorios-da-maior-parte-das-hidreletricas-brasileiras-e-preocupante/4179460/
Sobre o assunto:
Maioria dos reservatórios continua abaixo dos níveis do ano passado
http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/maioria-dos-reservatorios-continua-abaixo-dos-niveis-do-ano-passado/
Possibilidade de paralisar térmicas em 2015 praticamente não existe
http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/ons-possibilidade-de-paralisar-termicas-em-2015-praticamente-nao-existe/view
Situação volumétrica dos reservatórios das hidrelétricas da CHESF - 08/05/2015
http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/situacao-volumetrica-dos-reservatorios-das-hidreletricas-da-chesf-08-05-2015
ANA determina redução da vazão do Velho Chico
http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/ana-determina-reducao-da-vazao-do-velho-chico/view
Situação dos Principais Reservatórios do Brasil – 07/05/2015
http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/situacao-dos-principais-reservatorios-do-brasil-2013-07-05-2015/view
COMENTÁRIOS
João Suassuna - Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
Não se pode ter tranquilidade, atualmente, com a situação dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas nacionais. A conta do usuário da energia, praticamente dobrou nos últimos meses. O custo dos combustíveis utilizados nas termelétricas, está sendo repassado ao consumidor brasileiro. A térmicas, que antes eram acionadas, em casos emergenciais, agora estão funcionando em caráter permanente. E como se isso não bastasse, só voltará a chover, na região, a partir de novembro. A palavra de ordem, no momento, é economizar energia a qualquer custo. Urge a necessidade de as autoridades começarem a estabelecer regras, que venham dar suporte ao cidadão na sua luta diária de escapar dos transtornos, atualmente vivenciados, no uso de sua energia. Dias piores estão por vir! Ninguém merece!
por João Suassuna última modificação 14/05/2015 10:33
segunda-feira, 4 de maio de 2015
Meus Prezados,
Isso é o tipo de decisão que não é oportuna, nem sensata. Ora, está configurada uma seca generalizada e de grande magnitude na bacia do Velho Chico. A represa de Sobradinho, com essa estiagem, acumulou apenas 20% de sua capacidade. Essa semana, que irá possibilitar uma vazão defluente da represa, para o Sub-médio e o Baixo São Francisco, da ordem de 1500 m3/s, resultará em uma enorme perda volumétrica e em um problemão de gerenciamento para a Chesf, que terá, necessariamente, que garantir volumes, no rio, para a geração de energia, principalmente até o mês de novembro, que é o período no qual volta a chover em suas cabeceiras. Dificuldades futuras certamente iremos ter!
Velho Chico terá vazão de 1.500 m³/s durante uma semana
O rio São Francisco terá oito dias consecutivos de vazão em 1.500 m³ por segundo, a partir das barragens de Sobradinho e Xingó. De amanhã (2.05) até a sexta-feira da próxima semana (8.05), essa será a vazão praticada com o objetivo de diluir a mancha identificada em meados do mês de abril no município alagoano de Delmiro Gouveia, com extensão estimada em 34 quilômetros.
http://cbhsaofrancisco.org.br/velho-chico-tera-vazao-de-1-500-m%C2%B3s-durante-uma-semana/
Esse foi o principal encaminhamento tomado na reunião que formalizou a criação do grupo de trabalho (GT), no final da tarde desta quinta-feira (30.04), em Maceió. O grupo é formado por representantes do Instituto do Meio Ambiente (IMA/AL), superintendência de Alagoas do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Companhia de Abastecimento de Alagoas (Casal), Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).
A criação do grupo atende a uma proposta do próprio Comitê, lançada durante reunião realizada com diversos entes envolvidos na questão, em busca de soluções para dissolver a mancha na região do Baixo São Francisco. “Após o prazo estabelecido e diante dos resultados das análises, veremos se haverá ou não necessidade de novas medidas. O objetivo é fazer essa mancha desaparecer do rio”, informou o secretário executivo do Comitê, Maciel Oliveira.
Além disso, ficou definido que técnicos do Ibama e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) farão coletas e monitoramento da mancha; o IMA fará o acompanhamento da água na região, cabendo à Casal o monitoramento do pH da água, diariamente, nos pontos de captação da empresa. O resultado será repassado ao CBHSF, a quem caberá informar a população ribeirinha e aos órgãos de comunicação.
Uma nova reunião do grupo de trabalho está agendada para o próximo dia 13 de maio, em local a ser definido. “O grupo ficará trocando informações permanentemente. Assim, não será necessário que todos estejamos diante da mancha para saber o andamento da situação”, considerou Maciel Oliveira.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF
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João Suassuna - Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
Isso é o tipo de decisão que não é oportuna, nem sensata. Ora, está configurada uma seca generalizada e de grande magnitude na bacia do Velho Chico. A represa de Sobradinho, com essa estiagem, acumulou apenas 20% de sua capacidade. Essa semana, que irá possibilitar uma vazão defluente da represa, para o Sub-médio e o Baixo São Francisco, da ordem de 1500 m3/s, resultará em uma enorme perda volumétrica e em um problemão de gerenciamento para a Chesf, que terá, necessariamente, que garantir volumes, no rio, para a geração de energia, principalmente até o mês de novembro, que é o período no qual volta a chover em suas cabeceiras. Dificuldades futuras certamente iremos ter!
por João Suassuna última modificação 04/05/2015 11:12
sexta-feira, 1 de maio de 2015
Crise hídrica? A Sabesp vai muito bem, obrigado!
Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco
O que acontece com o Estado de São Paulo na questão da água é um exemplo do que pode acontecer em outros estados e cidades brasileiras, segundo dados recentes publicados pela ANA (Agência Nacional de Águas). Portanto, aprender e tirar lições deste episódio poderá ajudar gestores públicos e a sociedade a não repetir os erros que foram cometidos, e conviver melhor com uma situação que veio para ficar.
A crise hídrica, como ficou conhecida, não ocorreu por uma única causa, ou por um único erro cometido, nem tampouco pela falta de chuvas – mesmo considerando que esta seca é uma das piores dos últimos 84 anos. Na verdade foi um conjunto de fatores que levou a maior cidade brasileira, sua região metropolitana e várias cidades importantes do interior do Estado a sofrerem o desabastecimento de água.
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), empresa que administra a coleta, o tratamento, a distribuição de água, e também o tratamento dos esgotos, é uma das maiores empresas de saneamento do mundo, e uma das mais preparadas do Brasil – com um corpo técnico altamente qualificado, e dispondo de uma boa infraestrutura. Assim pode-se afirmar sem dúvida que a causa principal de tamanha incompetência foi a sua administração voltada ao mercado, voltada ao lucro, que trata a água, um bem essencial à vida, como uma mera mercadoria.
Em 1994, a Sabesp se tornou uma empresa de capital misto, com a justificativa de que vendendo parte de suas ações conseguiria mais recursos financeiros para investir nos sistemas de abastecimento de água e de saneamento. Depois de 20 anos, o controle acionário se encontra nas mãos do Estado, que detém 50,3% das ações (metade negociada na BMF/ Bovespa, e a outra metade na Bolsa de NY), ficando os 49,7% restantes com investidores brasileiros (25,5%) e estrangeiros (24,2%).
A Sabesp é a empresa outorgada para utilizar e gerir o Sistema Alto Tietê, Guarapiranga e Cantareira, destinando em tempos normais 33 m³/s para Região Metropolitana de SP. Com a persistência da falta de chuvas e clima adverso, foi obrigada a reduzir pela metade a captação (pouco mais de 16 m³/s), apesar de fazê-lo tardiamente. Assim, o que era considerado um risco remoto tornou-se uma grande incerteza. A situação chegou a um ponto tal de dramaticidade que foi perdido o controle do sistema hídrico e, agora, além da captação do volume morto dos reservatórios, em curto prazo, a população fica na dependência das chuvas.
Em 2012, em documento elaborado pela própria Sabesp para a Comissão de Valores dos EUA, era admitido que pudesse ocorrer diminuição das receitas da empresa, devido a condições climáticas adversas. Assim sendo seria obrigada a captar água de outras fontes para suprir a demanda de seus usuários. Portanto, se conhecia e se antevia uma situação que acabou acontecendo. Porém nada foi feito pela Sabesp para diminuir este risco previsível.
Por outro lado, a gestão da crise não visou resolver os problemas da população, mas sim apenas amenizar a responsabilidade da própria Sabesp, blindando o governo do Estado, cujo mandatário estava em plena campanha eleitoral para sua reeleição. Em nenhum momento a gestão da Sabesp ou o governo do Estado admitiram a gravidade da situação. Muito menos a necessidade do racionamento, da diminuição da vazão, sendo ainda negadas pelas autoridades paulistas as interrupções que se tornaram cada vez mais constantes no fornecimento da água. Por isso, o que mais abalou a credibilidade do governo foi a divulgação pela imprensa de uma gravação onde a presidente da Sabesp admitia que uma “orientação superior” impediu, durante a campanha eleitoral, que a empresa tornasse pública a real situação hídrica do Estado.
Todavia, mesmo com a tragédia anunciada, penalizando a população, a empresa e seus acionistas vão muito bem. Basta acompanhar os lucros extraordinários nos relatórios de administração dos últimos anos, que geraram dividendos generosos para os acionistas da Sabesp, ao passo que o investimento necessário não acompanhou a mesma intensidade dos lucros obtidos pela empresa.
Esta situação por que passa a população paulista e paulistana poderá se estender a outras regiões do país nos próximos anos, caso persistam a má gestão, o desperdício e a devastação de nossas florestas. É um alerta à questão da privatização dos nossos bens naturais, em particular da gestão da água, do seu controle e distribuição. Daí a premente e essencial participação da sociedade nas políticas públicas para que a gestão das águas alcance resultados positivos, e não simplesmente siga a lógica da maximização dos lucros.
Sob ponto de vista técnico, racionamento deveria ter sido aplicado, diz AES
por André Magnabosco | Estadão Conteúdo
http://www.bahianoticias.com.br/estadao/noticia/75765-sob-ponto-de-vista-tecnico-racionamento-deveria-ter-sido-aplicado-diz-aes.html
Foto: Reprodução
O presidente do grupo AES Brasil, Britaldo Soares, afirmou nesta terça-feira, 7, que o racionamento de energia já deveria ter sido implementado no Brasil, caso fosse feita uma análise meramente técnica a respeito da atual situação do sistema elétrico. A restrição da oferta seria uma solução estruturada para garantir que o nível de água dos reservatórios subisse mais e a dependência das chuvas no próximo período úmido, a partir do final do ano, fosse menor no verão de 2015/2016. "Do ponto de vista técnico, a decisão do racionamento talvez já devesse ter sido tomada há mais tempo, se a gente buscasse a recuperação do sistema, e não a propagação do risco. Isso se quiséssemos restabelecer o sistema com um todo e resolver o problema de uma maneira mais estruturada", afirmou Soares, que participou nesta terça-feira do BrazilInvestmentForum 2015, promovido pelo Bradesco BBI em São Paulo. Pouco antes de comentar sobre o risco técnico que existe sobre o sistema elétrico, o executivo salientou que é preciso fazer uma distinção entre os aspectos técnico e político. "Haveria um freio de arrumação, um impacto na economia e no Produto Interno Bruto (PIB) já conhecidos. Obviamente há cenário político a se considerar em toda essa questão", ponderou o executivo. Soares alerta que, sem uma solução mais estruturada, o risco hidrológico permanece. Neste momento, projeta-se que o nível dos reservatórios ao final de março deve ficar próximo a 35% da capacidade de armazenamento, "não muito diferente" do que se imaginava no início deste ano. "É um quadro apertado. Eu vejo a gente terminando 2015 com o sistema sob pressão e eu não diria isento de riscos. Vamos estar na dependência do que vai acontecer na estação chuvosa de 2015/2016", projetou. Confirmadas as atuais projeções traçadas pelo governo federal, o nível dos reservatórios chegaria a novembro, no início do período chuvoso, com um volume de armazenamento superior ao patamar considerado mínimo de 10%. O efetivo volume dos reservatórios, salienta Soares, estará vinculado ao nível das chuvas no período seco e o comportamento do consumo. A tendência de demanda é de queda em 2015, explica Soares, em função da redução da atividade econômica e do aumento das tarifas.
por João Suassuna última modificação 08/04/2015 15:59
Situação volumétrica dos reservatórios das hidrelétricas da CHESF - 30/04/2015
Estamos iniciando uma atividade semanal de informação, aos interessados, dos estágios em que se encontram os níveis de acumulações volumétricas dos principais reservatórios da Chesf, na bacia do rio São Francisco. No caso específico da região do Sub-médio São Francisco - local onde é gerada a maior parte da energia elétrica do Nordeste -, os reservatórios, principalmente o de Sobradinho, acumulam água no período de novembro a abril, para disponibilizarem os volumes acumulados, no processo de regularização das vazões do Velho Chico, no período de maio a outubro. Estamos no dia 30/04/2015, portanto, em período no qual os reservatórios estão numa fase de acumulação volumétrica. Acompanhem a evolução desse processo, nos endereços abaixo, clicando no canal “Bacia do Rio São Francisco”.
30/04/2015
Reservatório Data Afluência Defluência Volumes (%)
(m³/s) (m³/s) Atual Ano anterior
Sobradinho 28/04 1160 1112 21,60 56,90
Itaparica 28/04 1170 1249 23,00 27,90
Xingó* 28/04 1169 1083 - -
* - Não há percentuais acumulados, tendo em vista o rio correr, em seu leito, a fio d´água
24/04/2015
Reservatório Data Afluência Defluência Volumes (%)
(m³/s) (m³/s) Atual Ano anterior
Sobradinho 23/04 1260 1117 21,30 56,90
Itaparica 23/04 1120 1124 23,60 27,90
Xingó* 23/04 1169 1083 - -
* - Não há percentuais acumulados, tendo em vista o rio correr, em seu leito, a fio d´água
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Fonte: Chesf
http://www.chesf.gov.br/portal/page/portal/chesf_portal/paginas/sistema_chesf/sistema_chesf_bacias/conteiner_bacias
Fonte: ANA
http://www2.ana.gov.br/Paginas/servicos/saladesituacao/default.aspx
Sobre o assunto:
Debate sobre a Transposição do Rio São Francisco - Programa Opinião Pernambuco (22/07/2013)
http://www.youtube.com/watch?v=merlNiEJ0RM
Programa "Ponto de Vista", da TV Câmara, trata do histórico das políticas de combate à seca
http://www.remabrasil.org/Members/suassuna/campanhas/programa-ponto-de-vista-da-tv-camara-trata-do-historico-das-politicas-de-combate-a-seca/view
Seca na Grande São Paulo continua
http://www.remabrasil.org/Members/suassuna/campanhas/seca-na-grande-sao-paulo-continua/view
Setor de energia brasileiro passa por período complicado
http://www.remabrasil.org/Members/suassuna/campanhas/setor-de-energia-brasileiro-passa-por-periodo-complicado/view
ANA oficializa redução da vazão para São Francisco
http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/ana-oficializa-reducao-de-vazao-para-sao-francisco/view
Operador quer reduzir vazão de Sobradinho; barragem não deve subir até outubro
http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/campanhas/operador-quer-reduzir-vazao-de-sobradinho-barragem-nao-deve-subir-ate-outubro
Ações para minimização da crise hídrica de 2015
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Ibama autoriza Chesf a reduzir a vazão da barragem de Sobradinho para 900 metros cúbicos por segundo
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COMENTÁRIOS
João Suassuna - Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
A partir de maio, começa o período de depreciação da represa de Sobradinho. Atualmente, ele está com cerca de 21% de seu volume preenchido, apenas. Imaginem a previsão volumétrica dessa represa, no mês de outubro do corrente ano? Os técnico já fazem previsão de cerca de 10%. A ANA e o IBAMA já precisam esclarecer a população de como farão para viabilizar o projeto da transposição do São Francisco, estando o Velho Chico nessas tristes condições! As autoridades não podem nem devem subestimar a inteligência do povo brasileiro!
por João Suassuna última modificação 30/04/2015 09:39
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